A humanidade não se preocupa em estabelecer uma
amizade responsável com DEUS! Na verdade, muitas pessoas
só começam a lembrar do SENHOR e pedir a ajuda Divina, quando acontece um
fato inusitado e desagradável, que às vezes conduz à tristeza, ou se arrasta por
caminhos difíceis e tenebrosos que não permite vislumbrar qualquer solução,
ou que são originados por algum tipo de destruição que causa pânico, ou que
causa dor e
prejuízo material, ou que resulta na morte de algum parente ou ente querido.
“Nisto consiste o Amor: não fomos nós que amamos a DEUS, mas foi ELE quem nos amou e enviou-nos o seu FILHO JESUS como vítima de expiação pelos nossos pecados.” (1 Jo 4,10)
A criatura ao ser colocada no mundo, não representa um ato isolado eAtendemos as necessidades do Corpo, alimentando-o quando temos fome, bebendo água para aliviar a sede, praticando esportes para mantê-lo em forma, dormindo quando temos sono, etc.
Atendemos as necessidades da Alma
unindo-a a DEUS, através de nossas orações,
das Missas que participamos, da frequência aos Sacramentos, das Obras
de misericórdia e de piedade que exercitamos etc.
Significa dizer que a pessoa interessada em organizar a sua existência e a viver de conformidade com a sua natureza humana, com certeza alcançará êxito em sua vida pessoal e nos seus empreendimentos, porque sabendo atender as necessidades de seu Corpo e da sua Alma, saberá se empenhar em seu trabalho e também estará olhando para DEUS, recebendo do SENHOR além dos dons, das graças e benefícios que ELE derrama igualmente sobre todos os seus filhos, tanto para os bons como para os maus, alcançará também a preciosa recompensa pelas “graças” provenientes dos Sacramentos que receber, das Santas Missas que participar, das boas obras que realizar, as quais, santificarão a sua existência e o fará sentir o prazer indizível de caminhar junto ao CRIADOR.
Estes fatos sinalizam a necessidade da preocupação responsável em satisfazermos igualmente as necessidades de nosso corpo e de nossa alma, porque são atitudes que propõe vida, apesar das próprias fraquezas e limitações da humanidade, que tentam arrastar as pessoas para longe de DEUS. Esta realidade dá alento ao espírito e suscita em cada pessoa um estímulo para empreender um esforço perseverante e dedicado, objetivando buscar com decisão, a energia imprescindível para vencer o maligno, principalmente quando houver alguma “queda” motivada por alguma transgressão. Sim, porque a força a que me refiro é à vontade e a coragem do fiel, que o conduzirá a buscar a “graça Sacramental” e através da Confissão, alcançar o perdão Divino, que o erguerá e o colocará novamente de pé, a fim de poder continuar enfrentando dignamente a batalha espiritual de cada dia.
UM PROBLEMA PREOCUPANTE
O Santo Padre Bento XVI falou: “A difundida falta de consciência da própria culpa é um fenômeno preocupante em nosso tempo”. (Encontro com os Bispos na Suíça – 7/11/2006)
Sua Santidade estava se referindo ao
fato de que as pessoas atualmente pecam e imaginam que
não estão pecando ou que o seu comportamento ousado e duvidoso não seja
considerado uma transgressão contra a Lei e a Moral Divina. Hoje, a maioria das
pessoas age no cotidiano de uma maneira totalmente diferente do cristão
tradicional! Ao invés de colocarem em sua vida o respeito e o amor a DEUS em
primeiro lugar, elegem como condição prioritária satisfazer a sua própria
vontade ou um impetuoso desejo momentâneo, sem se preocuparem e nem ao menos
questionarem, o aspecto moral do ato, se é correto ou errado proceder
daquele modo! Poderíamos citar uma infinidade de exemplos que tornaria o assunto
cansativo e deslocaria o foco principal de nosso tema. Por isso mesmo, o
bom-senso nos conduz a evidenciar que o pecado existe e que verdadeiramente
todos nós somos pecadores.
“Se dissermos que não temos pecado, nos enganamo a nós mesmos e a verdade não está em nós”. (1 Jo 1,8)
Da mesma forma, como realizamos uma
faxina em nossa residência para remover as impurezas que se acumulam,
objetivando deixar o lar mais limpo e agradável, devemos periodicamente,
numa frequência responsavelmente determinada, aproximarmos
do Sacramento da Penitência ou Confissão na Igreja, esforçando-nos em
reconhecer as nossas próprias transgressões e manifestar um arrependimento
sincero, a fim de recebermos a “Graça
do Perdão” do ESPÍRITO SANTO,
através do sacerdote no confessionário. O reconhecimento da culpa é uma
providência importante, da mesma forma que é reconfortante
e agradável à experiência libertadora de receber o “Perdão Divino”. O fato de uma pessoa enfrentar o desafio de seus medos, de sua
timidez, assim como de uma possível preguiça espiritual, na situação real de
ter necessidade do perdão para a sua vida, por causa de seus muitos pecados,
a fim de encontrar a felicidade e a paz espiritual, ao se apresentar humilde
e indefesa diante de DEUS fará uma experiência comovedora e inesquecível,
porque será o seu encontro pessoal com o infinito e incomensurável Amor do
SENHOR JESUS.
