Jornal Asafreedom
Este informativo pretende colocar noticias novas e velhas a
respeito de Ásatrú, da Luta pela Liberdade de Culto no Brasil
e Exterior e denuncias de crimes de discriminação religiosa
em especial contra as minorias religiosas não cristãs no Brasil
e exterior.
Noticias divulgadas ou não em jornais. Denuncias por colaboradores
de intolerancia religiosa contra minorias religiosas, e mais um mecanismo
de defesa para quem ja tem muito pouco o que os defenda.
Qualquer noticia referente a intolerancia religiosa, mandar o texto digitado, e se possivel as ilustrações escaneadas para o email medhal8@ig.com.br o subject (assunto): Asafreedom
Precisamos de Tradutores Voluntarios e Reporteres pesquisadores para traduzir materias em inglês e pesquisar mais sobre o assunto. Interessados, por favor, mandem email com as palavras "tradutor ou reporter voluntario" no subject ou assunto para medhal8@ig.com.br
"E Nós voltaremos aqui,
para dizer a Nossos Inimigos,
que até pode ser que eles tomem nossas vidas,
mas eles JAMAIS deverão tomar nossa LIBERDADE!!!"
Willian Wallace - Coração Valente da Escócia
O Martelo dos Inglêses
"Eu não intento em abandonar a fé que eu tenho e meus
afins (kindreds) diante de mim,
nem irei fazer objeção a sua crença no Deus que você
prefere."
- Rainha Sigrith da Suecia, recusando a ser batizada antes de se casar
com o rei norueguês Olaf Tryggvarsson.
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Para a Noticia sobre os Gregos, e o renascimento da
religião helenica e a opressão desta, por parte da Igreja,
consulte as noticias anteriores a 2 de Janeiro de 2004
A POSIÇÃO DO MEC
Doutrinação nas Escolas
Por: Nelson Lehmann
Fonte: O Individuo
Comentado por: Octavio Augusto Okimoto Alves de Carvalho/ (Godhi Medhal
Mikit Stór-ljon Oddhinsson)
(em negrito)
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O Ministério da Educação recentemente voltou sua atenção
para o problema do LIVRO ESCOLAR.
Na profusão de manuais escolares que a cada ano é lançado ao mercado - denotando uma indústria que não conhece crise - decidiu por uma avaliação de seus métodos e conteúdos. Tem assim produzido catálogos ou GUIAS de LIVROS DIDÁTICOS, que orientariam os professores, classificando os bons e menos bons, os recomendáveis e os merecedores de ressalvas. Até o momento, infelizmente, tais listas limitam-se aos do Ensino Fundamental ( até 8a. série), não incluindo os de nível médio.
Nosso objetivo, verificar o que fosse concernente à formação para a cidadania, ou iniciação à política, fez nossa atenção concentrar-se apenas nos textos de História e Geografia ( os de Sociologia, Filosofia, etc., não foram incluidos nos Guias).
O MEC , para a tarefa, nomeou comissões de pareceristas, divididas
em suas respectivas disciplinas. E estabeleceu critérios pelos quais
deveriam se guiar as avaliações. Além dos critérios
gerais, cada comissão também definia critérios específicos
para sua área. Todos enfatizam o objetivo de "formar cidadãos
críticos e responsáveis", e expressam condenação
a preconceitos ou juízos de valor quanto à
culturas, religiões, raças, costumes, etc.
Preliminarmente queremos observar que os atuais livros didáticos se caracterizam por:
a- terem autores coletivos, raramente portando títulos ou currículum notável.
b- orientarem-se , muitos deles, para o preparo ao Vestibular, apresentando questões retiradas de Vestibulares de conhecidas universidades.
c- a adoção deste ou daquele manual sofre inevitável pressão mercadológica por parte de editoras e autores, tratando-se de produto de aquisição compulsória e em larga escala.
O guia dedicado aos tres últimos anos do ensino fundamental (6ª,7ª,e
8ªséries) analisa 51 ( cinquenta e um ) livros de História,
entre Geral e do Brasil. De Geografia são avaliados 22 livros.
Uma breve observação seja feita quanto à disciplina Geografia.
