BREVE
HISTÓRIA DO PAGANISMO E ÁSATRÚ
Este texto tem o propósito de popularizar certos termos comuns
ao estudo academico sobre o paganismo.
O que é paganísmo/ um pagão?
As palavras paganísmo e pagão vieram do Latim "paganus", termo que designa uma pessoa que reside no campo. Essa é uma referencia ao período em que os citadinos cultos do Império Romano estavam sendo convertidos à nova religião, enquanto a gente do campo ainda seguia os Velhos Caminhos. O termo foi utilizado originalmente pelos kristãos citadinos de roma com um significado pejorativo querendo dizer algo como "religião de caipira". Enquanto que estes, que com o tempo abraçaram o termo com outro significado, que seria "alguem que cultua as forças da natureza". Entretanto, a medida que o kristyanismo cresceu em tamanho e em poder politico, perverteu o seu significado para algo como: "Homem sem religião ou sem Deus", como se eles fossem a unica religião valida... (Considerando a hipotese de eles serem realmente validos para alguém) Neopagãos mantem uma reverencia para a Terra e todas suas criaturas geralmente vendo toda a vida como interconectada e tendem a buscar se sintonizar a si próprios as manifestações desta crença como vista nos ciclos da natureza. Pagãos são usualmente politeístas (acreditam em mais de uma divindade), e eles usualmente acreditam na imanencia, o conceito de energia divina residindo em todas as coisas. Muitos pagãos, apesar de politeístas, vem todas as coisas como sendo parte de um Grande Misterio. A aparente contradição de ser tanto politeísta e monoteísta pode ser resolvidas pelo ver o Deus/Deusa/Deuses/Deusas como mascaras vestidas pelo Grande Misterio. Outros pagãos são simplesmente monoteístas ou politeístas.
Paleo-paganísmo: O padrão do paganísmo, uma cultura pagã que não tenha sido rompida pela "civilização" e/ou por outra cultura -- modernos aborigenes Australianos (que provavelmente se tornaram meso-pagãos), a Antiga Religião Celtica (Druidísmo), as religiões das culturas pré-patriarcais da Antiga Europa, a Antiga Religião Norse ou Nordica, religiões Nativo-Americanas pre-Colombianas, etc.
Civilo-paganísmo: as religiões das comunidades "civilizadas" que envolveram as culturas paleo-pagãs-- Religião Classico Greco-Romana, Religião Egipcia, paganismo do Oriente-Medio, religião Azteca, etc.
Meso-paganísmo: um grupo, que pode ou não constituir uma cultura separada, que foi influenciada por uma cultura conquistadora, mas que pode ainda manter uma pratica religiosa independente -- muitas nações Nativo Americanas, etc.
Syncreto-paganísmo: similar ao meso-pagão, mas tendo submergido a si proprio na cultura dominante, e adotado as praticas externas e simbolos de outra religião -- as varias tradições Afro-diasporicas (Vodu, Santeria, etc.) Kristyanísmo Culdee, etc.
Neopaganismo: tentativas de pessoas modernas para reconectar com a natureza usando imagens e formas de outros tipos de pagãos, mas os ajustando para as necessidades das pessoas modernas.
Por Exemplo: |
Wicca --
em todas as suas formas |
Nota: Existem vertentes Paleo-Pagãs Nordicas que adotaram o nome asatru pelo simples motivo desta ter se tornado de dominio comum, uma vez que Asatrú quer dizer Confiança nos Deuses em nordico classico. Portanto, ao falar de Asatru, você pode estar falando de neopaganísmo, Meso Paganísmo ou Paleo-Paganísmo.
O Termo Neopaganísmo na lista acima não deve ser confundido com o periodo historico do mesmo nome em que a Antiga Religião Nordica passava pela fase historica da Fé Dupla, quando que esta andava de braços dados com o kristyanísmo. Tal fase, se é que o termo Asatru se aplica a estes, poderia ser classificada como uma fase de meso-paganismo da Antiga Religião Nordica ou Forn-SiðR.
O que era 'The Burning Times' (A epoca das queimas)?
