Era mesmo João o mais amado de
Cristo? Primeiro, pelo amor que João dava a Ele e depois pela sua humildade e a sua
disposição pacífica fazia com que João fosse muito parecido com Cristo e ainda a sua
singular pureza e virgindade, segundo alguns, teria feito que ele tivesse mais valor
perante o Senhor.
Que João era um dos mais próximos de Jesus é evidente já que
somente ele, Pedro e Tiago estavam presentes a eventos importantes, tais como a
Transfiguração, a cura da sogra de Pedro, a ressurreição da filha de Jairo e a Agonia
no Jardim das Oliveiras.
Por essa razão São Paulo nomeia João, Pedro e Tiago como sendo
os líderes ou os pilares da Igreja de Jerusalém.
Ele e Pedro foram os primeiros apóstolos na tumba do Cristo
ressuscitado.
Ele
estava na Corte porque conhecia os altos sacerdotes e ele conseguiu que os serventes da
Corte do Califa deixassem São Pedro entrar.
Mais tarde quando Cristo apareceu para eles no lago e com eles
comeu, João por instinto reconheceu quem era e disse a Pedro.
Ele viveu por 70 anos após a morte de Jesus.
Por muito tempo ele continuou junto a São Pedro. Eles estavam
juntos quando o homem é curado no Portão do Paraíso e foram presos juntos e apareceram
diante do Sanhedrin juntos.
Ele acompanhou Pedro a Samaria para transmitir o Espirito Santo aos novos convertidos.
João permaneceu em Jerusalém alguns anos após a Ascensão de
Jesus embora algumas vezes ele pregou no exterior, visto que São Paulo (alguns anos após
a sua conversão) encontra-se com João e confirma sua missão aos gentios.
Ele provavelmente foi um assistente ao Conselho de Jerusalém.
A tradição diz que seus afazeres apostólicos foram primeiro
para os judeus nas províncias de Parthia, onde ele plantou a fé cristã.
Ele voltou de novo a Jerusalém no ano de 62 DC para se reunir e
conferenciar com outros apóstolos que ainda viviam.
Depois disto ele foi para Éfesus (Turquia) onde deu a Ásia
Menor a sua particular atenção e onde ele estabeleceu igrejas e dirigiu congregações.
Com quase toda certeza, João estava presente a morte da Virgem
Maria em Éfesus.
É provável que ele tenha colocado bispos em todas as Igrejas da
Ásia porque enquanto os apóstolos viveram, eles supriram as igrejas com suas próprias
nomeações em virtude do poder recebido do próprio Jesus.
Uma veia de caridade percorre toda a vida de São João e é a
grande lei da fé cristã, sem a qual todas, as pretensões a uma Religião Divina seriam
em vão e sem valor.
Nos anos 95 durante a Segunda perseguição do Imperador
Domiciano, João foi preso na Ásia e levado para Roma onde conseguiu escapar ao martírio
de forma milagrosa. Tertuliano diz que ele saiu de dentro de um caldeirão de óleo
fervendo sem nenhum dano aparente. Seus perseguidores atribuíram este milagre a
feitiçaria e ele foi exilado na ilha de Patmos.
Relatos deste julgamento dão a ele o título de mártir, embora
ele seja o único apostolo que não morreu martirizado. Entretanto, este fato vem de
encontro a previsão de Cristo de que João beberia do cálice do sofrimento.
Na ilha de Patmos já com idade extremamente avançada, ele teria
sido favorecido com uma visão que foi descrita e relatada no Livro das Revelações
(Apocalipse).
O seu exílio não teve longa duração visto que, com a morte de
Domiciano, seus éditos foram declarados nulos pelo Senado Romano por serem suas
sentenças muito duras e cruéis. João estava livre para voltar a Éfesus de novo em 97
DC.
Alguns acham que ele escreveu o seu Evangelho quando retornou a
Éfesus já com 92 anos de idade. A tradição identifica João como o autor do 4° Livro
do Evangelho já no século segundo.
O Livro das Revelações, também atribuído a ele, é tão
diferente em pensamento, conteúdo e estilo do genuíno escrito joanino, que parece ser
mais um produto dos seus seguidores.
Quando a fraqueza apoderou-se dele e ele não mais podia pregar,
era carregado para a assembléia dos fiéis e constantemente ele era ouvido dizer :
"Minhas queridas crianças, amai uns aos outros" e quando perguntado porque
repetia sempre as mesmas palavras disse :"Porque é o preceito mais importante do
Senhor e se vocês o cumprirem será o bastante".
São João morreu em Éfesus quando tinha mais de 92 anos de
idade .
Na arte litúrgica da Igreja, São João geralmente é
representado como um jovem belo, as vezes como um patriarca , as vezes com o livro do
Evangelho nas mãos ou com o "Atos dos Apóstolos", ou com o Livro das
Revelações , ou escrevendo o Livro das Revelações na ilha de Patmos ( algumas vezes é
representado com o demônio voando para fora do seu tinteiro), as vezes com uma águia
representando a majestade do Evangelho e as vezes dentro de um caldeirão de óleo, as
vezes bem velho lendo ou escrevendo, ou as vezes levantando Drusilla dos mortos ou ainda
sendo carregado pelos anjos ao céu .
Sua festa é celebrada no dia 27 de dezembro