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Pet Shop Boys

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Décadas: 80, 90

Estilos: Synth Pop, Club / Dance, Alternative Dance

Chris Lowe e Neil Tennant

Sem sombra de dúvida, o ápice da cultura Dance está nos Pet Shop Boys. Eles têm o mérito de ter levado a concepção Dance aos domínios do Pop, obtendo um resultado surpreendente junto às massas, e conquistando adeptos pouco convencionais. De fato, os Pet Shop Boys são símbolos de uma era: justamente aquela virada dos anos 80/90, onde tantas tendências e idéias uniram-se à mais moderna tecnologia, a serviço unicamente da diversão. Mas, o trabalho dos Pet Shop Boys não é só isso: eles são donos de uma atitude única, e o seu som é inconfundível! Sempre a frente de seus contemporâneos, os Boys navegaram nas instáveis ondas do Dance Pop, e souberam muito bem explorar todas a sua riqueza, tecnologia e diversidade. Aliás, como um crítico do site Allmusic Guide observa: "satíricos, irreverentes e "afetados", os Pet Shop Boys transcendem sua própria concepção Pop, apresentando ao mundo todo um panorama cultural, transmitido através do código Morse de seus sintetizadores e Drum Machines". Profundo, não?!

Lembro como se fosse ontem... Tinha uma propaganda do disco dos Pet Shop Boys no SBT (aliás, devia ser a primeira vez que se ouvia falar neles aqui no Brasil), que tocava "Domino Dancing". E eu, com meus 11/12 anos ficava viajando, pois achava a música um barato. E eu nem era ligado em música ainda! Procurar discos em lojas então, nem pensar! Alguns anos depois, lendo uma das edições da Show Bizz, vi uma matéria curiosa sobre a "morte do Pop britânico". Pelo nome, você pode perceber que era um artigo pejorativo, que tinha como alvo artistas como Rick Astley, Kylie Minogue, Wet Wet Wet, Bros... e os Pet Shop Boys! Imaginem...

Mas voltando aos Boys, o duo foi formado em 1981, em Londres (claro!). Neil Tennant, antigo editor da Marvel Comics e então jornalista da revista musical "Smash Hits", ganhou alguma notoriedade em sua profissão, sendo frequentemente escalado para entrevistar os ídolos da época. Gary Numan, Human League Depeche Mode e Yazoo passaram por seu currículo. Ao visitar uma loja de artigos eletrônicos, ele encontra o estudante de arquitetura e tecladista nas horas vagas Chris Lowe. Ao conversarem, os dois descobrem uma paixão mútua por sintetizadores, baterias eletrônicas, etc... Imediatamente, eles decidem começar uma banda. O nome Pet Shop Boys surgiu como uma idéia de homenagear uns amigos que trabalhavam no ramo de loja de animais. E o nome veio bem a calhar na tendência Hip Hop americana do início dos anos 80, que utilizava estes nomes esquisitos em seus grupos e produções.

Entretanto, as primeiras tentativas dos Boys foram mal recebidas pela crítica, tanto que seus primeiros singles "West End Girls" e "One More Chance" passaram despercebidos pelos Top 40 britânicos. Mesmo assim, os Boys conseguiram um contrato com a EMI. Em 85, eles lançam "Opportunities (Let's make lots of Money)", que também falhou nos charts. A essa altura, o futuro da dupla parecia triste, mas só até a entrata de Stephen Hague (produtor do New Order) na jogada. Ele remixou "West End Girls" e a música virou sucesso em todo o mundo. Isso mudou a jogada, e fez com que os Boys lançassem, em 86, o álbum "Please", que já estreou direto no Top 10 da terra da rainha. Na ocasião, "Opportunities" também foi relançado, mas foi um enorme sucesso (!). Logo depois, eles lançaram "Disco", uma coleção de Dance Remixes. 87 foi o ano de lançamento de "Actually", com seus três hits: "It's a Sin", a cover de "Always on my Mind" (famosa na voz de Elvis Presley) e "What Have I Done to Deserve This?", este último um dueto de Tennant com Dusty Springfield. E uma série de vídeos e documentários é lançada na cola.