"The Burning Times" é o nome usados por muitas Bruxas modernas e pagãos para a era da Inquisição, e de outras caça as bruxas (Incluindo Salem) que surgiram desta. Durante esta epoca, muitas mulheres e homens foram perseguidos por praticas objecionaveis para a Igreja, especialmente bruxaria. O Malleus Maleficarum foi um guia de como torturar bruxas acusadas ate a confissão de qualquer coisa que estes fossem acusados. A essa altura da perseguição, cidades inteiras foram deixadas com somente uma ou duas mulheres nesta, e ate este dia, ninguém sabe ao certo quantas pessoas foram brutalmente assasinadas durante esta loucura.
Como em muitos casos, este horror surgido do medo, ignorancia e informações incorretas - a maioria das pessoas que foram presas, torturadas e mortas não foram bruxos (ou bruxas) de qualquer forma, mas simplesmente pessoas que estiveram no lado errado de alguem que estava sob os ouvidos do magistrado local, ou alguém que não se encaixou em (particularmente mulheres maravilhosas ou feias, ou pessoas que foram ricas e prosperas, ou que foram proprietarias de terras, os aleijados ou retardados, e ate mesmo pessoas que foram excepcionalmente inteligente foram todos exemplos de aqueles que foram os alvos principais desta perseguição).
Apesar que discriminação ainda exista contra Bruxos e pagãos, nós agora desfrutamos uma liberdade comparativa de pratica religiosa depois daqueles tempos negros. Mas esta epoca é considerada um evento muito importante para muitos Bruxos e pagãos (comparado as atrocidades e devastação perpretadas durante o Holocausto), todos nunca devem esquecer, e muitos fazem um trabalho ativo de educação popular para assegurar o melhor que eles puderem que isto NUNCA MAIS ACONTEÇA novamente.
Negação do Ponto de Vista Pagão
Xamanísmo: Um sistema magico-religioso, que, à primeira vista, parece pertencer a uma fase muito antiga da historia da humanidade, quando a superstição e o barbarísmo cruel eram regra. De fato, esse conceito de nosso passado pagão nos foi imposto pelo condicionamento. Uma forma insidiosa e sinistra de condicionamento, que é inerente ao nosso sistema educacional, que colore a visão do mundo exterior, que se nos apresenta a cada manhã, atravéz das notícias dos jornais e da televisão. Um processo de condicionamento que permeia o conhecimento tecnológico e científico e distorce a verdade sobre as relações entre seres humanos e seu ambiente. Estes anarquistas espirituais, os xamãs, não eram condicionados por qualquer força humana, que manipulasse sua visão da realidade. Ao contrario, eles não se sujeitavam às teorias de Sir Isaac Newton ou à filosofia de Descartes, que conceberam o Universo, segundo um modelo mecânico, que tinha sido construído por um criador supremo, onipotente, como um relógio suíço. Desde Newton há, tradicionalmente, um esforço científico visando separar a matéria do espírito e isso chegou às raias do absurdo racionalismo da era Vitoriana, quando o espírito era negado e rejeitado. A instituição científica rejeita o ponto de vista pagão de que a Terra é um organismo vivo, que toda vida no Universo é atravessada pela energia criadora da Força da Vida e que tudo o que existe é parte de uma unidade maior. Os pagãos conheciam e aceitavam a magia. Sua crença na unidade essencial de vida é ilustrada na citação extraída dos trabalhos de Basilius Valentinus, um filósofo pagão medieval.
<<<A Terra não é um corpo morto, mas é habitada pelo espírito que constitui sua vida e alma. Todas as coisas existentes drenam sua força do espírito da Terra. Este espírito é vida, é alimentado pelas estrelas e alimentam as coisas vivas que abriga em seu ventre.>>>
Estas Palavras deviam ser bastante conhecidas pelos xamãs e Mestres Rúnicos. Até hoje são aceitas pelos magos sobreviventes de várias raças étnicas, que tenazmente se apegam às antigas tradições, apesar da coerção espiritual exercida pelos missionários e pela indução material das companhias multinacionais, cujo objetivo é iluminar nossos irmãos do Terceiro Mundo.
