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Prefácio:

FOUCAULT SEGUNDO DELEUZE

Marcelo Bolshaw Gomes

O filósofo Gilles Deleuze, em uma de suas homenagens póstumas ao historiador Michel Foucault (1), comparou-o a um ‘novo Marx’, devido à sua forma revolucionária de entender o Poder. Para Deleuze, Foucault foi o principal teórico da contracultura, derrubando, em seu livro Vigiar e Punir (2), uma série dos postulados tradicionais do pensamento de esquerda.

Bem vistas as coisas, esses postulados ainda são insuficientes para entender a importância da revolução metodológica proposta pelo pensamento foucaultiano se o confrontarmos com outras influências. Em relação a Freud, por exemplo, também podemos perceber a queda de pelo menos dois postulados tradicionais em A Vontade de Saber (3):

Pensamos, porém, que a grande contribuição filosófica de Foucault se deve ao seu diálogo intelectual com Nietzsche, de onde também podemos extrair dois postulados epistemológicos - aparentemente contrários:

O tema de nascimento, morte e ressurreição do sujeito na filosofia ocidental volta a ser uma das principais discussões contemporâneas. Entretanto, são poucos os que vêem uma solução nesse processo de iniciação do social no simbólico. Para que se coloque a questão do ressurgimento do simbólico corretamente, sem confundi-la com o ‘retorno às superestruturas’ ou à subjetividade pré-científica é necessário entender como a trajetória geral do pensamento foucaultiano deu origem ao um 'Diagrama', isto é, ao conjunto simultâneo de fatores sobrepostos: o Saber, o Poder e o Si.

DIAGRAMA DE FOUCAULT SEGUNDO DELEUZE

LIVROS 

PROJETOS

História da Loucura
As palavras e as coisas
O Nascimento da Clínica 

ARQUEOLOGIA DO SABER
(Formas x forças)

Vigiar e Punir
Vontade de Saber
Microfísica do Poder (coletânea brasileira)

GENEALOGIA  DO PODER
(ou o lado de fora)

O Uso dos Prazeres
Cuidado de Si 

ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA
(ou  lado de dentro)

Em seus primeiros trabalhos, Foucault irá se definir pelo método arqueológico e estudará prioritariamente o ‘saber’. Entretanto, este saber será sempre um duplo de uma determinada correlação de forças. Daí o primado do ‘dizer’ sobre o ‘ver’, dos enunciados sobre as formas não-discursivas, uma vez que a linguagem tem um sentido e este sentido é politicamente imposto. Assim, para desvendar o verdadeiro sentido deste saber duplicado seria necessário construir uma genealogia do poder. E este projeto foi iniciado em Vigiar e Punir. O aparecimento da instituição carcerária e do direito penal são o pano de fundo para a construção de uma analítica do poder. Tratava-se então da ‘emissão e distribuição de singularidades, dos vetores não estratificados que agem através do saber, vindos do lado de fora’.

Já na conclusão de A Vontade de Saber, Foucault esboça pela primeira vez uma explicação geral de todo seu trabalho anterior. O manicômio, a clínica, o presídio e toda arqueologia descontínua das instituições se explicariam por uma mudança na forma através do qual o poder se exerce: do poder baseado na morte e na punição exemplar para o poder das punições simbólicas e administrativas. A cumplicidade involuntária de Foucault com o poder foi denunciada impiedosamente por Jean Baudrilard (6). Para ele, ao descrever o poder como algo que engloba todas as resistências, Foucault teria anulado qualquer possibilidade de mudança estrutural de nossa sociedade.

E, nos últimos livros, mesmo sem responder diretamente, Foucault adota uma mudança importante: o ressurgimento da subjetividade, do ‘lado de dentro’, não como uma entidade cognoscente, mas como uma auto-referência diante do poder e dos seus duplos, os discursos. O Uso dos Prazeres  e O Cuidado de Si, fariam parte de uma terceira e última etapa do filósofo, em que seu objeto não seria mais o saber ou o poder, mas a procura de um ‘lado de dentro’. Mas talvez, a trágica doença responsável pela morte do filósofo, seja também a causa de uma relação de afeto consigo mesmo, de uma auto-referência discursiva diante do poder. Foi a morte que despertou a consciência de Si.

