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JOGOS QUE DEIXARAM SAUDADES

 


Nos últimos 30 anos, muitos bons jogos de tabuleiro foram lançados no Brasil. Vários deles já não são produzidos há anos, mas permanecem na memória de muitas pessoas, que talvez de vez em quando ainda peguem seus velhos tabuleiros para jogar com velhos amigos.

Se você é um dos que não puderam esquecer alguns desses jogos, envie-nos seu comentário ou mesmo uma resenha desses jogos.

Se você gostaria de comprar, vender ou trocar alguns desses jogos, deixe uma mensagem em nosso quadro de avisos.

Se você acha que faltam jogos de estratégia no mercado atual, leia o artigo Jogos de Estratégia: você joga? Você gosta? Você compra?

Envie seus comentários ou sua resenha já!



Espaço para discussão do War

Espaço para discussão do War 2




 

 

SUPREMACIA

Resenha de Silvio Cesar Bogsan:
O jogo Supremacia é da Grow , para 3 a 6 jogadores a partir de 10 anos, mas recomendaria 12 anos ou mais. É um jogo de guerra, onde cada jogador faz o papel de uma superpotência mundial, disputando a supremacia do globo, ou seja, ganha quem dominar o mundo. O mais interessante é que ao invés de ganhar exércitos, você deve construí-los e mantê-los. Assim, cada superpotência deve produzir riqueza, que podem ser : minérios, petróleo ou cereais. Existe o mercado mundial, onde você pode vender seus produtos (o que faz com que o preço despenque) ou comprar recursos (o que faz o preço subir). É necessário possuir os territórios, que por sua vez produzem recursos. Assim, quanto mais territórios conquistar, mais recursos terá.

O jogo tem diversos detalhes nas regras, bombas atômicas, satélites com raios-laser para defender-se das bombas, um mecanismo de destruição do mundo (guerra nuclear) onde todos perdem e ainda existe a possibilidade dos jogadores negociarem entre si, exércitos, recursos, salvo-condutos atrávés de territórios, alianças e muitas outras coisas. É um dos melhores jogos que já vi.

Rogério Mori
Interessante jogo de estratégia onde os jogadores controlam superpotências que exploram recursos, produzem exércitos, prospectam tecnologias e podem produzir até bombas atômicas. Esse jogo foi sucesso nos EUA e possui um manual de mais de 100 páginas com regras opcionais e variantes. A versão brasileira foi muito bem produzida pela Grow, mas não durou muito. A única falha do jogo era o baixo custo para produzir bombas atômicas relativamente ao custo de produzir escudos de defesa para essas bombas. Isso levava jogadores encurralados a produzirem um inverno nuclear (com 12 bombas lançadas, o jogo acabava).

Pedro Eleutério
Pode ser considerado o War 3. O jogo é bem legal, porém quando um jogador está em vantagem, os demais se aliam para provocar o holocausto. Para quem não sabe, no Supremacia existe a opção de bomba atômica. Se 12 bombas forem estouradas, o mundo é destruído e o jogo acaba empatado. Isso sempre acontece: os jogadores que estão perdendo passam a soltar bombas até destruir o planeta e empatar o jogo.

Eduardo Silveira
Um pouco complexo, mas maravilhoso quando bem jogado.

Capitão Onda
Um dos melhores jogos de Estratégia que conheci foi o Supremacia da Grow que é uma mistura de War com Banco Imobiliário. As regras são extremamente complexas, e o jogo muito (mas muito) demorado, mas vale apena.

 

INTERPOL

Pedro Eleutério
Esse é um jogo bastante interessante e dos mais estratégicos. Para quem não conhece, o jogo trata-se na perseguição do Mr. X. Um dos jogadores é o Mr. X e precisa fugir dos demais jogadores (detetives), dentro do trânsito da cidade de Londres. Para isso, os jogadores utilizam táxis, ônibus, metros e até o barco a vapor do rio Tâmisa. O jogo apresenta muitas possibilidades e é um destaque nos jogos de tabuleiro.

