Não estive presente
quando se perpetrou
o crime de viver:
quando os olhos despiram,
quando as mãos de tocaram,
quando a boca mentiu,
quando os corpos tremeram,
quando o sangue correu.
Não estive presente.
Estive fora, longe
do mundo, no meu mundo
pequeno e proibido
que embrulhei e amarrei
com cordéis apertados
de meridianos meus
e de meus paralelos.
Os versos que escrevi
provam que estive ausente.
>
Eu estou inocente!
(Guilherme de Almeida)
Envie essa página.
Seu E-mail:
Seu Nome:
E-Mail do Destinatário:
Voltar Poesias