Site hosted by Angelfire.com: Build your free website today!

HIPERPLASIAS  ÓSSEAS

 

 

               

Definições

 

Archer: São protuberâncias ósseas, circunscritas e localizadas na região cortical do osso.

Centeño: São tumores de origem óssea com características próprias no maxilar e na mandíbula. São considerados pseudo tumores.

 

Estas hiperplasias ósseas são relativamente comuns. Incluem as apófises alveolares do maxilar ( o tórus palatino ) e da mandíbula ( o tórus mandibular).

 

Etiologia

 

É de origem desconhecida, porém pensa-se que possa ser:

 

a)Hereditária: pode surgir na 1ª, 2ª ou 3ª década de vida.

b)Trauma mastigatório

c)Por atividade osteoblástica 

Prognóstico: são todas benignas

 

Segundo Archer as Exostoses Múltiplas são classificadas como:

a)Anormalidades adquiridas e

b)Anormalidades congênitas.

 

Anormalidades Adquiridas

 

Podem ser o resultado de:

1-Extrações dentais

2-Hábitos mastigatórios

3-Baixo grau de infecções crônicas gengivais

4-Infecções crônicas que destroem o osso interseptal e interradicular

5-Deformidades causadas por cicatrização deficiente de fraturas ósseas mal consolidadas.

6-Deformidades causadas após exérese de grandes cistos

7-Osteomas.

Anormalidades Congênitas

 

Estas excrecências ósseas volumosas encontram-se geralmente:

 

1-Nas tuberosidades do maxilar

2-Rebordo afilado em forma de ponta de faca

3-Prognatismo dos maxilares

4-Como excrescência óssea sobre a rafe mediana do osso palatino (Tórus Palatino), que pode variar seu tamanho.

5-Como excrescência óssea sobre a superfície lingual da mandíbula ( Tórus Mandibular ), podendo ser encontrados nas regiões de: Pré-  molres ( maior incidência ), caninos e incisivos centrais. 

 

 

Rebordo Afilado em Forma de Ponta de Faca

 

São rebordos estreitos, afilados, com projeções agudas do osso.

São muito dolorosos e mesmo os alívios realizados nas próteses não são suficientes para diminuírem a dor queimante destes pacientes.

 

Técnica Cirúrgica

 

1 – Incisão Linear sobre o rebordo.

2 – Descolamento do retalho.

3 – Exérese com osteótomo ou cinzel e martelo

4 – Limagem.

5 – Curetagem.

6 – Irrigação.

7 – Gengivoplastia.

8 – Sutura.

 

Redução de Tuberosidades Ósseas Maxilares

 

  Devem ser realizadas sempre radiografias periapicais e oclusais, para sabermos se podemos ou não, intervir cirurgicamente e, o quanto de osso podemos remover na altura e na largura.

  As radiografias: periapical e panorâmica nos mostram se houve ou não pneumatização do seio maxilar na região da tuberosidade.

 

Técnica Cirúrgica

 

1 – Incisão: Lâmina 12 – da distal da tuberosidade até 10 mm além do ponto onde o osso deve ser eliminado mais incisão relaxante em ângulo de 45o.

 

2 – Descolamento do Retalho: até 10 mm abaixo da proeminência.

 

3 – Exérese: realizada com osteótomo ou pinças goivas, colocando-se uma face sobre a crista alveolar e a outra debaixo da excrescência, e faz-se o corte do osso que constitui a retenção.

 

4 – Limagem: suaviza-se os bordos até que não haja ponto agudo (limas para osso).

 

5 – Gengivoplastia, Curetagem, Irrigação.

 

6 – Sutura.

 

Tórus Palatino

 

Segundo Archer: “É uma proeminência óssea benigna do palato duro”.

 

Localização: localiza-se na rafe mediana palatina, com extensão lateral a partir dela, sendo sempre bilateral.

São geralmente simétricas de tamanho, porém, de formas variadas.

 

Constituição: constitui-se de duas partes principais (direita e esquerda) que por sua vez, podem estar divididas em 2 ou mais segmentos.

 

Estes crescimentos ósseos estão alojados apenas na face bucal do palato. Seu crescimento é gradual e é mais rápido entre a 2o e 3o década de vida.

 

 

 

Etiologia: é de origem desconhecida, porém, pensa-se que pode ser:

a)Hereditária ou Congênita.

b)Por trauma mastigatório.

c)Por atividade osteoblástica.

