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BOAVISTA FUTEBOL CLUBE

"Dá gozo ver os adversários sem espaços para jogar"

Interpretando o sentimento generalizado, Rui Bento tem perfeita consciência da realidade do clube e das potencialidades de uma formação que teima em não abusar da ambição. No entanto, uma vez a Europa uefeira atingida - o que, pelas suas contas, dista a uns escassos três pontos - o médio boavisteiro não descura outras metas. "Como temos vindo a dizer, vamos tentar permanecer o mais tempo possível nos lugares cimeiros da tabela e tão depressa consigamos atingir o nosso grande objectivo europeu, teremos de ganhar outras motivações para o campeonato que ainda falta realizar. Não falo no título, mas sim na presença na Liga dos Campeões", declarou.

"'Pressing' tem sido determinante" Para Rui Bento, os principais argumentos justificativos da magnífica carreira que a equipa tem vindo a conhecer ao longo da época podem sintetizar-se na coesão e força colectiva e num dispositivo táctico de "sufoco" ao adversário.

"Este ano, à semelhança, aliás, do que já fazíamos na época passada, tem prevalecido o 'pressing', que o Boavista tem sabido executar na perfeição, no qual é necessária a participação de toda a equipa, começando pelos elementos mais adiantados. É verdade que se trata de um sistema extremamente exigente, tanto do ponto de vista físico como mental, mas tem valido muito a pena. É bonito, dá mesmo gozo, ver os adversários sem espaços para jogar. E é evidente que, sem espaços, os jogadores das outras equipas são obrigados a pensar mais rapidamente o jogo e, como tal, estão mais sujeitos a errar", explicou.

A estabilidade do clube a todos os níveis, como fez questão de salientar, tem sido outro factor importante no desempenho colectivo, assim como o profissionalismo de todos quantos o integram. "A nossa actividade quotidiana, o modo como trabalhamos semana a semana nos treinos, faz-nos acreditar e sentir que estamos no caminho certo, num clube estável em todos os aspectos, estabilidade essa que tem reflexos no rendimento da equipa. Hoje, eu e todos os meus colegas sabemos mais do que sabíamos ontem. Trata-se de um processo evolutivo natural, que tem contribuído para que a maturidade da equipa, se bem que este seja um conceito um pouco subjectivo". publicado no Jornal "o Jogo" em 03/03/1999