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Aviões - Spitfire


Mesmo tendo desempenhado um papel secundário na Batalha da Grã-Bretanha, em relação ao Hurricane, o Spitfire é provavelmente o avião britânico mais famoso, bem como o mais importante caça usado pelos aliados na Segunda Guerra. Com exceção dos aviões soviéticos, foi o avião aliado produzido em maior número e de desenvolvimento mais amplo.

Vista inferior do avião na qual pode-se observar o formato característico da asa do Spitfire e seus radiadores de água e óleo assimétricos.

A principal característica do Spitfire é sua asa em formato elíptico (desenvolvida no Type 300), que proporcionava velocidades superiores a Mach 0,9, os caças britânicos em mergulho chegaram a alcançar Mach 0,92 durante a Segunda Guerra, muito mais que os caças alemães.

Assim como seu eterno rival, o Messerschmitt Me 109, o Spitfire tinha trem de pouso estreito e articulado junto a fuselagem, fechando-se para fora e para cima. Também como o Me 109 usava uma mistura de água e glicerol para refrigerar o motor, canalizada para um radiador na parte traseira e interna da asas direita. Na asas esquerda, havia o refrigerador de óleo lubrificante, um pouco mais delgado e estreito. Possuía flaps segmentados, bequilha fixa na empenagem e hélice bipá de madeira, boa mas rudimentar, já que as hélices de passo variável ainda não estavam disponíveis na Grã-Bretanha. O protótipo decolou ainda sem pintura em 5 de março de 1936 comandado por "Mutt" Summers.

O caça tinha grande manobrabilidade, mas era tamanha a dificuldade de sua fabricação devido a seu revestimento moderno para a época que a produção em massa demorou a embalar, o primeiro Spitfire Mk I foi incorporado a 19ª Esquadrilha só em julho de 1938.

Nos primeiros mese de 1939 o Spitfire MkI recebe as hélices com três pás da De Havilland.
Spitfire MkI com as novas hélices tripás da De Havilland, inicio de 1939.

Em 1939 o caça absorveu um motor Merlin, mais potente, e finalmente hélices de passo variável e velocidade constante de três pás entraram em produção. A capota permitia maior campo de visão ao piloto e o pára-brisa, assento do piloto e o motor receberam blindagem à prova de balas, sendo os tanques a frente do cockpit transformados em autovedantes.

Na continuidade do projeto as asas do IB possuíam dois canhões Hispano no lugar das metralhadoras. A asas tipo C não possuía metralhadoras, e sim quatro canhões juntos (configuração incomum). Já em 1941 existiam muitas versões experimentais: o Speed Spitfire (com objetivo de quebrar o recorde de velocidade), hidroaviões, aeronaves com partes em plástico (para poupar materiais escassos).

Spitfire Mk II na frente de combate em 1941.
Spitfire Mk II na frente de combate em 1941.

O próximo modelo de série (depois do Mk I e II) foi o Mk V, não possuía grandes alterações. Tinha fuselagem reforçada , motor mais potente e previsão para asas do tipo A, B ou C, além de pontos de fixação ventral para tanque de combustível de 136 litros ou bomba de 227kg. O modelo mais comum foi o Mk VB, armado com dois canhões e quatro metralhadoras, mas no final da produção do Mk V tornou-se mais comum o uso da asa C, com quatro canhões.

O Spitfire VB com asas aparadas nas pontas tinha maior razão de rolagem e desempenho a baixa altitude. Seu filtro de ar alterava sensivelmente o perfil.
Spitfire VB com filtro de ar.

Os aviões destinados ao Mediterrâneo tinham filtro de poeira abaixo do nariz, o que lhes prejudicava o desempenho. Os que operavam basicamente a baixa altitude tiveram as pontas das asas "aparadas", o que lhe dava maior velocidade e agilidade, mas prejudicava muito o desempenho a grandes altitudes. A manobrabilidade dos Mk V melhorou com o uso do alumínio no revestimentos dos ailerons, em lugar do sistema entelado. Produziram-se 6.479 Spitfire V, número superior ao de qualquer outro modelo.

Caça Seafire IIC no convés de um porta-aviões, ao fundo um Fairey Albacore.
Caça Seafire IIC.
Seafire durante o pouso no porta-aviões HMS Formidable,janeiro1943.

A partir de 1941 o aviação embarcada britânica passou a operar com a versão do Spitfire o Seafire. O principal modelo utilizado foi o Mk II, versão do Spitfire Mk VC, com um motor de alta potência em baixa altitude, com hélices quadripás e asas dobráveis.

Spitfire Mk IX que serviu ma força aérea canadense.
Mk IX que serviu ma força aérea canadense.

O Mk VI foi o primeiro interceptador de grande altitude, o caça era necessário para combater o Ju 86P e R, onde o frio congelava o pára-brisas e emperrava as metralhadoras, além de expor os pilotos a condições duríssimas. Este avião foi equipado com um novo motor Merlin para grandes altitudes, que a 9.145m desenvolvia o dobro de potência que as versões anteriores. Além disso o cockpit era pressurizado, o nariz um pouco mais alongado (devido ao novo motor), hélice quadripá, radiadores simétricos, nada perceptível em combate. Em 1942 o Spitfire Mk IX - um avião muito melhor - foi uma desagradável surpresa para os alemães, acabando com a vantagem desfrutada pelo Focke-Wulf FW190.

Spitfire IX com a pintura da 303a. Esquadrilha, a Polonesa, que formada por refugiados teve maior destaque entre os estrangeiros na RAF.
Spitfire IX pertencente a Esquedrilha Polonesa da RAF.

O Mk XII era um interceptador de baixa altitude, usado para combater as incursões rápidas e em profundidade dos FW 190, atingia 563km/h ao nível do mar, contra os 502km/h do Mk IX, usava o motor Griffon. Este motor, após a instalação de turbocompressores deu origem ao Mk XIV em 1943, com hélices de cinco pás, esta foi a versão mais importante no ano de 1945.

Protótipo do Mk XII. O aparelho possiía asas aparadas, próprias para a interceptação a baixa altura.
Protótipo do Mk XII.

O último dos 20.334 Spitfire produzidos, o modelo F.24, foi entregue em 1948.


Mk IX que serviu ma força aérea soviética. Algumas unidades receberam mais um cockpit para treinamento.
Mk IX que serviu ma força aérea soviética com um cockpit de treinamento.

MkXI de fotoreconhecimento totalmente desarmado, tinham o nariz e o tanque de óleo maiores.
MkXI de fotoreconhecimento totalmente desarmado.

Spitfire Mk XIV, o primeiro modelo a usar motor Griffon e hélices de cinco pás.
Mk XIV, primeiro modelo a usar motor Griffon e hélices de cinco pás.

Protótipo do Spitfire 21 produzido a partir de setembro de 1944 e equipado com canhões de 20mm.
Protótipo do Spitfire 21.

Vista lateral
Vista Lateral                                                        Vista Frontal


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Atualizado em 15/01/2001