SUBSISTÊNCIA DAS RUNAS
O Apogeu dos magos rúnicos ocorreu na Idade Média, após os romanos deixarem a Bretanha e esta ser invadida pelos vikings, dinamarqueses e saxões. Nossa visão moderna é a de bárbaros grosseiros, que saqueavam e roubavam em seu caminho pela Inglaterra, durante um dos períodos mais negros da história inglesa. A verdade, como costuma acontecer com os relatos modernos sobre povos pagãos, é um pouco diferente. Atravéz da pesquisa histórica e escavações arqueológicas revelou-se recentemente que os vikings eram um povo civilizado e culto, que não mereciam a imagem sanguinária dada por filmes e novelas sensacionalístas. Sua ourivesaria era uma das melhores em talento e creatividade artística. Escavações recentes em York mostraram que os Vikings eram mercadores do mundo antigo. Foram desenterradas longas filas de lojas, onde mercadores de todo continente chegavam para trocar mercadorias e comerciar com lã, metais preciosos e armas. O povo nórdico ocupou grandes regiões da Inglaterra e deixaram sua marca na subsistência de costumes populares, nomes de locais e até características raciais dos habitantes. Eles administraram esses pedaços de terra logo após a conquista normanda, basicamente resultante de uma disputa familiar entre trivos pagãs rivais, lutando pela coroa da Inglaterra. A Inglaterra anglo-saxônica e escandinava, em geral é vista pelo historiadores como um país bárbaro, corrompido. Contudo, os saxões eram capazes de executar trabalhos artísticos excelentes, entre os quais encontramos o famoso broche Kingston, descoberto em Kent. Datando do século VII, consiste em um desenho concêntrico, com uma cruz em relevo decorada com discos e botões, também em relevo. Nele foram empregados ouro, granada, video azul e conchas marinhas brancas. Esse broche é um verdadeiro exemplo do artesanato saxão e prova a mentira proclamada por aqueles que denominam os períodos saxão e escandinavo da história da Inglaterra como Idade das Trevas. A verdadeira idade das trevas era quando o Kristyanísmo teve seu grande apogêu, tanto territorial quanto politico, principalmente durante o negro periodo da "Santa" Inquisição! Por fatos Historicos e Atuais, podemos concluir que a igreja kristã, além de dogmatica, ela é contra os Livres Pensadores. Sem falar nos enormes prejudicios causados por esta no desenvolvimento tecnologico e medicinal da ciência.
ABSORÇÃO DO PAGANÍSMO
Em nosso estudo das runas mágicas, devemos lembrar também que a transição da prática da antiga religião pagã e a conversão ao kristyanísmo foi muito mais longo do que os historiadoras ortodoxos e os teólogos nos fazem acreditar. Certamente não bastou o simples agitar de uma varinha mágica para todo mundo se tornar kristão da noite para o dia, como sugerem muitos livros de história. Embora a aristocracia possa ter sido convencida do poder político oferecido pela nova religião, os camponeses-que eram os verdadeiros pagãos - recusaram-se a aceitar os ensinamentos vindos do Oriente, agarrando-se tenasmente às suas antigas crenças. Percebendo isso, os sacerdotes kristãos adaptaram-nas às suas crenças religiosas e eficazmente anularam-nas pela absorção. O Papa Gregório escreveu a um de seus missionários britânicos as seguintes palavras, explicando como a antiga religião poderia ser destruída de dentro para fora por seus discípulos:
<<<Os ídolos do povo, sem exceção, devem ser destruídos, mas os templos não. Estes devem ser aspergidos com água benta, os altares de Cristo erguidos e as relíquias depositadas em seu interior. Pois, se tais templos pagãos foram bem construídos, devem ser purificados da adoração aos demônios e dedicados ao serviço maior de Deus. Deste modo, o povo, vendo que seus templos não são destruídos, pode abandonar o pecado e afluir mais prontamente aos locais costumeiros, onde poderá vir a conhecer e adorar o verdadeiro Deus.>>>
Tal propaganda influenciou até mesmo os seguidores da magia rúnica pagã. Alguns aceitaram alegremente Jesus, como um outro aspecto de Odin. Afinal, o novo deus também foi pendurado numa árvore e ritualmente morreu pelos pecados de sua tribo. Este eterno motivo era compreendido por todos os povos pagãos, que conheciam o sacrifício do divino rei, que morreu para fertilizar a terra com seu sangue. Portanto, não hesitaram também em aceitar a mãe do divino rei judeu, Maria, como um outro aspecto da Grande Mãe Nerthus ou até mesmo Frigga.