A chamada Nova Geografia, que tem por inspirador o conhecido professor Milton Santos, chama a atenção por adentrar áreas de economia e sociologia , com pretensões claramente ético-políticas. Por todo o apreço que possamos ter pela interdisciplinariedade, não podemos correr o risco de descaracterizar o específico de cada disciplina . Ou um filósofo poderia opinar sobre camadas geológicas do planalto central ?
Não é nossa intenção aqui repassar todas as observações
feitas a cada manual analisado. São muitos. Tentaremos captar características
usuais marcantes quanto ao conteúdo ideológico de todos eles,
ou de sua maioria.
Curiosamente, entre os preconceitos condenados pelos avaliadores, não se menciona o do político-ideológico. É repetidamente vedada a discriminação cultural, racial, religiosa, de gênero, etc. Nunca se explicita a partidária. Paradoxalmente, pelas tantas, encontramos a absurdidade que reproduzimos abaixo (página 460 do Guia do Livro Didático, 6a,7ª,8ª séries):
"Nenhum livro poderá ser considerado bom ou ruim por sua declarada ou implícita opção, por exemplo, pelo idealismo, pelo marxismo, pelo tradicionalismo social, ou por qualquer outra perspectiva ou forma de encarar a vida ou a sociedade. O que caracteriza, de fato, um bom livro de História é sua coerência e sua adequação metodológica".
Teríamos assim aprovados bons livros nazistas, maoistas, racistas, anarquistas, etc., desde que coerentes consigo mesmos. Critério questionavelmente aceitável para um nível universitário, nunca para o ensino de adolescentes.
Nota: É frequente o tratamento por tais "livros coerentes" a civilizações não cristãs como "não humanas" ou "não civilizadas", seja de modo implicito ou explicito. Seja por menção direta ou simplesmente omissão dos fatos, como por exemplo, a perseguição a nossos indios a nivel de genocidio pelos portugueses, por razões etnicas (racistas) e religiosas (por não serem cristãos). Historicos "Erros" (nós do Asafreedom chamariamos de CRIMES) da Igreja Cristã, são frequentemente omitidos no estudo basico e fundamental, permitindo que uma boa gama da população seja vitima de lideres religiosos inexcrupulosos que se aproveitam da ignorancia dos cidadãos brasileiros.
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ALGUNS EXEMPLOS TÍPICOS DE DIRECIONAMENTO IDEOLÓGICO NO ENSINO DE HISTÓRIA HOJE.
- A Igreja na Idade Média: acentua-se seu poder e riqueza sem apontar
óbvia ação civilizadora.
Nota: Civilizatoria?!? Nelson... Acaso vc se refere aos 3500 anglo-saxões
mortos pelo Rei Carlos Magno, pelo "crime" de se recusarem a se
converter a esta nova religião como civilizatorios, rei que é
frequentemente descrito pelos historiadores cristãos "imparciais"
(as haspas são propositais) como um homem santo e valoroso, ou as ações
de roubo, estupro e saqueamento dos colonizadores espanhois conhecidos pela
alcunha de Conquistadores? Com comentarios como esse, fica realmente duvidosa
a qualidade de imparcialidade de criterios do MEC quanto a real eliminação
de doutrinação que venha a promover discriminação
racial e religiosa em nossos livros de historia. Quem sabe prefira
a total omissão dos fatos de que os negros da africa, que vieram como
escravos para o Brasil, foram capturados por sua condição politeista
não-cristã, por outros Negros da parte Oriental da Africa que
eram Islâmicos, e vendidos aos portugueses, e vieram juntos nos navios
negreiros, aonde os negros escravos eram tratados em condições
sub-humanas, sujeitos a diversos tipos de doenças, e tais negros islâmicos
trabalharam para os Senhores de Engenho como Capitães - do - Mato (Encarregado
de Caçar Negros Fugitivos). São tais fatos similares a estes
que você chama de "civilizadores"?
- Revolução Francesa: apresentada como conquista definitiva minimizando perda de valores e excessos.
- Estados Unidos: enfoque crítico sem devida apreciação
de feitos positivos, em todas as áreas.
Nota: De fato, deveria ser dada enfase nas conquistas democraticas desta
nação, como por exemplo, a Primeira Emenda Constitucional Americana,
que não é mencionada a nossos meninos. Caso real de doutrinação
de fato!