Deleuze sustentará que o Si no final da História da Sexualidade não é um retorno ao sujeito antropocêntrico do conhecimento assassinado em As Palavras e as Coisas, mas sim de uma evolução 'para dentro', uma 'dobra' que amplia ainda mais o campo de investigação foucaultiano da crítica política à autoreferência ética. Também podemos observar a evolução esta mudança ainda, amplificando o período entre o primeiro é o último volumes da História da Sexualidade, através do desenvolvimento de suas aulas anuais no College de France (7). Observa-se que, desde 76, Foucault começa a ampliar o campo de sua investigação, não só passando do estudo das instituições para sociedade como um conjunto, mas também, a partir dos anos 80, ampliando o período histórico de seus estudos e discutindo práticas éticas clássicas e latinas como formadoras de nossa concepção de verdade atual.
 

ANO

TEMA DA AULA

EMENTA DO PRÓPRIO FOUCAULT

1970/71

A vontade de saber 

Configuração geral do estudo da penalidade na França, no século XIX e o início do psiquiatria penal.

1971/72

Teorias e instituições penais 

Seguindo o estudo das práticas e conceitos médico-legais, o caso do assassino Pierre Rivière é analisado em especial.

 1972/73 

A sociedade punitiva

A prisão como paradigma de organização da cidade moderna: o panoptismo.

 1973/74

O poder psiquiátrico

A história da instituição e a arquitetura hospitalares.

1974/75

Os anormais

Análise das transformações da perícia psiquiátrica dos casos de monstruosidade até ao diagnóstico dos 'anormais'.

 1975/76 

"É preciso defender a sociedade" 

Estudo da categoria de 'indivíduo perigoso' na psiquiatria criminal e nas teorias de responsabilidade civil do séc. XIX

1976/77

Não houveram Seminários

Não houveram Seminários

1977/78

Segurança, território e população

A passagem do estado territorial para o estado da população e o aparecimento de novos objetivos de governo.

1978/79

Nascimento da biopolítica

A racionalização das práticas de governo do estado moderno em relação à saúde pública e à vida social das cidades.

1979/80

Do governo dos vivos

O pensamento liberal, a confissão, o exame de consciência - o governo dos homens 'livres' e os mecanismos disciplinares

1980/81 

Subjetividade e verdade

Como o sujeito de conhecimento se constitui em diferentes contextos históricos: as técnicas de si.

1981/82

A hermenêutica do sujeito

Para entender a idéia de 'governo de si', discute-se as práticas éticas clássicas e latinas, anteriores ao cristianismo.

Tendo sempre a filosofia de Nietzsche como pano de fundo, houveram ainda vários encontros e participações entre os dois grandes pensadores franceses: o prefácio de Foucault ao Anti-Édipo (8), a conversa reproduzida na coletânea brasileira intitulada Microfísica do Poder (9). Porém, o grande encontro de Foucault com Deleuze é póstumo. No 'post-scriptum sobre as sociedades de controle', último capítulo do livro Conversações (10), Deleuze proclama o fim das instituições disciplinares e de confinamento estudadas por Foucault (a escola, a fábrica, o presídio, o hospital, o exército) e o aparecimento de novos dispositivos de controle 'em redes a céu aberto'.

PHYLLUM DO PODER POR FOUCAULT (SEGUNDO DELEUZE)

Sociedades de soberania

Poder emana do direito de morte do rei

Sociedades disciplinares 

Poder a partir do confinamento e duração

Sociedades de controle

Poder baseado na moratória ilimitada

Para Deleuze, o regime de moratória ilimitada mais do que levar a culpa (e o ressentimento) dos indivíduos contemporâneos a um estatuto de responsabilidade social, vai estabelecer um novo tipo de funcionamento do poder, ainda mais introjetado e subliminar que a disciplina: o controle contínuo a partir de um sistema númerico de cifras e senhas. Mas, ao contrário de muitos ciberfanáticos atuais, Deleuze não considera a sociedade de controle globalizado melhor que as antigas sociedades disciplinares (embora haja avanços: o atendimento médico domiciliar deve ser melhor que o hospital, os serviços comunitários para delitos leves devem ser melhores que o encarceramento, a empresa e a participação nos lucros  são melhores que a fábrica e o salário).  Para ele, o importante é descobrir formas de resistência a este novo poder .