Fé Dupla --- Neo-Paganísmo
Durante o período de Fé Dupla, no final do século XI e depois no XII, as runas tornaram-se um alfabeto místico usado para descrever a vida de Jesus e seus discípulos. Um exemplo clássico é a Cruz Ruthwel, encontrada num cemitério de igreja, em Dumfries, com inscrições rúnicas que contam a história da crucificação, entremeadas com símbolos pagãos, tais como pássaros, outros animais e flores silvestres. Também estão incluídas cenas do nascimento, a fuga de Maria e José para o Egito, a cura de um homem cego pelo Nazareno e Maria Magdalena lavando seus pés. Sobre o caixão feito para Sta. Cuthbert, em 698, runas e letras romanas são usadas lado a lado. No caso das runas, elas foram empregadas especialmente para os nomes de Jesus e os quatro apóstolos: Matheus, Marcus, Lucas e João. Isso demonstra a subsistência da prática pré-kristã do uso das runas para os nomes sagrados dos deuses. As runas foram ainda encontradas em inscrições feitas no túmulo de um santo kristão do século VII, o que demonstra que seu poder mágico não diminuiu com a chegada da nova religião. As oraçõe kristãs frequentemente usaram encantamentos pagãos alterando apenas os nomes dos antigos deuses pagãos para aqueles dos santos e apóstolos. O folclorista Alexander Carmichael (1832-1912) passou a vida colecionando orações gaélicas ainda em uso nas terras altas escocesas e nas Ilhas Hébridas. Muitas delas constituem encantamentos pagãos pouco disfarçados para obter boas colheitas ou para consagrar as sementes. Assim como invocavam Jesus e os santos, essas orações também invocavam Sta. Bride, que é uma versão kristyanizada da deusa céltica dos fogos sagrados e mananciais santificados, Bridget. Exemplos de tais orações podem ser encontrados nos livros de Carmichael 'The Sun Dances (As Danças Solares-Floris Books, Edinburgh)'.
Tais formulas kristianizadas variavam desde encantos pagãos disfarçados em uma oração aparentemente kristã até mesmo orações autenticamente kristãs que ainda mantinham uma estrutura pagã ou runica. Segue os Exemplos:
Destes versos do Havamál:
"Creio que me pendurei na árvore batida pelos ventos e lá me balancei durante nove dias e nove noites, acutilado por uma espada ensangüentada em louvor de Odin, numa oferta de mim para mim. Amarrado nessa Árvore, homem algum sabe até aonde vão suas raízes.
Ninguém me deu de comer, ninguém me deu de beber. Desci às profundezas a fim de apossar-me das runas e com um grito pungente caí desmaiado.
Alcancei a felicidade e também a sabedoria. Envelheci e rejubilei-me no meu crescimento. De uma palavra a outra fui levado a uma palavra, de um feito a outro feito."
sai uma versão resumida e kristianizada deste poema que sobrevive também em um velho sortilégio anglo-saxônico que envolve a colheita de nove ervas.
"Tomilho e funcho(*), eis um par de grande poder. O sábio senhor, sagrado no céu, criou essas ervas quando pendente da cruz e colocou-as nos nove mundos para ajudar a todos, ricos e pobres." (*) Herva Doce, Anis
À primeira vista, o termo "sabio senhor" e a frase "pendente da cruz" poderiam parecer referências diretas a Jesus de Nazaret. Na verdade, porém, a referência aos "nove mundos" desvenda seu verdadeiro significado, já que se trata dos nove céus ou planos de existência reconhecidos pela cosmologia escandinava. O "sabio senhor" é na realidade Odin, que se pendurou na Árvore Cósmica do Mundo (Yigdrasil) para adquirir a sabedoria secreta das runas. Sabemos, pelas narrativas da época, que os ritos do culto odinísta estavam freqüentemente implicitos no ato de pendurar-se numa árvore.
Como ja tinha sido mencionado antes, as formulas variavam desde encantos pagãos disfarçados em uma oração aparentemente kristã até mesmo orações autenticamente kristãs que ainda mantinham uma estrutura pagã ou runica.