- Capitalismo: quase sinônimo de perversão ética
- Colonialismo: exclusivamente sob prisma da exploração, sem
considerar prós (quando o próprio Marx o faz)
Nota: E olha que muito de mal foi omitido. Falar nisso, que prós?
Ja não basta a omissão do curriculum escolar de eventos como
os ocorridos no Sul, como por exemplo a historia dos Sete Povos das Missões?
E do fato dos indios só terem sido dignos de serem defendidos pelos
jesuitas contra a escravidão TÃO SOMENTE após suas culturas
serem destruidas e todos se converterem ao cristianismo, e assim poderem "ter
alma"... Não que os indios por la nos EUA tenham sido muito respeitados...
- Cuba: exemplo positivo, sem ressalvas.
- Derrocada do Comunismo: mera descrição, sem maiores aprofundamentos.
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PLURALISMO NA INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA
Existem inúmeras possíveis interpretações da História. O que deveria transparecer no ensino. Algumas das mais conhecidas abordagens, distintas da costumeira Luta de Classes, seriam:
- Max Weber, e seguidores, como Talcot Parsons, priorizam uma visão cultural. A ação humana é motivada por valores, estes inculcados basicamente pela religião. A recente obra de Alain Peyrefitte (A sociedade de Confiança) enriquece sobejamente tal tese.
- Interpretação spengleriana, aperfeiçoada por A. Toynbee. As Civilizações passam por processos cíclicos, orgânicos, condicionados por respostas à desafios.
- A Escola dos "Annalles", inspirada por Fernand Braudel, captura do evoluir histórico linhas constantes, dentro de inúmeras variáveis.
- Até mesmo correntes marxistas modernas sugerem interpretações mais abrangentes e complexas , como formuladas por N. Poulantzas e outros.
Não se observa em nosso ensino o confronto de teorias. Doutrina-se
uma "verdade", cada vez mais distante do mundo real.
Nota: Sem falar da deliberada OMISSÃO de FATOS!
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Claro, o mero exame dos livros escolares é insuficiente para se auferir o que de fato se transmite, formal e informalmente. Haverá sempre uma carga pouco perceptível de influência do mestre. Inevitável e natural. Todos nós maximizamos ou minimizamos Fatos, sugerimos, nuançamos, omitimos fatores e detalhes. Será humano. Podemos, por exemplo, solicitar textos para leitura complementar, os chamados "para-didáticos".
Assim mesmo, a direção da escola nunca deverá eximir-se de advertir quanto ao abuso da doutrinação, a obrigatoriedade de uma opinião como A ciência. Democracia é pluralismo, convivência de diferentes interesses e visões. Mais do que tolerância, respeito por idéias divergentes.
Concluimos que o MEC, pela pretendida orientação via GUIA DOS
LIVROS DIDÁTICOS, não atende ao critério de
isenção ideológica diante da generalizada e sistemática
doutrinação política em nossas escolas.
(o negrito, italico e sublinhado é da Asafreedom)
Nota: Nem o Senhor, Nelson, mas concordamos com sua observação final quanto ao MEC!!!
Missionarios Usuarios do "Desodorante Biblico"
engajam em uma "guerra por almas" no Iraque
Data: : 27/12/2003
Fonte: Telegraph
Group Limited
Evangelistas Cristãos dos EUA querem "salvar almas islâmicas" no Iraque, escrevem David Rennie em Cleveland
Missionarios americanos cristãos tem declarado uma "guerra por almas" no Iraque, dizendo aos que os apoiam que o fim formal da ocupação liderada pelos EUA no proximo mes de Junho irã fechar uma historica "janela de oportunidade".
Organizada em segredo e enfatizando seu trabalho de ajuda "humanitario" (as aspas são do asafreedom), grupos cristãos estão baixando no pais, que é 97% islâmico, portando biblias em arabe, videos e textos religiosos designados para "salvar" eles de sua "falsa" religião.
Missão de deus: Jon Hanna e Jackie Cone apõs eles visitarem
o Iraque
O Comite Missionario Internacional , o exercito missionario dos Batistas Sulistas
(Nota da Asafreedom: são os mesmos da famingerada Ku Klux Klan),
são alguns daqueles que estão liderando esta carga.
