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RUMOS PROFISSIONAIS

Empregabilidade

Os profissionais que hoje querem manter sua empregabilidade precisam muito mais do que saber inglês ou ter um MBA. Caso contrário, as corporações não estariam hoje com mais de 4,5 milhões de postos de trabalho vagos, em nível sênior, e à procura de talentos para preenchê-los. Ter um MBA não basta. Falar inglês também não é suficiente. Entender como ninguém os consumidores do seu país tampouco conta pontos decisivos. A alardeada "empregabilidade", um palavrão que nunca esteve tão em voga como agora, passa por uma revolução na qual essas habilidades tornaram-se tão básicas aos executivos como o número do telefone no currículo. Não fosse assim e as corporações não estariam hoje com mais de 4,5 milhões de postos de trabalho vagos, em nível sênior, e à procura de talentos para preenchê-los. Foi nesse tom aparentemente amargo que o presidente da Genesis Consulting, Ulisses Zago, falou sobre as tendências de emprego no mercado global a um seleto grupo de recrutadores ontem, na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo.

O discurso só desce com sabor acre, no entanto, na garganta de profissionais que não estão assimilando as novas tendências que despontam neste milênio. A saber: velocidade de raciocínio e análise crítica (nem sempre aprendida nos MBAs); capacidade de interagir e fechar negócios com diferentes culturas (daí a importância de outros idiomas); e colocar-se como um profissional global, não circunscrito às fronteiras mercadológicas do seu próprio país (o conceito de 'empresa local' desapareceu do mapa). Tudo isso permeado por um profundo senso ético e altas doses de motivação. "As empresas não querem mais contratar empregados, mas empresários", sentencia Zago. O mercado pôs novas cartas na mesa da empregabilidade e cabe aos interessados saber lê-las. Uma vez empresário, o candidato a emprego deve apresentar os atributos inerentes à profissão, a exemplo de uma boa base de contabilidade e finanças, espírito de liderança e domínio do trabalho em equipe.

Saber onde buscar quadros e como gerenciar pessoas entram na lista do que passa a ser pré-requisito básico. Isso explicaria, ao menos em parte, a crescente valorização de profissionais com formação em engenharia, economia e ciências da computação, e a menor presença de administradores de empresas nos cargos de chefia. A não ser que o objetivo seja trilhar uma carreira técnica, esclarece o presidente da Genesis, o curso de graduação não precisa ter necessariamente a ver com a área de atuação. Prova disso é que 47% dos profissionais de marketing e publicidade das empresas são egressos de universidades de engenharia e economia. Dessa forma, a distinção se daria por uma boa formação acadêmica, adequada à área pretendida, e a consequente lapidação de habilidades de administração. " O que interessa é saber se a pessoa sabe resolver um problema rápido, sem papel e sem caneta", ensina ele.

Há ainda uma tendência irreversível a ser levada em conta pelos recrutadores na hora de escolher quem vai ocupar qual posto de trabalho, a terceirização. Zago chama a atenção para aquela que deveria ser uma preocupação básica de recursos humanos: a de selecionar gente que reconheça o produto da empresa e possa se tornar um qualificado fornecedor de serviços caso sejam demitidas em um processo de enxugamento. No processo de seleção, espera-se ainda encontrar aptidão para vendas e uso ético do marketing pessoal: "É preciso ter em mente que quem compra não é a empresa, mas o ser humano que está por trás dela".

Da parte do empregado-empresário, continua o presidente, a postura esperada para alcançar bons níveis de empregabilidade é de constante abertura para outros tipos de trabalho, para funções correlatas exercidas antes. Na opinião de Zago, os cerca de 2 milhões de trabalhadores qualificados de nível sênior, que não se encaixam naquelas 4,5 milhões de vagas, têm como denominador comum o fato de ter tido apenas uma experiência. O resultado óbvio seria a formação de uma visão única de mundo. Ou seja, tudo o que os empregadores não querem dos seus futuros colaboradores.

(Valor Econômico – 24/07/03)

EMPREGABILIDADE – UMA SAÍDA PARA O DESEMPREGO?

*Wagner Siqueira

Diz meu amigo Mário Galvão que premonição é aquela capacidade de sempre levar mais munição do que a que parecia necessária ao sair para caça". Os problemas que aos Administradores oferece, hoje, o mercado de trabalho, sugerem que se busquem soluções a partir de um princípio bem semelhante: o da empregabilidade. Quando, diante de uma dada necessidade, reviramos nossas gavetas e pastas de papéis pessoais para a confecção de um "curriculum vitae" o mais atualizado e completo possível, é muito comum nos depararmos com cursos que fizemos, coisas que aprendemos, o que disseram sobre nós e nosso trabalho, declarações e certidões, etc, dos quais já nem tínhamos a menor lembrança. Não raro, também, estas "autodescobertas" se mostram muito úteis para a obtenção do cargo ou função para pleitear do que aqueles aos quais estávamos ao preparar aquele currículo...