Neste momento acontece a emoção inesquecível! Depois de receber o Perdão
de DEUS, pela intercessão do sacerdote, qualquer pessoa sentirá a alma mais
leve, até tangenciando a esfera do Divino, com a consciência aliviada da pressão
devastadora do maligno. É bem verdade que não estará isenta das tentações
futuras, mas terá a força do ESPÍRITO para ajudá-la, que lhe impulsionará
corajosamente a combater com mais firmeza e intensidade, todas as investidas
do mal.
Sua alegria interior alcançará uma plenitude
maior quando ao participar da Santa Missa, receber o próprio
DEUS na Sagrada Comunhão. Por que o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO é a “Graça Maior”que inundará
a existência e infundirá no fiel, mais discernimento e a disposição para cumprir
sua missão existencial e ultrapassar com dignidade, todos os obstáculos de sua
vida.
Todavia, é triste lembrar que existem muitas pessoas, que sem estarem devidamente preparadas e verdadeiramente arrependidas de suas transgressões, recebem a Sagrada Eucaristia e se alimentam do próprio DEUS, sem qualquer constrangimento ou remorso, agindo com a maior normalidade. Sem lembrar que pecou, ou nem pensando no assunto com seriedade, recebem a Sagrada Comunhão! Não deve ser assim, porque uma atitude inconsequente do pecador pode originar a sua condenação. Antes de receber JESUS SACRAMENTADO é dever e responsabilidade do cristão, preparar-se dignamente através de uma boa Confissão Sacramental, a fim de alcançar do SENHOR, através do ESPÍRITO SANTO, pelas palavras e orações do padre confessor, o perdão de todas as suas culpas!
O procedimento inconsequente e irresponsável, revela dois fatos: primeiro, a fé destas pessoas não é mais a luz de suas ações, porque embora com a visão física muito boa, contraiu a “Cegueira Espiritual” que irá privá-la de elementos fundamentais e imprescindíveis à salvação, como são as preciosas misericórdias e o Perdão Divino; segundo, ao Comungar JESUS Sacramentado, não estando em “estado de Graça”, não estará recebendo a “Graça Maior”, mas a “Condenação Maior”, porque este procedimento além de ser “pecado mortal” é também um terrível “sacrilégio".
O número daqueles que sofrem de cegueira
física no mundo é insignificante, em comparação com a imensa
quantidade dos “Cegos Espirituais”
. Muitos deles até frequentam o
Confessionário, mas como se fosse uma mera rotina, comungam sem dar o
devido e real respeito ao Sacramento Eucarístico, rezam por rezar,
somente com os lábios e sem qualquer devoção...
Estes são motivos suficientes à causar
inquitação e preocupação em qualquer pessoa que ama a DEUS, porque
evidencia a decadência espiritual do mundo, deixando pairar na atmosfera as
terríveis consequências que poderão advir, sendo elas especialmente
direcionadas à humanidade, por causa de seus próprios erros.
Nosso desejo é que os fatos mencionados despertem as consciências e sejam de utilidade como um vigoroso alerta, lembrando aos que estão imersos na tibieza e principalmente aqueles que são“Cegos de DEUS”, sintam a necessidade de redirecionar a
existência para alcançar as “Graças”
imprescindíveis a vida, que
colocam o fiel no caminho do direito, da justiça e do amor fraterno. O Santo
Padre o Papa Bento XVI afirma que sobretudo, é importante cultivar a “Pureza de Coração”. E sem a menor dúvida, uma das principais causas da “Cegueira Espiritual”
é a “impureza”, não somente a “impureza
do corpo através da degradação da sexualidade e da lascívia”, mas também a
“falta de pureza nas intenções, nos pensamentos, nos desejos, na cobiça e em muitos
empreendimentos”.
NOSSO SENHOR falou no Sermão da Montanha:
“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a DEUS”. (Mt 5,8)
Sem a “Graça de DEUS” torna-se impossível as pessoas praticarem as virtudes de modo eficiente e por isso, ocorre à tendência ao crime e a transgressão de todos os Mandamentos Divinos. Dessa forma, como última recomendação, para que o fiel consiga alcançar a "Graça de DEUS" sugerimos que cultive também a humildade, a simplicidade e a prática da oração, como um procedimento seguro que colocará o fiel em sintonia com o CRIADOR, porque todo coração humilde que reza com simplicidade e devoção, sempre encontrará abrigo no CORAÇÃO DIVINO e alcançará a amizade de NOSSO SENHOR.