John Brady, o cabeça da IMB do Oriente Medio e Africa do Norte, este mes chamou a atenção de 16 milhões de membros de sua igreja, a maior denominação protestante da America.
"Batistas Sulistas tem feito preces por anos para que o Iraque de alguma forma ficasse aberto para os evangelhos", é o modo que seu apelo começa. Esta "porta aberta" para os Cristãos pode se fechar brevemente.
"Batistas Sulistas tem que entender que ha uma guerra por almas ativa no Iraque", adicionou seu boletim, listando lideres islâmicos e grupos "pseudo-cristãos" que também pipocam no Iraque como seus rivais chefes.
Os missionarios são em sua maioria evangelicos que rejeitam a conversa de que Cristãos e Islâmicos cultuam o mesmo Deus.
Jerry Vines, ex cabeça da Convenção Batista Sulista, descreveu o Profeta Moamé como um "pedófilo obsecado pelo demonio". Franklin Grahan, filho de Billy Grahan e cabeça do Samaritan´s Purse, uma grande doação para o Iraque, tem descrito o Islam como "uma religião muito maligna e perversa".
Os missionarios se posam como um dilema para o Presidente George W. Bush. Ele alcançou os islâmicos desde 11 de Setembro, abafando as criticas dos evangelicos, descrevendo o Islam como "pacifico". Mas os conservadores cristãos são também uma chave para a constituência de Bush. Franklin Grahan entregou a prece evocatória em sua inauguração presidencial.
A Agencia dos EUA para o Desenvolvimento Internacional disse que o governo não pode se meter em caridades privadas. "Imagine o que o congresso dos EUA iria dizer para nós", disse um porta-voz em Abril.
Jon Hanna, um evangelico de Ohio que teve recentemente voltado do Iraque, inscreveu-se para um novo passaporte para viajar para ali, descrevendo a si prõprio como um trabalhador humanitario. "Eu estou preocupado que as autoridades dos EUA possam tentar nos parar, podem estar preocupados de que nós possamos iniciar uma revolta com nossas biblias."
Em Bagdá no mes passado (Novembro de 2003), o Sr. Hanna encontrou dois outros times de missionarios americanos. Um de Indiana, embarcou em 1.3 milhões de tratos cristãos." Um passaporte americano é tudo que você precisa para chegar la até que o novo governo Iraquiano tome o poder. O que nós pensamos é que uma janela de dois anos, originalmente, tem sido reduzida para uma janela de seis meses," disse o Sr. Hanna, um ministro evangelico e editor do Connection Magazine, um jornal Crist"ao em Ohio.
Ele descreve o Islam como "falso". Ele cita o evangelho de "São" João (NE: aspas nossas novamente)dizendo: "Quem é o mentiroso? É o homem que nega que Jesus seja o Cristo. Tal homem é o anticristo."
O Sr. Hanna concluiu: "A religião Islâmica é uma religião anticristã." Mais tarde o Sr. Hanna voltou atraz de sua escolha de palavras. "Sem o leitor escutar a minha voz e olhar nos meus olhos quando eu fiz tal afirmação, isto poderia ser muito facil para que certos leitores se sentissem pessoalmente atacados e fiquem ofendidos", escreveu o Sr. Hanna por email. "Isto seria infrutifero."
Ele rejeitou a ideia de que o trabalho de ajuda seja uma "fachada" para trabalho missionario, preferindo chamar isto de um "conduite para partilhar o evangelho de Jesus. Cristãos são ordenados a ministrar para os famintos, mas também para os famintos de espirito. Isto não pode ser separado", disse ele.
Em puyblico, os maiores grupos colocam enfase na entrega de suas parcelas de comida e trabalho medico. Entretanto, os seus materiais de arrecadação de fundos internos enfatizam o trabalho missionario. Um boletim do IMB relata que os trabalhadores de ajuda estão distribuindo copias do Novo Testamento e fazendo preces para uma plateia Islâmica. Outro boletim diz que o Iraque entendeu "quem esta trazendo a comida... são os cristãos da America."
