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Por Elinaldo Quirino Leal Novos Rumos da AdministraçãoEmpresa Virtual, Melhoria Contínua, Qualidade Total e Novas TendênciasA
era da informação: mudança e incerteza O
começo da década de 1990 marca o surgimento da era da informação, graças ao
impacto provocado pelo desenvolvimento tecnológico e pela tecnologia da informação. Na
era da informação: §
O capital financeiro cede seu lugar para o capital
intelectual; §
A nova riqueza passa ser o conhecimento; §
TI – tecnologia da informação – casamento do
computador, televisão e telecomunicações; §
Era da informação – escritório virtual e redução de
espaço físico (prédios e escritórios); §
As comunicações passaram a ser móveis, flexíveis,
diretas, rápidas e em tempo real; §
Teletrabalho – as pessoas trabalham juntas, embora
fisicamente distantes; §
A informação é a principal fonte de energia da empresa; A administração em uma era
globalizada torna-se um artigo de primeira necessidade e não é mais possível
implementar estratégias de terceira geração (era da informação) em
estrutura empresarial de segunda geração (era neoclássica), com executivos de
primeira geração (era clássica). Desafios da era da informação 1. Conhecimento
– a economia do conhecimento graças a TI. O conteúdo de conhecimento
integrado a produtos e serviços tem crescido significativamente: casas
inteligentes, carros inteligentes, etc; 2.
Digitalização
– A TI permite trabalhar com uma quantidade incrível de informações
transmitidas na velocidade da luz; 3.
Virtualização – realidade virtual, escritório virtual, economia virtual, emprego
virtual; 4.
Molecularização – a antiga corporação está desagregada e substituída por moléculas
dinâmicas; 5.
Integração/redes
interligadas – moléculas integradas em grupos que são conectados a
outros para gerar riquezas. As novas estruturas organizacionais são
horizontalizadas e conectadas pela internet; 6.
Desintermediação – como as informações são on-line e proprietários e compradores estão
conectados entre si, os intermediários tornam-se dispensáveis; 7.
Convergência – o setor predominante deixou de ser o automobilístico para dar lugar
a indústria de computadores, comunicação e telecomunicações; 8.
Inovação –
tornar os produtos obsoletos é o lema das organizações; 9.
Produ-consumo
– a distinção entre produtores e consumidores é pouco nítida. Na internet
todo consumidor é produtor de mensagens e idéias; 10. Imediatismo – o imediatismo torna-se elemento propulsor da atividade econômica. O
intercâmbio eletrônico provoca concomitância de decisões e ações; 11. Globalização
– a nova economia é uma economia global. Os negócios e o conhecimento
não conhecem fronteiras. 12. Discordância
– questões sociais estão começando a emergir, resultando em
conflitos que precisam ser administrados. Soluções emergentes – melhoria contínua A melhoria contínua é uma técnica de mudança organizacional suave e contínua centrada em atividades em grupos de pessoas. Visa a qualidade de produtos e serviços dentro programas de longo prazo, num processo de melhoria com a participação das pessoas. A melhoria contínua começou nos círculos de qualidade – grupo de 06 a 12 pessoas voluntárias que se reúnem semanalmente para decidir e resolver problemas que afetam as atividades do trabalho. Deriva do método japonês kaizen (kai – mudança e zen – bom). Kaizen é uma filosofia de contínuo melhoramento de todos os empregados da organização. Baseia-se no conceito de começar de um modo diferente a cada dia e de que os trabalhos podem ser sempre melhorados. A melhoria contínua (kaizen) é baseada nos seguintes princípios: 1. Aprimoramento contínuo; 2. Dê ênfase aos clientes; 3. Reconheça os problemas abertamente; 4. Promova discussão aberta e franca; 5. Crie e incentive equipes de trabalho; 6. Gerencie projetos por intermédio de equipes multifuncionais; 7. Incentive o relacionamento entre as pessoas; 8. Desenvolva a auto-disciplina; 9. Comunique e informe a todas as pessoas; 10. Treine intensamente e capacite todas as pessoas. Qualidade Total A qualidade de um produto ou serviço é medida pela satisfação
total do cliente. Ofereça o QUE ele precisa, no PRAZO adequado, ao PREÇO que
ele possa pagar. Segundo a ISO 8402 – norma editada pela International Standardization Organization, entidade sediada em Genebra, na Suíça – a qualidade “é o conjunto das propriedades e características de um produto, processo ou serviço, que lhe fornecem a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas”. Definimos Qualidade como a CAPACIDADE QUE UM PRODUTO OU SERVIÇO
TEM PARA A SATISFAÇÃO PLENA DAS EXPECTATIVAS DO CLIENTE. O que é Qualidade Total? Diferente do que muitos imaginam, Qualidade Total não significa necessariamente apenas produzir ou executar serviços com perfeição, ou uma nova forma de controlar as características de um produto ou serviço no sentido de inspecionar. A Qualidade Total é uma forma de gerenciar, na qual as decisões são tomadas com base em fatos e dados, para satisfação do cliente. Visa melhorar continuamente os padrões que atendem às necessidades das pessoas, a partir de uma visão estratégica e com abordagem humanista. Qualidade Total e Melhoria Contínua Enquanto a
melhoria contínua da qualidade é aplicável no nível operacional no nível
operacional, a qualidade total estende o conceito de qualidade para toda
organização, abrangendo todos os níveis da organização, desde o pessoal de
escritório e do chão de fábrica até a cúpula em um envolvimento total. Tanto a
melhoria como a qualidade total são abordagens incrementais para se obter excelência
em qualidade dos produtos e processos. Os dez
mandamentos da qualidade total são: 1.
