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REIMPLANTE E TRANSPLANTE DENTAL

REIMPLANTE DENTAL

Atualmente, os traumatismos dentais vêm aumentando significativamente na clínica dentária. Devemos conhecer as conseqüências que podem advir desses traumatismos, para o estabelecimento de condutas terapeuticas corretas.

O tratamento dessa patologia tem o sucesso de seu resultado relacionado diretamente ao tempo de permanência do elemento dental avulsionado, fora do seu alvéolo.

CLASSIFICAÇÃO:

Os traumatismos dentários podem ser classificados segundo as lesões que envolvem o periodonto e o osso alveolar.

Lesões que envolvem o periodonto:

  1. Concussão - lesão que envolve o periodonto, sem mobilidade e reação à percussão.
  1. Sub-luxação - lesão na estrutura periodontal com pequena mobilidade e hemorragia peridentária.
  1. Luxação - Deslocamento do dente com hemorragia peridentária e fratura da parede alveolar. Podem ser: intrusiva, lateral ou extrusiva.
  1. Avulsão - Saída do dente do alvéolo.

ETIOLOGIA

HISTÓRIA DO ACIDENTE

  1. Tempo e local do acidente;
  2. Como o acidente ocorreu. Quais os dentes envolvidos;
  3. Se o dente em questão já sofreu trauma anteriormente;
  4. Se o paciente tem problemas médicos;
  5. Qual o período em que o dente permaneceu fora do alvéolo dental;
  6. Condições em que o dente foi preservado.

EXAME CLÍNICO

Neste vamos observar:

  1. Se há lesão na mucosa e nos ossos maxilares;
  2. As condições do dente extraído e do alvéolo dental;
  3. Se há alterações na oclusão.

EXAME RADIOGRÁFICO

Este nos fornecerá dados que não são observados no exame clínico e vai nos sugerir se há ou não fraturas ósseas associadas.

As radiografias empregadas na clínica diária são as:

-Periapicais

-Oclusais

-Panorâmicas - que são de grande valia na detecção de fraturas dos ossos -maxilares.

As radiografias periapicais permitem um exame detalhado do periodonto, da coroa, da raiz e do processo alveolar.

 

TRATAMENTO DO DENTE PERMANENTE

INDICAÇÕES:

  1. O dente não deve ter cáries extensas e o paciente não deve ter moléstia periodontal avançada.
  2. O alvéolo dental não pode estar com grandes fraturas.
  3. Não ter contra-indicação ortodontica ou protética.
  4. O período extra-oral do dente deve ser levado em consideração.

Observação: Períodos maiores que duas horas estão associados com aumento de reabsorção radicular.

Procedimentos para o Reimplante Dental

A-Dentes fora do alvéolo dental menos que 1(uma) hora

  1. Coloque o dente em solução salina.
  2. Se contaminado, limpe a superfície da raiz com gaze, embebida em soro fisiológico. Nenhum esforço deve ser feito para esterilizar a superfície dental.
  3. Examine o alvéolo dental, o coágulo deve ser removido através de irrigação com soro fisiológico (o alvéolo não deve ser curetado). Radiografar a região.
  4. Recoloque o dente em seu alvéolo lentamente, em pressão digital durante 2 a 3 minutos, mantenha o dente na posição final.
  5. Suturar as lesões gengivais.
  6. Verificar radiograficamente, a posição normal do dente reimplantado, testar a oclusão.
  7. Colocar um splint para fixação. Estes podem ser: fios de aço ou e nylon, arco de Erich, braquetes, botões, tubos ou bandas ortodônticas e cimento cirúrgico.
  8. Providenciar profilaxia anti-tetânica, se o dente entrou em contato com o solo, ou se a ferida foi contaminada com terra.
  9. Instituir: antibioticoterapia, analgésicos, anti-sépticos bucais.
  10. Em casos de ápices formados, instituir o tratamento endodôntico de 2 a 4 semanas após o reimplante.
  11. Em dentes com ápice em formação:
  12. Mantenha o splint por 3 a 6 semanas - outros autores - por 15 a 30 dias.
  13. Observar o paciente no mínimo por 1 ano, sendo:

Prognóstico

a)Quanto menor o tempo que o dente permanece fora de seu alvéolo,

  • mais favorável é o seu prognóstico.
  • b)A reabsorção externa da raiz é progressiva e nenhum tratamento é indicado para a superfície de reabsorção.