O jogo de tabuleiro acaba de ganhar uma versão pra Internet - totalmente grátis. O layout do site é preliminar, apenas para testes, porém o jogo funciona completamente, com todas as regras do original. Acessem: www.eleuterio.com/interpol/ ... E joguem a vontade!!!

Eduardo Silveira
Interpol é um dos melhores jogos que existem.

André Zatz (webmaster do site)
Gostaria de avisar aos fãs do Interpol que uma nova versão do jogo foi lançada pela Grow em 2002. Desta vez o Mr. X está em Nova York. O jogo se chama Interpol - Fuga de Nova York e pode ser encontrados nas lojas.


1914 - O JOGO DA DIPLOMACIA

Resenha de Rogério Mori
Jogo da Grow dos anos 70 de origem norte-americana (da Avalon Hill) onde a sorte não tinha influência alguma. Esse jogo fez (e faz) muito sucesso nos EUA, a ponto de Kissinger tê-lo classificado como seu jogo favorito. O jogo comporta até 7 jogadores distribuídos nas principais potências envolvidas na 1ª Guerra Mundial: Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Rússia, Turquia e Império Austro-Húngaro. As unidades eram exércitos e armadas, que se moviam através de ordens pelos territórios dos países. O aspecto interessante do jogo é que ele é dividido em fases: diplomacia (negociações); ordens (onde as ordens das unidades são escritas); e movimentação das unidades. O interessante é que as ordens são escritas secretamente pelos jogadores, o que dá margem para que tratados acordados na fase de negociações não sejam efetivamente cumpridos e traições ocorram. Assisti a partidas onde brigas homéricas ocorriam entre os jogadores por conta de traições. Infelizmente, o jogo não vingou no Brasil por ser considerado "complexo", mas pode ser encontrado nos EUA (Diplomacy, da Avalon Hill) em uma edição de luxo com peças de metal. O único problema é o custo, mas para que gosta, é um ótimo jogo.

Eduardo Silveira
Diplomacia é o melhor jogo jamais inventado!

Maurício - Rio de Janeiro
Gosto muito de jogar "1914 - O Jogo da Diplomacia", da Grow. É muito difícil encontrar pessoas que gostem, pois as peças não são atraentes, são de papel e a sorte não entra no jogo, e ainda é necessário escrever ordens para seus exércitos e armadas. Pura estratégia.

 

LUDOPÉDIO / ESCRETE

O jogo de futebol Ludopédio, relançado em uma versão batizada de Escrete, também conquistou muitos leitores. Veja algumas opiniões:

Resenha de Dilson Silveira:
O Ludopédio, versão original do Escrete, é bem melhor.
É um jogo criado por Chico Buarque de Hollanda, no final dos anos 60, quando ele morou na Itália, que depois foi reeditado pela Grow (em 1982) com o nome de Escrete. Admiro a Grow, que naqueles anos era a maior produtora de jogos do Brasil, mas neste caso foi cometido um erro bárbaro. O Escrete é uma versão piorada do Ludopédio. Os jogadores assumem a posição de "cartolas" do futebol. Na primeira etapa do jogo, montam seus elencos, comprando os craques do mercado (no Ludopédio, além dos craques, os jogadores podiam comprar estádios para os jogos da segunda etapa, e haviam as figuras do empresário, que negociava os jogadores, do Banco da Federação, que fechava os negócios e do Pai-de-Santo, muito engraçada e que faz parte do folclore de nosso futebol). Na segunda etapa do jogo, já com os times montados, parte-se para a disputa dos jogos do campeonato. A fórmula de disputa fica a critério dos jogadores (a depender do número de participantes).

É no procedimento das partidas que reside o mais grave erro cometido pela Grow. Ela desfigurou a mecânica inventada por Chico por uma muito mais sem graça (no Escrete) e as próprias cartas de jogadas (aquelas em que os jogadores cortam a bola, passam e chutam ao gol, etc.) que eram muito mais variadas e engraçadíssimas se tornaram monótonas e diminuíram muito a versatilidade estratégica das partidas, além de uma sensível diminuição no realismo das partidas.