Satisfação do cliente: o cliente é o personagem mais importante da organização.
Jamais deve ser tratado como um receptor passivo de produtos e serviços. 2.
Delegação: delegar significa colocar o poder de decisão mais próximo
da ação para evitar demora nas decisões; 3.
Gerência: na gestão pela qualidade, gerenciar significa lidera e não
impor. Liderar significa mobilizar esforço, motivar, delegar, transformar
grupos em equipes vencedoras; 4. Melhoria contínua:
o aperfeiçoamento contínuo permite a organização
acompanhar as mudanças e superar as expectativas; 5. Desenvolvimento de pessoas: ao satisfazer aspirações e necessidade de crescimento
profissional das pessoas, a organização multiplica o potencial delas, trazendo
benefícios para empresa e empregado; 6.
Disseminação de informações: a participação coletiva nas decisões implica em ação
coletiva em busca de resultados; 7. Não aceitação de erros:
custa mais barato prevenir que corrigir. Fazer certo
da primeira vez e fazer cada vez melhor na seqüência. 8. Constância de propósitos:
definição de objetivos através do planejamento
participativo, integrado e baseado em dados corretos e abrangentes para obter
comprometimento, confiança e convergência de ações da organização. 9. Garantia da qualidade:
documentação escrita e acessível é fundamental para que
todos saibam o caminho a percorrer e qual o caminho percorrido. 10. Gerência de processos:
as barreiras hierárquicas e departamentais devem ser
eliminadas. A gerência de processos deve utilizar o conceito de cadeia
cliente-fornecedor. William Edwards
Deming - As sete doenças fatais da administração ocidental:
A nova lógica das Organizações A velocidade da mudança e os desafios do mundo globalizado estão conduzindo a um sentido de emergência quanto ao ajustamento e adaptabilidade das organizações. As novas tendências se caracterizam por: 1. Cadeias de comando mais curtas – enxugar níveis hierárquicos. Organizações
flexíveis, com maior vantagem competitiva; 2.
Menos unidades de comando – ascendência vertical (subordinado-chefe) substituída
pelo relacionamento horizontal (em direção ao cliente, seja ele interno ou
externo); 3.
Amplitude de controle mais amplas – maior autonomia às pessoas; 4.
Mais participação e empowerment: maior poder de decisão às pessoas; 5.
Staff como consultor e não como executor – quem deve executar é a linha, a
função do staff é orientar para que a linha faça bem feito; 6.
Ênfase na Equipe de trabalho – orientação rumo a flexibilidade, agilidade, mudança
e inovação; 7.
Organização como unidades de negócios independentes – cada unidade com lucros
específicos, metas próprias e resultados para alcançar; 8.
Infoestrutura – as pessoas podem trabalhar em suas casas ou em qualquer lugar. A nova
estrutura organizacional está interligada através da TI. 9.
Abrandamento dos controles externos às pessoas – as empresas estão preocupadas com
os resultados e não com os comportamentos das pessoas. Regras, horários e
procedimentos estão sendo substituídos por valores, missão e foco no cliente; 10. Foco no negócio básico e essencial (core business) – eliminar o acessório e o
supérfluo. Enxugamento e terceirização permitem a empresa concentra-se no seu
negócio e nos seus clientes; 11. Consolidação da economia do conhecimento – maior presença do trabalho mental
e cerebral, na qual predomina a criatividade e a inovação em busca de soluções
novas, produtos novos, processos novos, para oferecer melhor atendimento às
necessidades dos clientes. Conclusão A tendência para o Século XXI seguem os aspectos vitais a seguir: 1. Emergência das instituições enxutas e flexíveis; 2.
Sociedade e economia do conhecimento; 3.
Redução do prazo de validade do conhecimento; 4.
Empregabilidade ou ocupabilidade para a vida toda em vez de lugar de
emprego para a vida toda; 5.
Todas as pessoas deverão ser as administradoras da sua própria
atividade; 6.
O administrador deixará de ser avaliado pela capacidade de gerar lucro.
Será avaliado pela capacidade de agregar, gerar e inovar negócios. No
aspecto pessoal, o trabalhador deverá ter as seguintes competências: 1.
Aprender a aprender; 2.
Comunicação e colaboração; 3.
Raciocínio construtivo e resolução de problemas; 4.
Conhecimento tecnológico; 5.
Conhecimento de negócios globais; 6.
Liderança; 7.
Autogerenciamento de carreira.
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