O ópio natural (vegetal) e seus derivados são drogas destiladas do suco extraído do fruto imaturo da papoula que, depois de refinadas, servem para a manufatura de remédios considerados pelas convenções internacionais e pela legislação brasileira como narcótico ou entorpecente, isto é, drogas que produzem sono ou torpor. As drogas sintéticas chamadas opiáceos são também classificadas como narcóticos.
A palavra ópio derivada do grego ôpion, que significa "suco". No latim medieval, o nome da droga é Opium, opiatum ipistus, e em outros idiomas: Opium, Ópio, L'opium, El ópio, Rohopium.
A morfina é o principal alcalóide de ópio e foi muito usada como analgésico para aliviar as dores. Depois, com a introdução dos narcóticos sintéticos e outras drogas analgésicas, a aplicação da morfina na terapia foi diminuindo, embora seja ainda considerada um protótipo de droga narcótica. A morfina é conhecida e usada no submundo geralmente quando a heroína esta em falta. A droga é chamada na gíria de white stuff, M, hard stuff, morpho, unkie e Miss Emma. A euforia pode ser obtida com pequenas doses e a tolerância se forma rapidamente. Apresenta-se em pó, que é diluído e injetado, sendo dez a vinte vezes mais forte do que o ópio ingerido.
É um dos três principais alcalóides de ópio, chamada também de metilmorfina. É usada em farmacologia por sua ação sedativa, em forma de solução para a tosse, em pó branco ou pastilhas. A dependência à codeína ocorre quando é ingerida em grandes quantidades e por período bastante longo.
A heroína (diacetilmorfina) é sintetizada da morfina e se apresenta geralmente sob a forma de pó branco cristalino ou grãos muito finos (no Brasil, Em São Paulo, na década de 1960 foram apreendidos alguns pacotinhos, pan-fans, contendo heroína em pequenos grãos de cores rosa e cinza). A droga nunca é vendida pura: os traficantes adicionam ao pó lactose, bicarbonato, farinha etc., e a taxa de pureza é de 5% a 10%. A heroína é conhecida como H, horse, white stuff, Harry, hairy, joy powder, doojee, sugar, smack etc., e usada de diversos modos: por via oral ou inalação, injeções hipodérmicas, supositórios etc. O europeu e o norte-americano usam a droga de modo diferente daquele do ocidental: a heroína é geralmente misturada numa solução líquida e injetada na veia; o oriental, em vez disso, derrete o pó aspirando a fumaça. A heroína adicionada à cocaína constitui uma mistura tóxica forte, sendo usada freqüentemente nos Estados Unidos, onde é conhecida por speedball.
