Na passagem da década de 70 para a de 80, havia uma geração totalmente confusa com relação aos novos caminhos da música. De um lado, a podridão e a urgência do Punk, que já dava seus últimos suspiros. Do outro, a Disco Music, totalmente o oposto de seu contemporâneo Punk. Para acabar com a confusão (ou piorá-la ainda mais), eis que surge o New Wave, com seus artistas caricatos, maquiagens excessivas, visuais extravangantes, sons carregados de guitarras rápidas e teclados esquisitos. Grande parte destes artistas eram de "apenas um hit" mas alguns, se destacavam pela criatividade aliada a descartabilidade. Não foi nenhuma surpresa o fato dessa música passar a ser adotada pela massa, ansiosa por alguma coisa nova. Na época, o estilo dominava as rádios e shows, o tornando bem popular nos EUA e na Inglaterra (onde o New-Romantic foi seu maior expoente). New Wave não tinha uma identidade própria: enquanto alguns artistas procuravam resgatar a alma Punk, outros só se preocupavam com o fator Pop, ou então explorar as novidades tecnológicas em matéria de teclados e sintetizadores. Em 1982, ocorreu uma fato estranho: na época em que já perdia fôlego, o New Wave voltou às paradas, devido à uma exploração massiva por parte da recém-criada MTV, que passava toneladas de clips New Wave, à fim de se manter no ar (imaginem!). Surgia uma nova geração de New Wave, com artistas mais "cabeças", fazendo uma mistura musical ainda mais doida.

Em 1984, não teve jeito: o New Wave se despedia da cena Pop, influenciando toda uma geração de bandas como REM e The Smiths, sendo buscado até os dias atuais por bandas como Blur e Weezer. Embora de caráter descartável, algumas bandas venceram a barreira do mainstream e permanecem até hoje como ícones de uma década que já foi considerada "a década que o bom gosto esqueceu".

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