Sambistas da Escola de Samba Vai Vai (SP) usando Parangolés originais de Helio Oiticica
Foto de divulgação de Gui Paganini
“o Parangolé não pode ser exposto como uma pintura convencional. Ele deve ser não apenas visto mas tocado: e não apenas tocado mas vestido. O corpo compõe com o Parangolé que veste uma unidade sempre nova” (CÍCERO, 1995, p. 186-7)
PROPOSTA
Tomando como ponto de partida uma análise comparativa entre as principais
características da Modernidade e Pós-modernidade, este tema terá como objetivo
principal discutir os limites e as possibilidades da relação entre a arte e a
política na contemporaneidade. Através desta discussão, alguns conceitos como
flexibilidade, desterritorialização, simulacros, multiculturalismo x
hibridismos, devem merecer destaque, e, através dos mesmos, se analisar os
novos significados da política, o entendimento de democracia ampliada e a
importância da dialógica e da autonomia, e como estas questões repercutem na
área das Artes.
Esta proposta deverá considerar como fundamental a emergência do chamado
novo paradigma tecnológico-informacional, o qual, além de influenciar na
construção dos conceitos anteriormente citados, reposiciona o entendimento
sobre a arte, sobre a produção artística, e sobre a recepção/percepção da
obra (evento) de arte. Interatividade, imersão, acaso, construção coletiva
(entre outros), não somente trazem novos desafios e novas possibilidades para
o campo da cultura/arte, como também possibilitam a(s) leitura(s) da relação
aqui proposta, ou seja, pós-modernidade/arte/política, e influenciam, sob o
viés da cultura/arte, a construção do conceito de nova cidadania. Deverá também ser destacado as contradições entre as possibilidades
pós-modernas de uma arte política/ crítica, e as problemáticas para esta
relação advindas do processo de mercantilização da arte na contemporaneidade. Todo trabalho desenvolvido em torno desta proposta, será guiado pelas
categorias da complexidade e da interdisciplinaridade, e terá como
embasamentos centrais, de um lado, as teorias de Fredric Jameson, Jean
Baudrillard e Jean-François Lyotard sobre a pós-modernidade, e suas críticas
sobre a Arte Contemporânea em um contexto de capitalismo tardio. De outro
lado, as teorias de Manuel Castells, Anthony Giddens, Zygmunt Bauman e Pierre
Lévy, questionando a tradição, e dando suporte aos novos conceitos que
permitem uma resposta afirmativa/produtiva sobre a relação arte-política. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Prof. Dr. Holgonsi Soares Gonçalves Siqueira TEMÁTICAS - 1 -
A condição pós-moderna: principais teorias e conceitos
- 2 - Relações entre as teorias e a arte pós-modernas
- 3 - Limites e possibilidades da relação arte x política
- 4 - Arte Política: significado pós-moderno e contribuições para a nova cidadania