Whigfield
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Décadas:
90, 00 Estilos: Eurodance, Club Dance, Dance Pop O ano era 1994. Nessa época, a Dance Music era carregada por artistas europeus que curtiam o auge da fama como Haddaway, Ice Mc, 2 Unlimited e Dr. Alban. O som Eurodance da época contava com várias influências, que iam desde o Hardcore, Breakbeat e o fenômeno Rave. O som era radical, e técnicas de estúdio avançadas garantiam a alegria dos clubbers da época. Entretanto, em meados do mesmo ano, uma musiquinha que começava com um barulho de pato viria a se tornar curiosidade, e seus vocais femininos, quase infantis, constituiam meio que um break na noite, visto que o pessoal dançava alucinadamente, e para dar um descanço, os DJ's colocavam essa. As menininhas ficavam doidas, e pra falar a verdade, os marmanjos também. A música se chamava "Saturday Night" e era interpretada por uma cantora chamada Whigfield. E era tudo o que sabíamos. "Tabarara turum di dara dara raa!" (creeedo!!) Era o refrão da música. Virou febre! Todo lugar tocava essa música! Até as rádios bregas! O som de Whigfield era um alívio sonoro para os ouvidos, pois chamava de volta algo há muito esquecido pela música Pop dançante: a melodia e a voz. E isso, Whigfield tinha de sobra, pois sua formação musical incluia até aulas de piano. Quem pensasse em Sannie Charlotte Carlson (seu verdadeiro nome) como uma das muitas "divas de um hit só" teria que engolir seco: durante todo o ano de 1995 as rádios Dance martelaram seu som que, embora apresentasse pouca variação em relação a "Saturday Night", era irresistivelmente dançante e contagiante. Canções como "Another Day" (uma das minhas preferidas), "Think of You" e "Sexy Eyes" fizeram com que Whigfield atingisse o topo das paradas Dance mundiais, mas sempre detonada pela crítica especializada que não consegue engolir a música que faz sucesso entre as massas. (E o que eu posso fazer se prefiro dançar o som de Whigifield ao invés de Beethoven?) Os anos de 94 e 95 foram muito gratificantes para a lourinha dinamarquesa, pois sua agenda estava sempre lotada para shows em diversas partes do mundo. E também tivemos sua participação em outros projetos Dance similares como Ally & Jo com "The Lion Sleeps Tonight". Entretanto, os desavisados podem ficar questionando seu sucesso como descartável e fabricado. Talvez este não seja o caso de Whigfield, que já morou na África (seu pai era engenheiro de uma empreiteira), chegou a trabalhar como garçonete e modelo, tendo se formado em designer de roupas. Segundo relatos, ela fala cinco idiomas... Seu primeiro álbum "I" ("Whigifield I") aparece um tanto tarde, já em 95. Lá, estão todos os seus hits, inclusive a lentinha "Close to You". A crítica diz que é cabeça de vento, mas e daí?! O álbum cumpre bem sua missão: manter a galera dançando sem se preocupar muito com os buracos da camada de ozônio e as puladas de cerca do então presidente dos EUA Bill Clinton... Os anos seguintes viram os discos da moça aparecerem um atrás do outro. Em 97 tivemos "II" (esses nomes originais...), que contava com algumas balas como "No Tears to Cry", "Givin' All my Love" e "Gimme Gimme" (essa última muito legal). E o selo brasileiro Paradoxx incluia sempre uma musiquinha dela em suas coletâneas Dance. Em uma delas, "TV Dance 3", tinha um vídeo, com vários clipes e, claro, "Givin' All my Love" estava lá. Em 2000, um novo álbum. Adivinhem o nome: claaaaaro! "III". Neste, a atração fica por conta de um cover de um grupo chamado Ronettes "Be my Baby" e outros euro hits como "Doo Whop" (sucesso na Espanha) e "Much More". Entretanto, o Brasil já não era mais tão receptivo à velha e boa Dance Music, e seus novos trabalhos nem passaram perto das rádios tupiniquins. Entretanto, ao contrário do que se pensa, os brasileiros não tem a memoria tão curta, visto que Whigfield veio várias vezes ao Brasil durante a segunda metade dos anos 90, seja para shows promocionais, visitas e até turnês. E a galera comparece em peso, visto que muitos marmanjos já dançaram ao som da louríssima. O último álbum de Whigfield (até agora) é... é... é... "Whigfield IIII" :-) Nesse disco, Whigfield traz de volta todo a sua habilidade em interpretar canções legais e alegres, sempre misturando ritmos europeus, Reggae e baladas Pop. O destaque fica por conta do primeiro single extraído do disco "Gotta Getcha", Dance Music de primeira, como só Whig sabe fazer! E como a onda de transformar os grandes sucessos Eurodance da década de 90 não perdoa ninguém, tivemos em 2003 várias "coisas" como "Rhythm is a Dancer 2003", "Mr. Vain Recall", "Feel the Heat of the Night 2003" e, claro, "Saturday Night 2003", em versão Trance. Adivinhem quais são melhores... TRIVIA: Você que percebeu que o nome Whigfield não tem nada a ver com seu nome verdadeiro, pode perguntar: "E aí???" É que o nome é apenas uma homenagem a sua antiga professora de piano, Mrs. Whigfield. Ah, tá... TRIVIA 2: Outro dia, andando tranquilamente pela rua, qual não foi a minha surpresa quando vi um cara vestindo uma camiseta com O ROSTO DA WHIGFIELD!!! Fico pensando como esse sujeito conseguiu essa camisa... :-/
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