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Princípios de Traumatologia

 

História:

Papiro de Smith ( 25 ou 30 séculos AC).

"Quando examinares um homem com uma fratura em sua mandíbula, colocarás tua mão sobre ela e se observares que esta fratura crepita sob teus dedos deves dizer a respeito dela:

Heis alguem que tem uma fratura na mandíbula, em cuja superfície se encontra uma ferida . . . (e) ele tem febre devido a ela. Uma doença que não tem tratamento." (fig-1).

Bandagens, Hipócrates ( 460 - 375 AC) na tradução de Withington ( 1927 ) afirmou:

"Deve-se ter em mente que colocar bandagens numa fratura de mandíbula causará melhora quando for bem feita, mas causará grande dano quando mal feita."

Figura-1

 

ETILOGIA E INCIDÊNCIA DAS FRATURAS FACIAIS

Fatores Sócio - Econômicos

Renda relativamente baixa, mostram que uma grande porcentagem de fraturas faciais é causada por golpes como socos ou por armas.

Nível sócio-econômico mais alto relatam mais fraturas faciais resultantes de acidentes dos meios de transporte e recreação.

 

Acidentes automobilísticos e outros fatores.

Incidência

Acidentes automobilísticos e outros fatores.

Braunstein ( 1957 ), num estudo de 1000 acidentes que produziram lesões e que envolveram 2.253 ocupantes, encontrou que 72,3% das 1.213 pessoas feridas sofreram ferimentos na cabeça. Em 7,2% destes pacientes pelo menos um osso facial foi fraturado (Fig-2).Uma avaliação de diversos estudos indica que a maioria das fraturas faciais ocorre nas idades entre 15 e 40 anos.

Relativamente baixa entre crianças e pessoas mais idosas.

Pela maior atividade e maior exposição, as fraturas faciais ocorrem três vezes mais em homens do que em mulheres.

Figura - 2

1º Lugar Acidentes automobilísticos,

2º Lugar Brigas ( socos ), armas de fogo

3º Lugar Esportes,

4º Lugar Acidentes domésticos e no trabalho,

5º Lugar Infortúnios diversos.

Considerações Anatômicas

O tipo e a extensão de uma fratura do esqueleto facial são determinados em grau considerável por fatores anatômicos, o tamanho, forma, localização e densidade das estruturas ósseas, além, da relação dos ossos com outras estruturas e com cavidades (cavidade craniana, cavidades nasais, seios paranasais e a cavidade bucal ).

CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS FACIAIS

As fraturas que ocorrem na área maxilo-facial podem ser classificadas como simples, compostas, cominutivas e fraturas em galho verde. Também devem ser incluidas as fraturas envolvendo perda de fragmentos ósseos ou grandes quantidades de tecido mole (fig. - 3)

A idade é um importante fator na determinação do tipo de lesão facial e do seu tratamento. No grupo de pacientes jovens, tanto as fraturas e seu tratamento como os resultados finais são grandemente influenciados pela presença de dentes, a ausência de moléstias locais ou gerais e a capacidade de regeneração dos tecidos. Uma fratura facial numa criança, dada a maior porcentagem de estrutura orgânica dos ossos, pode ser do tipo fratura em galho verde. Um adulto, quando sujeito a uma força comparável, estaria mais propenso a sofrer quebra completa do osso com probabilidade de grande deslocamento

 

A .......................................................B

C................................................ D

Figura - 3 Fraturas A)Simples, B)Composta , C)Cominutiva e D)Galho verde.

 

PRINCIPIOS GERAIS

A Mandíbula ( Fig. 4 )

1 - Região da sínfise,

2 - Região do corpo,

3 - Região do ângulo,

4 - Região do ramo,

5 - Região da apófise condilar,

6 - Região da apófise coronóide,

7 - Região do processo alveolar.

Figura - 4

O Zigoma ( Fig.5 )

Grupo I: Sem deslocamento significativo,

Grupo II: Fraturas do arco zigomático,

Grupo III: Fraturas sem rotação do corpo,

Grupo IV: Fraturas do corpo com rotação medial,

a - Fora da protuberância zigomática,

b - Na sutura zigomáticofrontal,

Grupo V: Fraturas do corpo com rotação lateral,

a - Acima da margem infraorbitária,

b - Fora da sutura zigomáticofrontal,

Fraturas Complexas.