O exemplo que se segue se refere ao segundo item mencionado:
RUNA DA HOSPITALIDADE
"Vi um estranho na tarde de ontem Coloquei comida no local de comer, Bebida no local de beber, Música no local de ouvir; E nos nomes sagrados do Tri-uno Ele abençoou a mim e minha casa, Meu gado e meus entes queridos. E disse em seu canto à cotovia: É comum, é comum, é comum, Vir o Cristo disfarçado de estranho: É comum, é comum, é comum, Vir o Cristo disfarçado de estranho." - Traduzido do Gaélico
Um dos mais famosos casos deste tipo de Oração ao Senhor, escrita em runas, foi usado pelos saxões pagãos como um talismã de guerra. Até no século XI (quando os historiadores quiseram nos fazer acreditar que o Kristyanismo era a religião onipotente do Ocidente europeu e o paganísmo, uma superstição esquecida), um certo Abbot Aelfric foi forçado a condenar "outh drycraft oe runstafum" ou o uso da magia atravéz das runas. Anteriormente, durante os séculos VIII e IX, alguns cemitérios rurais possuíam lápides gravadas com orações rúnicas ao morto. Um dos exemplos mais surpreendentes da fusão do paganísmo com o kristyanísmo é o famoso guarda-joias Franks, que data deste período de fé dupla. Recebeu este nome após Sir Augustus Franks tê-lo presenteado ao British Museum, em 1867. A caixinha apresenta cenas da religião pagã saxõnica juntamente com cenas bíblicas e ambas descritas pelo alfabeto magico das runas. Na parte frontal da caixa, do lado esquerdo, há uma ilustração do deus saxão Wayland em sua ferraria - popularmente acredita-se que seja um túmulo neolítico, próximo às fortificações de Uffington, em Berkshire - com a bigorna, o martelo e o fole. Segura com tenazes uma cabeça humana, cujo crânio será transformado em taça. O corpo sem cabeça repousa sob a bigorna do deus. Duas mulheres, que assistem a cena, estão próximas e, do lado de fora, um garoto (provavelmente Egil, irmão do deus) esta perseguindo gansos. Do lado direito, pode-se ver os três reis magos, com suas oferendas, ajoelhados diante da Virgem Maria e seu bebê recém-nascido. Acima brilha a estrela de Belém. Cada uma das ilustrações acha-se circundada por caracteres rúnicos, que as explicam.
ENCANTAMENTOS DE CURA
É provável que os segredos rúnicos tenham subsistido, devido a alguns médicos anglo-saxões, que praticavam o curandeirísmo. Isso envolvia o uso de talismãs mágicos, ervas medicinais e encantamentos, que combinavam orações kristãs e pagãs. O encantamento de cura dado abaixo constitui um exemplo disso.
Our Lord Woden rade, his foal''s foot slade down he lighted his foal's foot righted, bone to bone, flesh to flesh, heal in the name of Woden, BaldR and Freyja. BaldR and Woden fared to the wood, there was to BaldR's foal his foot wrenched, then charmed Woden as well he knew how, as for bone wrench, so for limb wrench, bone to bone, limb to limb as if they were glued.
Nosso Senhor Woden ataca, o casco de seu cavalo desliza ele refulge por baixo e os cascos de seu potro endireitam osso por osso, carne por carne, cura em nome de Woden, BaldR e Freyja. BaldR e Woden foram para o bosque e lá estava o cavalo de BaldR seu pé machucado. Então Woden enfeitiçou-o como bem o sabia, para ferida do osso, para ferida do membro, osso para osso, membro para membro como se colados estivessem.
O encantamento escandinavo - saxão, dado a seguir, é outro exemplo de magia rúnica usado para curar queimaduras. Nele são mencionados as Nórnes e os principais Deuses do panteão nórdico.
Three ladies came out of the east, with snow, frost and fire, out fire - in frost, in the names of Woden, Thor and Loki.
Três senhoras vieram do Oriente com neve, geada e fogo, ora no fogo, ora na geada, Em nome de Woden, Thor e Loki.
Esta fusão de crenças pagãs ilustra a luta na Inglaterra anglo-saxõnica, entre fiés rivais. Foi uma batalha de mentes, almas e corações, que saiu das cabanas dos campos para os palácios de reis, que reivindicavam a descendência de Woden. Tal luta terminou de modo sangrento, pois logo que a Igreja alcançou o poder político, suprimiu os "hereges" de seus quadros e expulsou de seus reinos aqueles descrentes, que escolheram seguir uma vida espiritual diversa. O engraçado é que para ser considerado um hereje de uma religião, você precisa pertencer a esta primeiro. Mas o kristyanismo, em sua absoluta arrogância, considera toda a humanidade como kristãos por default, que estão a serviço de seu deus que pensa ser unico. Um herege é um membro de uma religião que distorce os ensinamentos destas para um fim ou significado completamente em oposição aos ideais que fundaram a mesma. Um apóstata é aquele que deixa uma religião em pról de outra. Ambas são consideradas crimes segundo o pensamento kristão que é notadamente contra a liberdade de pensamento. Os pagãos mencionados nesta fração da história não poderiam ser acusados de nenhum destes dois "crimes" pois sequer eram kristãos, e os que eram, se tornaram por subversão e fraude elaboradas pelos próprios lideres kristãos da epoca.