Um fator característico do Ludopédio (diminuído muito no Escrete) é justamente a sátira que faz ao mundo do futebol, sendo um jogo hilariante além de requerer muita habilidade e estratégia dos participantes desde a montagem das equipes até a armação dos times em campo. Um jogo notável, o considero a maior obra de Chico Buarque, apesar de gostar de suas músicas.

Marcelo Michelini
Lembro que quando era menor eu costumava jogar um jogo com meus amigos que se chamava "Escrete", era um jogo onde tínhamos que montar nosso time (contratar jogadores) através de fichas que eram sorteadas. Os jogadores variavam de 5 estrelas até uma estrela, depois de montado os times que se iniciava o jogo. Conheço muita gente que já jogou este jogo e que gostaria de encontrá-lo ele no mercado. Fica por aqui a minha dica.

 

O JOGO DO PODER

Resenha de Arlem Nobrega:
O "Jogo do Poder" é um jogo puramente estratégico, onde a sorte conta muito menos do que a inteligência. E o jogador também deve gostar de fazer contas e mexer com dinheiro. O jogo se passa em apenas 10 rodadas e o objetivo é a sua empresa conseguir ficar mais ricas do que as outras. A história do jogo é simples: São 4 grandes grupos empresariais que disputam a compra de várias empresas que existem no mercado. Para isso existe dinheiro, ações que podem subir de acordo com seu desempenho e empréstimos no banco. Quem durante as 10 rodadas (10 anos para a empresa) conseguir fazer as melhores compras pelo melhor preço ganha. Voce só pode fazer 10 compras, portanto estas devem ser bem pensadas, pois não pode voltar atrás nem vender a empresa. Cada empresa tem um preço e dá um certo numero de pontos. Esses pontos são contados ao final de cada rodada e mostram quanto dinheiro o jogador irá ganhar. Quanto melhor a compra, mais pontos e consequentemente mais dinheiro. Devemos lembrar que para voce ganhar os outros devem perder. Isso pode parecer óbvio porém no "Jogo do Poder" voce pode dificultar as coisas para o adversário sendo concorrente e aumentando o preço nos negócios dos oponentes. Mesmo quando seus negócios estão ruins existe a chance de o jogador intervir no jogo adversário e fazer uma virada. è um jogo muito inteligente. As regras realmente são um pouco difíceis de se enterder no início, porém o jogo vale muito a pena. Volto a lembrar que é um jogo muito técnico onde o resultado é diretamente proporcional ao QI do jogador e a sorte conta muito pouco. Recomendado apenas para adultos e que não se chateiam quando perdem (pois é comum ocorrerem viradas Homéricas).

Henrique Carvalho
O Jogo do Poder é um jogo da Grow lançado por volta de 1993-1994 (não estou certo). Me pareceu à primeira vista que era apenas um jogo semelhante ao Banco Imobiliário, mas não achei não! É um jogo onde quem ganha e quem compra mais ações e tem maior rendimento nas relações com o tabuleiro ganha. Pareceu complicado e na realidade é complicado mesmo.

Dilson Silveira
A informação de que O Jogo do Poder foi lançado em 1993-1994 está equivocada. Um pouco antes desta época foi feito o relançamento do jogo, pela Grow, com mudanças no visual das cartas e do tabuleiro. Apenas isso. Não sei com exatidão o ano em que a Grow o lançou no mercado brasileiro, (creio que em 1976 ou 1977). O meu exemplar, comprei em 1981 e já era um jogo conhecido.