Basicamente, a empregabilidade - ou aquela "premonição"... - consiste exatamente nisto: um potencial que tínhamos, do qual não vínhamos fazendo uso, mas que, num momento de dificuldade de emprego, nos podem ser muito úteis. É preciso, também, porém, que reviremos nosso "baú de aptidões" com toda a minúcia possível, e que as habilidades e conhecimentos assim identificados sejam vistos com mente aberta e espírito criativo. Do contrário, se não virmos os fatos com as lentes da criatividade, dificilmente poderão aquelas "auto escavações arqueológicas" fornecer material para qualquer espécie de solução para tocar um trabalho em novos termos.

Pois, se não vínhamos a usar este ou aquele conhecimento, esta ou aquela capacidade, tal ou qual habilitação, era isto porque, ou não lhe dávamos importância, ou delas, em circunstâncias normais de emprego, não tínhamos necessidade. Ora, o "estado de necessidade" - e o desemprego é, em termos, um deles - está capitulado, até, no Código Penal. Assim, pois, se não estamos conseguindo emprego com o diploma e a experiência que até o último posto de trabalho ocupado nos vinham servindo, por que não fazermos uso de outras das nossas potencialidades?.

Cumpre, pois, num momento de crise de desemprego, inventariar em nós mesmos tudo o de que somos capazes de lançar mão para conseguir trabalho. E, não raro, resultados surpreendentes podem resultar disto. O Rio de Janeiro tem hoje um excelente exemplo disto. Uma mulher, que tinha uma profissão, e que por muitos anos a havia exercido e dela tirado, mal ou bem, o seu sustento, por motivos diversos não mais a teve condições de exercer. Não sendo muito jovem e não tendo outra profissão, parecia fadada ao desemprego e à dependência. Até que, numa festa a que compareceu, embora só conhecendo a amiga que a levara, viu-se disputadíssima para dançar, findando por gerar ciúmes da dona da casa e de outras senhoras presentes.

Pensou naquilo, criticamente decerto. Tomou suas resoluções. Batalhou, passou por um período muito difícil. Hoje, é uma das mais requisitadas e mais bem pagas professoras de dança de salão da cidade. Não sei se já tem uma academia. Mas sei que segue ativa, e sobrevivendo, pelo que dizem notas em jornais e emissoras de rádio. A última que ouvi dizia que está dando aulas de dança numa capital do Sul do País. Naturalmente, não se está aqui a sugerir que todos se convertam em professores de dança, nem que soluções deste tipo devam tornar-se permanentes.

Mas o fato é que, em épocas de crise, recursos e potencialidades arquivadas podem resultar em soluções provisórias ao menos até que surjam novas luzes ao final do túnel. É preciso que o profissional melhor se conheça e estime, melhor identifique oportunidades no mercado, melhor saiba fixar suas pretensões salariais, e de modo mais adequado e eficaz elabore currículos e participe de processos de seleção com vistas a uma melhor garimpagem de seu potencial de empregabilidade.

Administrador, a profissão do presente

Nenhuma profissão avançou tanto no Brasil, nesta última década do milênio, quanto a de administrador. Os anos 90 nos trouxeram uma verdadeira revolução nas organizações, que estão se transformando para competir num mercado cada vez mais exigente. A gestão profissional será cada vez mais indispensável para a sobrevivência e o desenvolvimento das empresas. Até bem pouco tempo nenhuma organização brasileira tinha o certificado ISO 9000. Muitas já conseguiram e continuam mantendo esse padrão de qualidade. Retardatário no processo de informatização por causa da visão estreita da reserva de mercado, o Brasil é hoje um dos poucos países no mundo onde o contribuinte faz e envia declaração de imposto de renda pela Internet. O computador é ferramenta incorporada à vida do cidadão de todas as classes sociais, no interior e nas grandes cidades. A lei, e principalmente a conscientização do direito do consumidor, um indiscutível avanço da cidadania, obrigou as empresas a mudarem suas práticas de relacionamento com os clientes. Surgiram os ombudsmen e os serviços de atendimento ao consumidor. E como é impossível "encantar o cliente" com empregados insatisfeitos, as organizações estão percebendo a necessidade de implantar também modernas políticas de recursos humanos.

As práticas administrativas com ênfase no consumidor permitiram que as carroças brasileiras em dez anos se transformassem em automóveis dotados de conforto e tecnologia de primeiro mundo, um dos principais itens de exportação do País, levando junto as empresas periféricas, também obrigadas a melhorar a qualidade dos produtos e a adotar sistemas gerenciais mais modernos. A sociedade ganha com essa revolução e os administradores se beneficiam porque, ao contrário da década perdida de 80, quando o empresário ganhava dinheiro na especulação financeira e não em seu negócio, agora a gestão administrativa é que dá o tom para o êxito dos negócios. A nossa profissão torna-se mais importante e o número de vagas no mercado de trabalho só faz aumentar.

É assim, com esperança renovada, que chegamos ao novo milênio. Seremos, sem dúvida, ainda mais fortes e respeitados nas próximas décadas. Precisamos nos preparar para esse grande desafio. O início do terceiro milênio nas organizações será dominado por transformações ainda mais profundas nos processos de gestão. Caberá a nós, administradores, com discernimento e competência, liderar essa revolução e atender às demandas da sociedade pela construção de uma verdadeira cidadania, que se expressa nas formas como o consumidor, o eleitor e o contribuinte são tratados pelas empresas e pela administração pública.

*Wagner Siqueira
Presidente do Conselho Regional de Administração - RJ


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