Figura - 5

A Maxila ( Fig. 6 )

Le Fort I ( Fratura transversa, Fratura de Guérin ),

Le Fort II ( Fratura piramidal ),

Le Fort III ( disjunção crâniofacial ),

LE FORT I

Esta fratura ocorre transversalmente pela maxila, acima do nível dos dentes, o segmento fraturado contém o rebordo alveolar, partes das paredes dos seios maxilares, o palato e a parte inferior da apófise pterigóide do osso esfenóide.

LE FORT II

Causada por golpes na região maxilar superior que produzem fraturas dos ossos nasais e das apófises frontais da maxila. As fraturas então passam lateralmente, pelos ossos lacrimais, pelo rebordo orbitário inferior, pelo assoalho da órbita e próximas a ou pela sutura zigomaticomaxilar. As fraturas continuam para trás, ao longo da parede lateral da maxila, pelas lâminas pterigóides e na fossa pterigomaxilar. Esta fratura, por causa de sua forma geral, foi denominada fratura piramidal. Em lesões graves com continuação, pode haver grande deslocamento afetando as regiões etmoidal e lacrimal, e com alongamento para os lados, o que produz um aumento do espaço interorbitário.

LE FORT III

A disjunção ocorre quando a força traumática é suficiente para produzir a separação completa dos ossos faciais de seus ligamentos ao crânio. As fraturas geralmente ocorrem pelas suturas zigomaticofrontal, maxilofrontal nasofrontal, pelos assoalhos das órbitas pelo etmóide e pelo esfenóide, com completa separação de todas as estruturas o esqueleto facial médio de seus ligamentos. Em algumas destas fraturas, a maxila pode permanecer ligada a suas articulaçðes nasal e zigomática, mas todo terço médio da face pode estar completamente desligado do crânio e permanecer suspenso somente por tecidos moles.Tais lesões estão sempre associadas a fraturas múltiplas do ossos faciais.

Figura - 6

O Nariz ( Fig.-7 )

Deslocamento infero-lateral,

Separação dos ossos nasais na linha mediana e na apófise frontal da maxila,

Fratura "livro aberto",

Deslocamento posteroinferior,

Fratura cominutiva dos ossos nasais,

Fratura do septo nasal com separação dos ossos nasais da apófise frontal da maxila,

Diagrama seccional de uma fratura similar a em 6,

Três exemplos de fratura com esmagamento do nariz.

Figura - 7

Atendimento

Consultório,

Ambulatorial,

Exame e Diagnóstico

O médico ao examinar o paciente deve se preocupar, em primeiro lugar, com o seu bem estar geral.

O exame e o diagnóstico de uma lesão maxilo-facial será de pouca valia para um paciente em perigo de vida por uma hemorragia abdominal. 0 primeiro objetivo deve ser assegurar a desobstrução das vias aéreas.

Em seguida, o paciente deve ser examinado para verificar a existência de hemorragias externas ou internas. Todo paciente com lesões faciais graves está sob suspeita de ter sofrido também danos neurológicos A avaliação neurológica deve incluir a exata determinação do estado de consciência do paciente,

A avaliação clínica é de super importância na detecção de fraturas dos ossos faciais.

Para o exame detalhado da boca, nariz e garganta, todas as secreções, coágulos sanguíneos, tecidos soltos, dentes abalados e qualquer material estranho, devem se removidos.

O equipamento de sucção é um auxiliar importante na diagnose.

Exame e Diagnóstico

Exame clínico:

A)Palpação intra e extra oral da mandíbula,

B)Palpação do bordo inferior da mandíbula,

C)Verificação da estabilidade da mandíbula,

D)Palpação intraoral para verificar irregularidades zigomáticomaxilares,

E)Palpação das margens infraorbitarias,

F)Palpação sobre os arcos zigomáticos,

G)Palpação externa dos ossos nasais,

H)Inspeção da oclusão dentária,

Exames de laboratório.

Exame radiográfico.

Tratamento (Fig.-8)

Sintese com fios de aço,

Sintese com placas ou miniplacas,

Fio de Kirschner,

Bloqueio intermaxilar:

__________________Mini placas ______________Fio de Kirschner

__________Goteira para desdentados totais _______________Bandagem

Goteiras para dentados

Arco de Erich

Figura - 8

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