Dos diversos tipos de retorno que a cibercultura contemporânea pode significar (retorno ao arcaico, ao tradicional, ao simbólico), o mais interessante e menos visível é o regresso a um ‘Uso temperante dos Prazeres’. Porém, enquanto para os gregos a idéia de temperança era prescritiva e não normativa, nossa relação compulsiva com o consumo é involuntária. Aliás, alguém uma vez definiu a condição pós-moderna como a proibição do consumo estimulado. Deveras, o mesmo que Foucault disse sobre a repressão ao sexo serve também para o consumo. Talvez com a liberação sexual da contracultura, e, mais recentemente a AIDS, o centro da correlação de forças tenha se deslocado da genitalidade para a oralidade. Na pós-contracultura, as ginásticas e as dietas voltam a desempenhar um papel central no cotidiano, as asceses e os regimes corporais se colocam novamente. Somos hipnosugestionados a consumir pelos meios de comunicação e proibidos de fazê-lo por diferentes níveis de autoridade.

Relevante neste sentido, é a questão das drogas e da dependência química. A noção foucaultiana de ‘modo de sujeição’ nos sugere que o poder tornou-se mais bioquímico que microfísico e que a principal estratégia atual consiste, na produção hipócrita de uma sociedade de viciados. Álcool, nicotina, cafeína, açúcar, remédios, mas, sobretudo, ilusões. Eis a mais cara e menos proibida das drogas: a TV. Aliás, o consumo de imagem e som é a única coisa gratuita em nossa sociedade. Ele interage diretamente com o universo alimentar formando um conjunto de necessidades e, principalmente, mantendo o indivíduo em níveis cada vez mais altos de stress emocional. Após séculos de sujeição sexual imposta pelo cristianismo, os mecanismos de poder geram agora uma nova tecnologia de controle: as formas psicoquímicas de subjetivação do sentimento de morte. A dependência química e as redes telemáticas fazem parte de uma única estratégia.

Hoje existem várias leituras da obra de Foucault valorizando seus diversos méritos históricos e metodológicos (a nova história de Paul Veyne, por exemplo), mas apenas a leitura deleuziana atualiza a abordagem de Foucault para vida contemporânea e seus problemas atuais (consumo, dependência química e psicológica, artificialização do corpo, etc).  Ou seja - como profetizou o próprio Foucault: 'o século será deleuziano' .

"O paraíso atual é obrigatório e o inferno é a exclusão do mercado consumidor" - afirma o psicanalista Eduardo Losocer (11), da ASPAS (Associação de Pesquisadores e Analistas da Subjetividade). Ele faz uma interessante analogia entre os sete pecados capitais e as principais compulsões pós-modernas:
 

1) Orgulho/Autopromoção - Para os analistas da ASPAS,  "hoje em dia, ninguém se orgulha mais de si ou da vida que leva'. No entanto, as idéias de autoestima e de autopromoção substituíram as de honra e dignidade.

2) Inveja/Dissimulação - A inveja, e seu eterno contraponto, a vaidade, por sua vez, tornaram-se dissimulação,  máscaras bem educadas do sentimento de despeito.

3) Gula/Mania de juventude - A anorexia, a bulimia,  apresenta-se como o contrário da voracidade da gula apenas na aparência. Na verdade,  trata-se apenas de uma nova forma da secular fome insaciável de juventude.

4) Avareza/consumismo - O mesmo (ou o inverso) acontece entre a antiga avareza e o consumismo contemporâneo, por trás de uma aparente contradição, encontramos um miserável cercado pelo luxo.

5) Ira/Deboche - Para a ASPAS, o escárnio é a principal forma de expressão do ódio.  Quem tem raiva, debocha,  ironiza, ridiculariza os seus adversários. A ira se transformou em sarcasmo.