    ANQUILOSE:

    1) Em casos de progressiva infra oclusão do dente, está indicada a Exodontia. 2) Se não houver alteração na oclusão devemos deixá-lo até a ocasião de um tratamento protético ou ortodontico.

    REIMPLANTES DE DENTES DECÍDUOS

    Este não é indicado, porque proporciona a possibilidade de lesões nos dentes permanentes em desenvolvimento.

    CONCLUSÃO

    Um dos fatores que afetam o prognóstico é o tempo de permanência fora de seu alvéolo.

    Devemos instruir nossos pacientes, por telefone, para realizar imediatamente o reimplante e procurar o dentista.

    Os melhores meios de armazenagem do dente avulsionado são: o alvéolo, a saliva, o leite, a água gelada e ó soro fisiológico.

    O tempo de permanência da contenção é de 15 a 3O dias e o paciente não deve mastigar com estes dentes neste período.

    TRANSPLANTES DENTAIS

    CONCEITO E TERMINOLOGIA

    1-É o processo de inserção de um dente natural com vitalidade ou não, no alvéolo de um dente extraído.

    2-De acordo com a relação taxonômica entre o doador e o receptor, pode ser:

    Autógeno: que se origina de um mesmo organismo, isto é, o doador é também receptor.

    Homógeno: do mesmo gênero, natureza ou de qualidade uniforme. O receptor é da mesma espécie do doador.

    Heterógeno: o doador e o receptor são de espécies diferentes. Tecidos entre diferentes espécies.

    TRANSPLANTES DENTAIS AUTÓGENOS

    As modernas técnicas de transplantação dental utilizam preferentemente os germes dentários por oferecerem melhores resultados a longo prazo, sendo os terceiros molares os mais indicados para a transferência ao alvéolo do primeiro molar, devido ao seu desenvolvimento tardio em relação aos demais dentes.

    CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS PACIENTES

    No exame clínico e radiográfico o paciente deve apresentar:

    1. Desenvolvimento radicular do germe dental de no mínimo 1/3 e no máximo 2/3.
    2. O diâmetro mésio distal do germe deve ser igual ou menor ao do doente que irá substituir.
    3. Germe em posição favorável para ser extraído, sem ser lesado.
    4. Boas condições clínicas e de higiene bucal.
    5. Interesse em realizar o transplante e colaborar no trans e pós-operatórios.
    6. Ausência de lesões periodontais e infecção aguda no alvéolo receptor.

    TÉCNICA PARA O TRANSPLANTE AUTÓGENO

    1-Permissão do paciente: conscientizar os pais de que é um experimento.

    2-Planejamento Clínico e Radiográfico: para verificação dos espaços a serem reabilitados, a dimensão do dente, saúde bucal, etc.

    3-Sedação, se nescessária.

    4-Anestesia: esta deve ser realizada pela técnica de bloqueio, para que não diminua a irrigação.

    5-Remoção do dente a ser transplantado. Não injuriar a coroa e a raiz.

    6-Preparação do local receptor: remoção cuidadosa do dente, para que não haja perda óssea, remove-se qualquer corpo estranho e cuidadosamente irrigar o alvéolo.

    7-Realização do transplante: o dente a ser transplantado deve ser levado cuidadosamente para o alvéolo receptor já preparado. Se sentir que está havendo algum tipo de resistência volta se o dente para seu alvéolo, para que a área receptora seja colocada em condições ideais.

    As raízes "nunca" devem ser raspadas e nem preenchidos os seus condutos radiculares, e

    8-Sutura.

    9-Fixação do elemento transplantado através da colocação de splints.

    10-Cuidados Pós Operatórios.

    11-Antibioticoterapia e analgésicos: esta é recomendada para evitar-se infecção na área do transplante.

    12-Controle do paciente:

    Testes térmicos devem ser realizados. Os dentes transplantados recuperam sua sensibilidade entre o primeiro e o sexto mês após o transplante.

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