Em 88, o terceiro álbum chega às lojas. "Introspective" é um disco eclético que, que nos trouxe a genial "Domino Dancing", e foi seu último Top 10 americano. E, no ano seguinte, o grupo começa a trabalhar com toda a sorte de artistas, de Liza Minelli a Bernard Sumner (vocalista do New Order) e Johnny Marr (The Smiths). Com esses dois, Tennant formou o Electronic, primeiro super grupo dos anos 90 (como o Cream de Eric Clapton, nos anos 70). Seu principal hit foi "Gettin' Away with it". Ainda em 90, eles lançaram "Behaviour", e passaram a poder gozar de férias. Mas nada impede que, durante as férias, eles lançem o épico medley onde interpretam o clássico do U2 "Where the Streets have no Name" e o outro clássico de Frank Valli "Can't Take my Eyes off You" (famosa na voz de Boys Town Gang).

Após o descanso, eles lançam um de seus melhores álbuns (se não o melhor): "Very", de 1993. Este álbum continha uma versão de "Go West" do grupo Village People, que ganhou toques "medievais". Tivemos ainda "I wouldn't Normally Do this Kind of Thing" (aliás, esses nomes "quilométricos" fazem parte dos Boys). Em 94, rolou um medley nas rádios, contendo muitos dos sucessos dos Pet Shop Boys, e um álbum de remixes chamado "Disco 2". E mais um hiato...

E decididos a mostrar toda sua versatilidade, em 96 eles aparecem com "Bilingual", um passeio pelos ritmos latinos (principalmente brasileiros), e uma fusão de tudo isso com moderna eletrônica. O single "Se a Vida é (That's the Way Life is)" tem até um sample do grupo Olodum. De fato, os Boys curtiram muito o Brasil, quando vieram se apresentar no Metropolitan (hoje ATL Hall), no Rio de Janeiro. Mas, ainda nesse mesmo ano, algo inusitado estava para acontecer.......

Neil Tennant é um assíduo frequentador de shows de diversas procedências. E, num desses shows, onde ele assitiu a uma apresentação de "um tal" David Bowie, Neil quase teve um ataque: ao verificar a performance de Bowie tocando "Hallo Space Boy", ele sentiu que ali estaria uma música que aguardava um remix Dance. Após o show Neil procurou Bowie várias vezes, a fim de tratar os detalhes. Um mês depois, Neil anunciou que já tinha uma base totalmente Pet Shop Boys para a música, e Bowie ficou empolgado. Tanto que, o próprio Bowie convidou os Pet Shop Boys para uma performance e um clip. Aceitas as propostas, tivemos uma das mais loucas contribuições da música Pop: "Hallo Space Boy" executada pelos Boys e Bowie, e um dos singles do ano! Um conselho: confira a música!

Depois de explorar tudo que fosse possível, eles voltaram a boa e velha Dance Music com "Nightlife", em 99. O álbum (por incrível que pareça, o único dos Pet Shop Boys que eu tenho), é quase todo dançante, trazendo contribuições ilústres de Rollo (produtor do grupo Faithless e irmão da sensação de 2001 Dido) e Kylie Minogue. A música "New York City Boy", mais uma vez, lembra Village People total. E seguem alguns clipes muito legais!

Pra variar, após três anos de férias, os Boys preparam sua volta aos charts em 2002. O single "Home and Dry" já está rolando nas rádios, e um novo álbum foi lançado. Mas, o terceiro milênio estaria preparado para os Pet Shop Boys?

ERRATA: recebi uma msg do citado Pedro Só, no meu livro de visitas. Entre outras coisas, ele disse que não é acéfalo e que eu sou ignorante. Mas, mais importante: ele disse que não escreveu a matéria pejorativa sobre os Boys, em uma das edições jurássicas da revista Bizz. Sendo assim, tirei a menção à seu nome do texto.

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