 

Classificação: Temos 4 tipos de Tórus Palatino:

 

a)Excrescência óssea convexa, séssil, lisa, bilateral e geralmente simétrica.

b)Nodular – massa fusionada de diversos tamanhos e números de protuberâncias ósseas semi- pedicular.

c)Lobulado – nodular, porém, de crescimento mais rápido, é bastante grande. Sua base é pediculada, porém, é de difícil visualização.

d)Fusiforme – este é mais raro. É largo, delgado, com rebordo arredondado na parte média, podendo ser maior ou menor.

 

Tratamento: Cirúrgico

 

Indicação:

a)Quando dificulta a mastigação.

b)Dificulta a fonação.

c)Dificulta a higienização.

d)Quando de indicação protética.

e)Quando o fator psicológico influir.

 

Técnica Cirúrgica:

 

1) Incisão em duplo Y.

2) Descolamento do retalho.

3) Osteotomia – cinzel monobiselado e martelo. O bizel do cinzel deve estar voltado para o palato, a fim de se evitar a perfuração do palato, evitando-se uma comunicação buco- nasal ou buco-sinusal ou pode também ser realizada (osteotomia) com brocas cirúrgicas de aço (carbide) de alta e baixa rotação e com peça de mão.

Porém, devem ser realizadas perfurações com brocas esféricas em baixa rotação e, com brocas tronco-cônicas liga-se estes pontos para facilitar a exérese removendo-se os fragmentos em pequenos nódulos.

4) Regularização do palato com limas para osso (limagem).

5) Gengivoplastia.

6) Irrigação.

7) Sutura.

 

Seqüelas cirúrgicas que devem ser evitadas quando da exérese do tórus palatino:

 

a)Fratura segmentaria do interior do tórus palatino,com o processo palatino do maxilar superior, o piso do assoalho nasal e uma parte do septo nasal.

b)O tórus pode estar completamente separado da apófise palatina do maxilar e pode ocorrer a fratura do tórus e de uma parte do osso palatino. Quando isto ocorrer, produz um defeito marcado na união dos tecidos duros e moles do palato.

c)Hemorragia nasal, provocada por cortes profundos que penetram na cavidade nasal. Se esta hemorragia não cessar em 5 minutos devemos fazer um tamponamento nasal.

 

Tórus Mandibular

 

Localização:

 

Este está representado por uma excrecência óssea bilateral, na superfície lingual da mandíbula na região de pré-molares, porém, podem apresentar-se na região de incisivos até a região de molares.

 

Constituição:

 

Podem apresentar-se com um ou vários nódulos, sendo que seu tamanho e forma são variáveis, e é composto de osso cortical sólido.

Radiograficamente em alguns casos, se observa uma ligeira linha cortical que corresponde à periferia do tórus.

É indolor, a cor da gengiva é normal ou amarelada, produzida pelo osso subjacente.

 

Tratamento: Cirúrgico

 

Indicação:

 

a)Indicação protética.

b)Dificuldade na higienização.

c)Interferência na fonação e na alimentação.

d)Influência de fator psicológico.

 

Anestesia:

 

Nervo alveolar inferior, lingual e bucal.

 

Técnica Cirúrgica:

 

a) Anestesia.

b) Incisão: -dentados – festoneada.

                  -desdentados – linear sobre o rebordo.

c) Descolamento do retalho – colocação de gaze entre o tecido mole e o osso da mandíbula, para que na exérese do tórus mandibular, este não caia e se perca nas estruturas profundas do assoalho bucal.

a)           Exérese – esta é realizada com broca, cinzel monobiselado e martelo.

b)          Limagem – limas para osso.

c)           Irrigação.

d)          Gengivoplastia.

e)          Sutura.

 

Precauções:

 

1- A exérese deve ser realizada com cinzel monobiselado e martelo, sendo que o bisel do cinzel deve ser colocado voltado para o osso mandibular.

2- Precedendo-se a exérese, e após, o descolamento do retalho, coloca-se uma gaze entre o tecido mole e o osso da mandíbula, para que, quando da exérese do tórus mandibular, este não caia e se perca nas estruturas profundas do assoalho bucal.

3- Após a limagem, cuja finalidade é alisar o osso, deve-se remover as gases da profundidade do campo operatório.

4- Sutura. 

             

            

 

      

 

 

 

 

Prof. Neto Pereira

 CLIQUE AQUI PARA RETORNAR À PÁGINA PRINCIPAL