 


WATERLOO

Resenha de Rogério Mori
Interessante jogo da Grow dos anos 70 para 4 jogadores. O tabuleiro representava 6 países da Europa napoleônica (4 potências: França, Rússia, Espanha e Áustria; e 2 neutros: Itália e Prússia) conectados entre si. O tabuleiro era dividido em quadrados, por onde as peças andavam e os países não tinha sua forma real, mas eram mais próximo de grandes quadrados). As peças eram compostas por infantarias e cavalarias e um general, que andavam de forma diferente (a infantaria em diagonal, a cavalaria dois espaços por unidade do dado e o general um espaço para qualquer lado). O objetivo do jogo era eliminar os demais através da conquista de cidades e da eliminação dos exércitos em batalhas. As alianças eram formais, com cartas de aliança trocadas entre os jogadores, o que limitava traições de curto prazo. O jogo teve edição limitada e não durou muito tempo no mercado brasileiro.

Eduardo Silveira
Waterloo é sensacional!

 

CARTAGO

Vicente Dobroruka - Oxford, Inglaterra
Gostaria de comentar sobre o jogo Cartago, da Grow nos seus bons tempos. Ganhei o meu em 1979, mas acho que no ano seguinte já tinha saído de linha. Basicamente, era um jogo de estratégia no Mediterrâneo de +- 200 a.C.. Quatro potências disputam a hegemonia da área - Roma, Cartago, Bizâncio e Alexandria. As alianças podiam ser formalizadas 2 a 2, e o jogo utilizava as peças do Waterloo (general, cavalaria e infantaria) e barcos semelhantes aos do Jogo das Nações (mas pintados na cor de cada potência: Roma branco, Cartago verde, Alexandria vermelho, Bizâncio azul). Outro dos jogos muito bem feitos da Grow que sumiram para dar lugar ao que se vê nos últimos anos...

OPERAÇÃO MX-1

Resenha de Rogério Mori

Antigo jogo da Grow (dos bons tempos) dos anos 70 onde uma operação militar é simulada. Basicamente, o jogo tenta representar o conflito entre dois países (Azul e Vermelho) e é dividido em hexágonos. As peças são unidades militares terrestres blindadas e de infantaria (algumas destas são unidades especiais de paraquedistas, montanhistas e anfíbias). O jogo é interessante, mas perde-se na falta de objetivos e no pesado fator sorte na tabela de resolução de conflitos das unidades. Isso poderia ser corrigido através da introdução de cenários, onde situações específicas poderiam ser criadas, com um número de turnos determinado, e de um rebalanceamento da tabela. A iniciativa da Grow foi extremamente válida no sentido de tentar introduzir os wargames de tabuleiro similares aos que estavam sendo desenvolvidos nos EUA. No entanto, a sofisticação das regras (elevada para padrões brasileiros) afastou os potenciais jogadores e o jogo saiu de linha rapidamente.

 

JOGO DAS NAÇÕES

Rogério Mori
Antigo jogo da Grow dos anos 70 que simulava o ambiente político instável do Oriente Médio do período. O tabuleiro do jogo trazia países produtores de petróleo e os jogadores deviam administrá-los através de líderes que possuíam custo de criação e movimentação diferentes (Rei, Político, Ditador e Guerrilheiro). A combinação torre de petróleo/petroleiro é que gerava receita para os jogadores criarem e movimentarem líderes entre países e tomarem o poder quando chegassem à capital de outro país (um líder que saía de sua capital abandonava o controle do seu país). Havia também um agente secreto, que inibia o movimento dos líderes. O jogador também podia criar oleodutos, que conectavam os países do interior (com maior número de torres) aos do litoral. O jogo era realmente muito bem feito e o jogo tinha fases de estabilidade política nos países, onde os jogadores acumulavam recursos financeiros, e fases de elevada instabilidade política, quando os jogadores movimentavam seus líderes políticos para outros países tentando afetar as receitas dos outros jogadores (em geral, alguns quebravam financeiramente nesse processo). O jogo foi fabricado por alguns anos e depois saiu de linha.


COCKPIT

André - Brasília, DF
Um dos jogos mais inteligentes que eu joguei nos últimos tempos.

 


OUTROS

Eduardo Silveira - Salvador, Bahia
Gostaria de ver comentários sobre outros jogos mais antigos, como Cartel, O Grande Leilão e Solaris.

 



 

 

 

 




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