Batistas Sulistas da Carolina do Norte visitaram o Iraque em Outubro para ajudar com 45.000 caixas de comida doada. Um do time, Jim Walker, disse em um boletim de Noticias Urgentes da IMB que ele encontrou crianças camponesas "famintas de atenção e eu posso dizer que algumas delas não comeram bem. Mas sua maior necessidade é conhecer o amor de Cristo."
O Sr Hanna disse que ele encontrou uma curiosidade amistosa, com multidões barulhentas se reunindo para tomar os tratos de seu grupo. "Talvez 10% sejam hostis." Ele foi um dos 21 em sua missão incluindo Jackie Cone, 72 anos, uma avó pentecostalista de Ohio que falou que Deus disse a ela para engajar em uma segunda missão planejada para o próximo ano. "Eu senti Ele me dizendo para voltar em Janeiro", disse ela.
A Sra Cone está confiante de que fez convertidos em Bagdá. No seu hotel ela se encontrou com uma islâmica enfaixada com uma operação na perna naquele dia. A Sra Cone se ajoelhou e fez preces para que a cirurgia não seja necessaria.
"Eu a vi naquela tarde e ela disse que Deus curou ela, e ela não precisou da cirurgia. Ela não disse Alah, ela apontou para o Céu e deu gloria a Deus", disse ela.
A Sra Cone levou a mulher Curda e seu irmão na prece, inquirindo Jesus
em seus corações. "Eu daria a eles uma Biblia e um video
de Jesus em Arabe. Eu penso que eles se vêem como cristãos agora",
disse ela.
"Eles tem a Biblia e eu espero que eles cresçam em graça."
Os missionarios americanos admitem que os islâmicos são duros de se converter. As maiores organizações tem experts treinaods em refutar os ensinamentos islâmicos de que Jesus é só outro profeta.
Antes de ir ao Iraque, o Sr. Hanna estudou manuais de treinamento cristão e frequentou um seminario para missionarios destinados ao mundo arabe.
O Sr. Hanna lega suas novas amizades iraquianas na possibilidade da novidade de se encontrar americanos. "Mas você não discute que, você usa isto como uma oportunidade de falar a eles sobre Jesus. A ultima vez nõs somente levamos 8.000 biblias em arabe para o Iraque. Em missões futuras a meta é um milhão."
Nota Editorial Asafreedom: E dizem que é uma generalização
quando se refere a esta corja como discriminadores... Certa vez ouvi de um
islâmico que é permissivel matar pessoas de religiões
não abraãmicas (pessoas que não são judias, cristãs
ou islâmicas). Se os abraãmicos tem tal resguardo e os judeus
são tratados deste jeito por eles, imagine nós politeistas.
Diria que neste caso seria o roto falando do rasgado. Mas é interessante
denotar tal noticia mostrando o quão hipocrita é o cristianismo,
especialmente para quem se lembra da parabola nos evangelhos da mulher que
doou apenas uma dracma ao templo e foi valorizada pelo deus morto vivo deles,
mais do que os ricos que doaram muitas dracmas, pelo fato desta ter doado
sem o interesse de se auto promover, e ter doado grande parte de seus rendimentos,
enquanto os ricos só doavam sobras... O trabalho cristão para
"ajudar" ao Iraque é tão valido quanto o trabalho
cristão de ajuda aos vietnamitas após a guerra do Vietnam. Trabalho
de "ajuda" que levou monges budistas a campos de concentração,
sob o pretexto de se "combater o comunismo". Com a invasão
do Tibet que é ou era uma nação budista, pela Republica
Popular da China vermelha, torna-se mais ridicula tal intolerância cristã.
Se aproveitar para se promover tais ideias extremistas, da fome dos iraquianos,
que a despeito de serem islâmicos, eles ainda são gente. E isto
é EXTREMAMENTE DEPLORAVEL!
