Embora a galerinha mais antenada esteja pensando que o Electro é o som do século XXI, suas raízes estão nos anos 80 (acho que os pós-clubbers não iriam gostar nem um pouco de saber que seu som do momento vem do século passado...)

Electro talvez seja a forma mais artificial de música existente. Todos os instrumentos são eletrônicos, e não há o mínimo esforço por parte de seus produtores para que eles soem mais naturais. Na verdade, é objetivo dos caras que os instrumentos pareçam vindos do laboratório de eletrônica. Altos "boings", "putz", "toins", "tss" e "tom toms" fazem a característica mais marcante deste som. Podendo ser dançável ou não, o Electro remonta do início da década de 80, mais precisamente 1982. Naquele ano, o DJ Afrika Bambaataa "pegou emprestado" um loop da música "Trans Europe Express" do grupo alemão Kraftwerk, e fez a primeira "montagem" de que se tem notícia, transformando a canção em "Planet Rock", o clássico dos clássicos do Electro-Pop.

Com o passar dos anos, o som Electro foi sendo incorporado à música Pop, que ficou cada vez mais eletrônica. E como no mainstream "nada se cria; tudo se copia", nasce agora, no novo milênio o "Electroclash", ou seja, a 3ª invasão do Electro, que começa a fazer a cabeça dos "antenados". Não existe atualmente um set de DJ que não contenha uma sequência de Electroclash, para a alegria da garotada. E é interessante notar que com toda a evolução dos modernos sintetizadores digitais, é nos velhos instrumentos valvulados que os produtores de Electro procuram suas sonoridades espaciais. O resultado é um som "retrô de propósito": você sabe que está ouvindo um instrumento velho, mas tem certeza de que a música não poderia vir de 20 anos atrás...

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