Camila: Eu prefiro jogo de tabuleiro do que de computador, não só por ser mais divertido jogar com outras pessoas, mas porque o elemento da sorte torna o jogo mais interessante, seja sorte nos dados ou outra forma. É uma boa diversão, diferente de outras pela animação que a competição gera, se o jogo é bem bolado. Desde pequena eu preferia jogar do que brincar de boneca, por exemplo. Jogos de tabuleiro e também brincadeiras de rua. Talvez seja preciso lembrar que eu cresci no interior. O jogo de tabuleiro é uma boa opção para quem mora nas grandes cidades e tem que brincar dentro de casa. E é uma maneira saudável de se divertir.
Sílvia: Para mim os jogos são atraentes, em primeiro lugar, como uma atividade social, como convívio de grupo. Hoje em dia, com o computador e o videogame, é tudo meio solitário. Os jogos de tabuleiro resgatam isso de estar todo mundo ao redor de uma mesa. O mais legal é o que o jogo estimula e não é só o jogo. O jogo parte de uma situação simples (a dinâmica, o tabuleiro, os peões, as cartas), e você pode dar asas à sua imaginação, à sua inventividade. No computador há efeitos incríveis, mas não há muito lugar para a imaginação, para a variação.
Sérgio:
Eu também gosto de jogos pelo evento social. Tem a conversa,
a discussão. O computador exerce mais a destreza, o
reflexo e mesmo o raciocínio, mas não a articulação,
a diplomacia... Outra razão pela qual eu gosto de jogos
é que neles eu aposto muito mais do que na vida, onde sou
conservador. E acho divertido, não só apostar, mas ousar
de um modo geral. Fora o prazer de atacar os outros, é claro.