Site hosted by Angelfire.com: Build your free website today!
Faculdade de Direito
Universidade de Lisboa

clik.to/estadodesitio

Direito Directo

Que direi, se só não sabe quem não quer?

Escrever sem “plágio” de estilo e de ideias é hoje tarefa pouco fácil… mesmo para os mais consagrados nestas andanças de escrever em jornais… E se, por um lado, há sempre muito que fica por dizer, por outro, já de quase tudo se falou e dissertou até à exaustão. Os leitores bocejam entediados ao ler textos de estilos tão diferentes, mas que se reduzem a isso mesmo a estilos: ora a cronicazinha nostálgica e saudosista a arranhar o épico, ora o sarcasmo maldizente de tudo e de todos, ora a imparcialidade informativa dos factos, ora o meio termo, ora o idealismo, ora o cepticismo. Também há o estilo “vale tudo”, com pontuação, sem pontuação, inventam-se palavras e palavrões; inova-se nos temas e nas abordagens, mas uma inovação já esperada que em nada surpreende. Tudo isto com um denominador comum, qual missão de todos os que escrevem: despertar, no leitor, bons momentos de reflexão.
Obviamente, que não encetarei nenhum novo estilo tornando-me, assim, e com alguma angústia, alvo da minha própria crítica e, provavelmente, vítima dos vossos bocejos…
Inúmeros temas desfilaram em marcha pelo meu pensamento enquanto escrevia... As revoltas de qualquer estudante desta faculdade ou, quiçá, os seus orgulhos; uma tal sátira maldizente, como manda a tradição, endereçada à Associação Académica; uma toda a verdade dos bastidores da campanha eleitoral; uma digressão pela galeria de ódios de estimação ao sistema da faculdade… Mas, o que vos diria eu de novo? Quando as cartas estão no correio só não as lê quem não é diligente. Não foi isso que nos ensinaram? Logo, não vos vou falar de algo que está permanentemente na vossa “ caixa de correio” sempre disponível a ser lido e interpretado por e à maneira de cada um.
Não vou falar de uma faculdade à imagem dos seus próprios placards, dundys, replectos de tudo e de nada, exibicionistas de um trabalho que não se oferece, mas que se exibe, enxovalhando os outros numa nova forma de censura. Nem falarei de uma faculdade que apenas é gloriosa e determinada, numa pouco povoada RGA, cujas decisões soberanas, se encerram com as portas do anfiteatro 1, numa clara ofensa à democracia estudantil ( não existe esta expressão?! De certo que haverá um qualquer estilo que a consagre!!!). Também me não vou pronunciar sobre uma faculdade que faz da arguição de uma tese de mestrado, um coliseu romano, onde os alunos são leões e o mestrando, a carne fresca.
Recuso-me, igualmente a cair na pieguice de metaforizar a faculdade a uma nuvem cinzenta, de pessoas cinzentas, com sorrisos protocolares ( daqueles que se vão ter de dar a vida toda) e abraços com hora marcada para se tornarem forca... forca de invejas e maquiavelismos… Não, não cairei no drama fácil e exacerbado…
Então de que irei falar? Perguntarão vocês, e com razão.
De nada, meus caros, de nada! Deixo que sejam vocês a abrir as vossas “caixas de correio” e a pôr a correspondência em dia…
Por mim e por hoje, faço a greve de zelo, que ficou deliberada em RGA e que ninguém levou para a frente… Por hoje, deixo-vos o meu silêncio, não como forma de protesto ( já me deixei disso!) mas para que se consigam concentrar na leitura das vossas “cartas” em atraso.

Filipa Martins Louro

Associação Académica da Faculdade de Direito Faculdade de Direito de Lisboa Universidade de Lisboa
[ Estatutos | Termos de Utilização | Contactos | Guestbook | Mapa do Site ] © Estado de Sítio 2003
Webdesign:
Optimizado para browsers 6.0, 1024x768