PERSEGUIÇÃO DOS PAGÃOS
No final do século XIV, começou a temporada de caça às bruxas. Calcula-se que, nos quatrocentos anos que se seguiram, cerca de nove milhões de homens, mulheres e crianças morreram para satisfazer a louca vingança da Igreja contra os pagãos. Muitos inocentes morreram na forca ou na pira. (Este é o famoso "Amor" Kristão) Diante de torturas terríveis (arrancamento de olhos, torção de polegares, roda de tortura), muitos preferiam uma falsa confissão e, portanto, uma morte rápida à longa agonia da inquisição. O resultado de todo o processo foi a condenação das runas como símbolos de magia negra. Ao término da Idade Média, o conhecimento rúnico foi amplamente esquecido. A palavra runa degenerou e passou a significar qualquer palavra ou símbolo mágico usado em encantamentos. Foi apenas no fim do século XIX que as runas reapareceram na consciência pública, resultado de pesquisa realizada por ocultistas germãnicos, que tentavam reviver o paganísmo teutônico e escandinavo. Ja na Islândia, a historia relata que os anciões da Islândia tiveram que tomar uma decisão amarga. Sob pressão politica da Europa Kristã (que consistia em embargo economico somados a ameaça de gerra genocida lideradas pelo rei kristão "Santo" Olaf, o Gordo), e encarando a necessidade pelo comercio, o Allthing (as decisões de Estado la são determinadas por uma assembleia dos Islandeses em uma democracia de verdade, não como a falsa democracia em que vivemos) declarou a Islândia como um pais oficialmente Kristão. Com alguns poucos séculos, os ultimos remanecentes do Paganísmo Nordico, que em uma epoca, ocupou toda a região norte da Europa aonde esta aparentemente morreu. Entretanto a Islândia foi um pais tolerante e os mitos e estorias, e lendas das epocas pagãs foram deixadas isentas da queima e destruição para acender as chamas da crença nas gerações seguintes. Sob pressão do famoso poeta, Sveinbjorn Beinteinsson, a Islândia uma vez mais reconheceu o Paganísmo Nordico como uma religião legitima e legal. Uma restauração de nossa antiga fé é como um total florecer na America. Esta antiga religião Pagã foi conhecida como Asatru, uma palavra do Nordico Classico que significa Troth (lealdade) para os Deuses, e o Asatru moderno é nada menos que o completo reavivamento da antiga religião Pagã Nordica.
CRONOGRAFIA Os anos estão baseados no calendario C.E. (Common Era, Era comum ou Era da Tirania Kristã, Era Vulgatti Também podendo ser chamada de A.D. Anno Domini)
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Texto por: Octavio Augusto Okimoto Alves de Carvalho Goði Meðal Mikit Stór-Ljón Oddhinsson
Bibliografia:
The Magic of The Runes *** by Michael Howard The Aquarian Press
The Book of Runes Ralph Blum
The Wisdom of The Runes *** Michael Howard Random Century Group Ltd.
An introduction to Asatru *** The Raven Kindred Assc. 11160 Veirs Mill Rd L15-175 Wheaton, MD 20902 USA (301) 593-9316 - lstead@cais.com
ALT.PAGAN Frequently Asked Questions (FAQ) *** Authors: Susan Harwood Kaczmarczik; Br'an Arthur Davis-Howe; T. O. Radzykewycz; Ailsa N.T. Murphy; Cecilia Henningsson Archive-name: paganism-faq Last-modified: Oct 1994 Version: 2.1
"Apesar de nós não acreditarmos que qualquer religião seja para todos, o Asatru da as boas vindas a qualquer pessoa a nossa fé que esteja interessado sinceramente em seguir os Velhos caminhos." - The Raven Kindred Association
O termo "Religiões Abraãmicas" é um termo academicamente aceito para ser usado em lugar do popular "religiões judaico-cristãs" por esta não ignorar os islãmicos.
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Ásatrú Vanatrú - Brazil http://www.fornsed-brazil.educations.net