Antologia
Se eu morrer,
Não digam que não tentei,
Pois de tudo fiz pra conquistar,
Mas se perdi é que não tinha de ser meu,
E voltei derrotado para olhar;
Não digam que as frases foram tolas,
Nunca é tolo o que se fala o coração,
E o que fiz foi tanspor o que sentia,
E deixar que os desejos aos versos vão;
Não digam que errei o caminho,
Isto é egoísmo de quem queria me fazer trilhar
O próprio caminho que seguia,
E trilhei o caminho que me indicou o verbo amar,
E melhor caminho aos olhos, eu não via;
Não digam que fui vil ao amar tanto assim,
Ao amor não se mede limites de tanto e quanto,
Pois sua extensão é quilômetros sem fim,
Alunos é o que nos resta ser de tal mestre;
Não digam que nada fiz nesta vida,
Pois amei, brinquei, sorri e novamente amei...
Sei que em algum coração fiquei,
Isto é só o que me importa, é a conquista,
Esta que levarei até enquanto existir;
Se quiserem falar de mim algo,
Digam que foi guiado pela loucura,
Que também guia o amor,
Que cegou-se a si mesmo, para sentir,
E qu'em amar tanto, causou-lhe dor,
Tanto que pensou em desistir,
Mas onde estava só o amor lhe podia resgatar,
E assim, passou a existir
Todos os dias, para amar.
Jansey França.