Combate a Intolerancia em São Paulo
Prosseguimento do Processo Contra Naoki Kohiyama
Data: : 30/03/2004
Fonte: Octavio Augusto Okimoto Alves de Carvalho
Hoje, respondendo a uma intimação, dando prosseguimento ao caso de intolerância ja exposto no Asafreedom, Octavio Augusto, redator da Asafreedom e fundador da Forn Sed Brasil, atendendo o requerimento do Ministerio Publico, entrega o material impresso dos emails de ameaça, calunia, difamação e discriminação racial e religiosa por parte de Arnaldo Naoki Kohiyama. Este compareceu ao 16 Distrito de Policia da Vila Clementino com o Pai, e ambos alegaram desconhecer a figura de Octavio Augusto, que nunca tiveram contato (a despeito deste elemento ter conhecido Octavio Augusto na ABRADEMI na frente de tantas pessoas...) e que não sabem quem mandou no nome de Naoki Kohiyama as mensagens de conteudo criminoso. O fato é que os impressos contém as mensagens originais, os arquivos de email, os protocolos aonde se situam o endereço IP, a data e horario em que tais mensagens foram remetidas, e como nada na internet pode ser feito sem a possibilidade de rastreio, com tais dados o Inquérito Policial terá condições de uma vez por todas e de forma inegavel, indiciar o criminoso responsavel por tais crimes.
Crime de Email Fraudulento Detectado!!!
Data: : 30/03/2004
Fonte: Octavio Augusto Okimoto Alves de Carvalho
Desde a fundação da Forn Sed Brasil, houve já nesta epoca, um concilio envolvendo diversas potências satanistas, entre elas, a IDL (Igreja de Lucifer), com o fim de não se permitir a manifestação autentica da Fé Nordica Tradicional, isto é, sem influências kristãs ou satanistas (que não passa de outra face da mesma moeda). Mais tarde, houveram hostilidades aliadas com grupos racistas de extrema direita que tal coligação não teve o menor excrupulo e vergonha de se associar. Desde então, o fundador da Forn Sed Brasil, alguns amigos e aliados tem sofrido diversos tipos de ameaças, calunias e difamações, spammail e hackeamento. Já chegou a ser rastreado em Inquerito Policial um criminoso de Minas Gerais que causou dano no maquinario de trabalho de Octavio Augusto, e punido por força de lei. Tal agressão só aumentou com este jornal, e dentro dos termos da lei, temos combatido duramente tais condutas ilegais e anti-eticas. Tem havido queixas de que algumas pessoas teriam recebido emails oriundos do email oficial de contato da Forn Sed - Brasil, contaminados com o MyDoom, em horarios e dias que os computadores usados para acesso a tal email não estiveram online, o que gerou muita suspeita. Até que recentemente um membro do departamento de segurança de rede de um dos emails que teriam recebido tal email aparentemente vindo de nós, mandou aviso de email infectado para nós com os headers. Resultado... Foi possivel descobrir o IP (Internet Protocol) do mandante criminoso, e levantado o provedor que é o www.speeduol.com.br, será posssivel estabelecer um Inquerito Policial e um Boletim de Ocorrência para inicio de apurações. Ainda ha uma grande ilusão da impunibilidade dos crimes feitos na internet, mas o fato é que o mero usar de tecnicas de fakemail (falsificar o endereço do remetente) já é previsto no Codigo Penal como Crime de Falsa Identidade, passivel de prisão E multa. Desta maneira, fazendo se cumprir a lei, limpamos a internet brasileira e nosso pais desta escoria intolerante.
Um Ensaio Sobre Intolerancia Religiosa
Data: : 11/06/2004
Fonte: Especial para a Folha de S. Paulo
Colaboração: Edda
Postado sob autorização
Gostaria de colocar aqui um belo ensaio sobre Religião e Intolerância, publicado na "Folha de São Paulo" ano passado. E gostaria de convidar a todos para refletir sobre este texto. Ele pode elucidar muitas coisas que vêm sendo debatidas aqui e talvez redirecionar as energias que estão apenas comprovando a máxima de que o homem é um tirano e não suporta que outra pessoa tenha pensamentos e conceitos diferentes da massa.
09/02/2003 - 13h55
Perspectiva de guerra ao Iraque inspira debates sobre intolerância
SERGIO PAULO ROUANET
Especial para a Folha de S. Paulo
A bela iniciativa de Anita Novinski de criar um Laboratório de Estudos da Intolerância (LEI) inspira algumas reflexões sobre esse tema, cada vez mais atual no Brasil e no mundo, que vem sendo tratado com interesse crescente por organizações internacionais como a Unesco e por pensadores como John Rawls, morto recentemente, e Michael Walzer.