6) Luxúria/Voyeurismo -  O pecado da luxúria, que nos levava a pensar e a fazer sexo em excesso, é hoje um hábito de telespectadores. O vício pela imagem substituiu o vício pela sensação.

7) Preguiça/Vício de trabalhar - O ócio, tão criativa e prazerosa em outros tempos, tornou-se uma obrigação intelectual. O fim do trabalho manual escravizou as mentes pós-modernas.

Porém, apesar desta grande proximidade com as idéias de Deleuze e Foucault, eles não chegam a noção de 'modos de subjetivação' ou pelo menos não apresentam essa concepção na matéria. Por que será que a velocidade máxima permitida é de 80km/h e os carros têm velocímetros até 200 km/h? O que quer a sociedade? Que sejamos hipócritas? Ou que introjetemos um comportamento cuidadoso sem a necessidade de regras e normas externas?

Tanto em relação ao sexo nos tempos de Foucault quanto diante do consumo, as duas coisas são verdadeiras ao mesmo tempo. É que a regra produz sempre na proporção de nove por um. No campo da ética, nove psicopatas tarados por um santo de conduta exemplar; no campo da estética, nove gorduchas para uma Cindy Crawford; no campo global: muito ruído para pouca utopia.

E será que este autocontrole introjetado através da Cibercultura é apenas um aperfeiçoamento da manipulação social exercida através da culpa cristã (e do cuidado latino e da temperança clássica)? É claro que não. Há também um aspecto positivo e é justamente isso que a pesquisa da Aspas omite: o consumismo existe para gerar a ponderação; os workholics não são a mera negação da preguiça mas uma condição para gerar pessoas criativas; o voyerismo e a excitação pela imagem, gera a necessidade de sensibilidade real; etc ...

E é neste contexto, aberto por Foucault e ampliado por Deleuze - em que as drogas e os meios de comunicação de massa (e agora a Internet) são, mais que sonhos alienantes da realidade, novos modos de sujeição e controle - que o professor Paulo Vaz descreve, no artigo Corpo e Risco, a passagem da 'Norma' ao 'Risco', frisando uma dimensão sobre a idéia de Poder importante que é a origem  Nietzscheana comum dos trabalhos de Foucault e de Deleuze.

Experimentamos a formação de uma sociedade de controle ou da fragilidade. Se uma sociedade se define pelos valores que propõe como positivos e se estes emergem por negação da negação, a passagem da disciplina ao controle é também a passagem da norma ao risco como conceito primário a partir do qual se pensa a relação dos indivíduos consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Os valores maiores de nossa sociedade parecem ser, na relação consigo, o bem-estar, a juventude prolongada, o autocontrole e a eficiência; na relação com os outros, a tolerância, a segurança e a solidariedade; na relação com o mundo, a preservação ecológica. Estes valores implicam o cuidado a partir do risco como fundo de negatividade a ser evitado. Tudo o que nos proporciona prazer, e que é nosso dever conquistar, pode implicar dependência e risco de morte prematura; o outro só não é tolerado em seus hábitos de prazer quando nos põe em risco e, inversamente, somos convidados a ajudar todos aqueles que estão em risco, principalmente quando sua situação deriva da ação de outros, quando são vítimas; por fim, as catástrofes derivadas do excesso de consumo são a matéria-prima dos discursos ecológicos.

Em Globalização e Experiência do Tempo, Vaz deriva para uma discussão entre moderno e pós-moderno e para a questão da utopia social, a partir da mudança do conceito de novo. Mas deve ter percebido também a conexão com a discussão do risco.  O Cuidado de Si torna-se um elemento diferencial da cultura contemporânea em relação à modernidade e às sociedades disciplinares.
  

