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Alcazar

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Décadas: 90

Estilos: Club Dance, Euro Pop, Eurodisco

Alcazar

Eu ando tão impressionado com a falta de criatividade dos artistas atuais que, sempre que ouço uma música "nova", fico pensando se não é alguma versão ou algum sampling de músicas velhas. Principalmente quando se trata de uma base ou melodia forte ou marcante. E, quase sempre, acabo acertando...

Por outro lado, muitos artistas fazem estas "cópias" muito bem, e criam ótimas versões ou belas covers. Caso do N'Trance, que só faz versões de músicas antigas como "Stayin' Alive", D.I.S.C.O. e "Shake ya Body", todos sucessos antigos da era Disco. Mas, se refletirmos bem, é curioso que grandes sucessos das pistas do terceiro milênio encontrem suas raízes nos anos 70 e 80. E assim, das terras gélidas da Suécia, surge o trio Alcazar, com uma proposta totalmente Disco e uma vibe que parece vinda dos anos 70. Mas antes de falar deles, é necessário voltar um pouquinho no tempo, e ir ao ano de 1979.

Na década de 70, a alvorada da Dance Music, muitos produtores presentearam o mundo com verdadeira pérolas musicais que acabaram ficando esquecidas no passado. Caso de Giorgio Moroder, Quincy Jones, etc... E o que acontece quando uma Pin-Up francesa é "adotada" por Nile Rogers e Bernard Edwards (responsáveis pelo grupo "Chic")? Temos Sheila & B. Devotion e um megahit de 79: "Spacer". Essa música tocou muito na época, e incendiava as coloridas pistas de dança da virada 70/80. E Sheila nunca mais foi vista.

Então, em pleno ano 2001, uma turma de suécos decidiu prestar uma homenagem (?) à bela Sheila, e acabou definindo um hit da pistas de dança do nascente século XXI: "Crying at the Discotheque", que usa a mesma base/melodia de "Spacer".

O Alcazar é formado por Andreas Lundstedt, Annikafiore e Tess e, a primeira vista, traz a saudosa lembrança de um dos maiores artistas que a Europa já conheceu: Real Mccoy. E vem justamente da Suécia, que já nos deu tantas pérolas como Aqua, Roxette, Abba, Ace of Base e A-Teens.

O primeiro álbum "Casino", é um album bem diversificado, e traz um mix de Disco, Dance, baladas e até Synth Pop. Além de "Crying at the Discotheque" temos outras músicas muito legais como "Sexual Guarantee" e uma cover do Human League "Dont't you Want me". O álbum já é sucesso na Europa e sua presença é garantida em programas do velho mundo (como o famigerado "Top of the Pops"), e milagrosamente, esse sucesso chegou até o Brasil, tanto que o pequeno país é até citado no site oficial do grupo, como foco de sucesso. O site merece uma visita, pois é muito bem feito, e contém algumas apresentações ao vivo, em Real Video.

Copiar é feio? Talvez. Mas quando o resultado é bom, acho que vale um desconto...

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