"Pensar a globalização não implica apenas deter-se sobre o novo ritmo do capital financeiro ou sobre o jogo entre identidades locais e globais. É preciso também ater-se à nova experiência de tempo, onde o possível é gerado pela tecnologia e possui uma força intrínseca de realização, um dinamismo acelerado. Nesta nova experiência, o decisivo é, primeiro, um estranho feedback entre presente e futuro, onde a conseqüência antecipada torna-se condição da ação, e, segundo, a experiência subjetiva deste possível exterior ao desejo, acelerado e dinâmico, experiência desta evolução tecnológica que não é integradora, apresentando-se aos indivíduos na simultaneidade paradoxal de oportunidade e dever. Procura-se então esboçar as condições de possibilidades destes discursos atuais que tanto ressaltam a oportunidade de reinvenção da democracia e da experiência subjetiva, quanto estipulam uma série de ameaças para os indivíduos e a sociedade."


 Já em Corpo-Propriedade, Vaz não só de generaliza os resultados obtidos nos primeiros textos - o cuidado de si se amplifica tecnologicamente em uma nova experiência de tempo/espaço em que o futuro e sua simulação passam a desempenhar um papel fundamental - mas, sobretudo, pensa uma nova 'experiência de morte' vigente na vida contemporânea. A idéia de 'limite-meta' é a de mostrar uma nova forma de produção de sentido para os homens. E a resistência a este procedimento residiria não na relação entre morte e alteridade, mas naquela entre vida e multiplicidade.
  

"O efeito da colocação à distância é fazer do limite uma meta. Tanto o limite é uma meta para os indivíduos, quanto ele é a meta da pesquisa biomédica que visa o seu recuo. Dado os riscos que portamos, devemos agir para morrer quando devemos. O limite-meta repõe a dívida e um sentido para a vida. Enquanto na Modernidade a antecipação do Limite era condição do questionamento dos limites sociais, na Atualidade, o afastamento do Limite possibilita haver limites sociais em uma sociedade individualista e pós-cristã.
"Dois exemplos do limite-meta. Um é o debate sobre a aceitabilidade da eutanásia. O nó do debate é a  possibilidade de estar havendo um prolongamento artificial e doloroso da vida. Enquanto a medicina moderna surgiu pela aceitação de que ainda havia processos vitais mesmo após o indivíduo estar morto, de tal modo que a vida podia ser pensada como o conjunto de funções que resistem à morte, hoje nós pensamos que é possível um indivíduo estar morto mesmo que ele esteja vivo: as técnicas lhe fizeram ultrapassar o seu limite. Damásio, mais uma vez, nos oferece o segundo exemplo. Um longevo seria um sábio: a inteligência se define pela duração de vida. O quão afastada está a concepção romântica de gênio, daquele que era capaz de sacrificar a vida para realizar a obra."


 A morte pós-moderna é imanente a vida. Ela não é uma ameaça eventual, mas uma presença constante a cada segundo. E a antiga moral se tornou uma Anatomia do Ruído de nossas consciências.  Somos comparáveis aos rádios e nossa mente, ao controle de sintonia. Por isso, os sete pecados capitais, mais do que compulsões do inconsciente, tornaram-se 'limites-meta' - ou, na linguagem corrente, 'couraças corporais', 'vibrações desequilibradas das sete energias' e outras imagens das freqüências agenciadas em rede.

E em Agentes em Rede, Vaz discute ainda sobre os quatro nós da informação.

Feita essa apresentação, resta apenas desejar uma boa leitura ... 

MBG


NOTAS

(1) DELEUZE, G. Foucault. São Paulo: Brasilense, l985.

(2) FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1987.

(3) FOUCAULT, M. A História da Sexualidade I (A Vontade de Saber). Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988

(4) FOUCAULT, M. As Palavras e as Coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

(5) FOUCAULT, M. A História da Sexualidade II e III (O Uso dos Prazeres e O Cuidado de Si) Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984 e 1985.

(6)BAUDRILARD, J. Esquecer Foucault. Rio de Janeiro, Rocco, 198 .

(7) FOUCAULT, M. Resumo dos cursos do Collège de France (1970 a 82). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

(8) ESCOBAR, C. H. Dossiê Deleuze. Rio de Janeiro: Hólon Editorial, 1991.

(9) FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1982.

(10) DELEUZE, G. Conversações. São Paulo: Editora 34, l998.

(11) CEZIMBRA, M. (repórter) Pecados do século XXI, Entrevista para Jornal da Família, encartado no Diário de Natal, 16 de maio de 1999.