Muito sumariamente, a intolerância pode ser definida como uma atitude de ódio sistemático e de agressividade irracional com relação a indivíduos e grupos específicos, à sua maneira de ser, a seu estilo de vida e às suas crenças e convicções. Essa atitude genérica se atualiza em manifestações múltiplas, de caráter religioso, nacional, racial, étnico e outros. De modo geral, a intolerância religiosa era desconhecida na Antiguidade clássica, politeísta e portanto hospitaleira aos deuses de outras nações. A intolerância só se tornou possível com o advento do cristianismo, que afirmava a existência de um só Deus e de uma só revelação para a humanidade inteira.
As medidas de intolerância ativa começaram no século 13, quando a Idade Média transformou-se numa sociedade fundada na rejeição e exclusão, principalmente dos judeus e dos heréticos. Foi naquele século que o papa Gregório 9º criou um tribunal especial, confiado aos dominicanos e destinado, no início, a reprimir a heresia albigense. Foi o começo da Inquisição, logo estendida ao resto da Cristandade.
A guerra contra os albigenses, ou cátaros, seita maniqueísta implantada na França meridional, foi ordenada pela papa Inocêncio 3º e tornou-se uma das mais bárbaras da história, levando à extinção completa da religião. No período moderno, caracterizado pela formação e consolidação dos Estados nacionais, a intolerância religiosa assumiu formas especialmente virulentas, porque se julgava que a solidez do poder absoluto do rei dependia da aplicação do princípio de que a religião do povo deveria ser a religião do príncipe.
Desencadeadas por um massacre de protestantes ocorrido em 1562, as guerras de religião da França se caracterizaram por atrocidades sem precedentes, como a matança de São Bartolomeu (25 de agosto de 1572), e só terminaram mais de 20 anos depois, quando Henrique 4º assinou o Edito de Nantes, concedendo liberdade de culto aos protestantes (1598).
Mas a longa história da perseguição à religião reformada ainda não havia terminado, pois em 1685 Luís 14 revogou o Edito de Nantes, o que levou à demolição dos templos, à proibição das assembléias e à emigração forçada de cerca de 300 mil protestantes. Mas estes eram tão intolerantes quanto os católicos. O teólogo Michel Servet foi queimado vivo [em 1553] em Genebra, por instigação de Calvino.
Os católicos foram perseguidos na Inglaterra e até o século 19 não gozavam de direitos políticos. A intolerância religiosa parecia superada até recentemente, apesar de fatos isolados como o conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte, no fundo muito mais uma luta nacional do que uma verdadeira guerra religiosa. E eis que a intolerância religiosa volta à atualidade, sob a forma do fundamentalismo.
O fundamentalismo está ocorrendo nas três grandes religiões monoteístas, como assinalei em artigo anterior neste suplemento [19/05/2002]. Em todos os casos, ele transforma a religião, vítima tradicional da intolerância, em principal agente da intolerância. Curiosamente, essa intolerância visa mais às correntes moderadas e seculares dentro do seu próprio campo que às religiões rivais. Na medida em que a intolerância se caracteriza pela incapacidade de descentramento, de empatia com o ponto de vista do outro, o fundamentalismo tem sido um enorme obstáculo à paz mundial, pois inviabiliza qualquer processo racional de negociação.
Fundamentalistas
Os impasses políticos no Oriente Médio são em grande parte subprodutos da influência dos grupos fundamentalistas em cada um dos dois campos. É a intolerância que até hoje leva certos grupos a pregarem a extinção do Estado de Israel. Os atentados suicidas praticados por organizações como o Hamas e o Hizbollah, sacrificando tanto a vida dos "mártires" fanatizados quanto a de mulheres e crianças inocentes, ultrapassam a compreensão humana, pois não podem ser julgados segundo as categorias lógicas e éticas de seres humanos normais.
Por outro lado, o fundamentalismo judaico tampouco ajuda o processo de paz. Várias facções fundamentalistas pretendem restaurar o Estado de Israel tal como descrito na Bíblia - e tudo fizeram para sabotar os acordos de Oslo. Mesmo os fundamentalistas não-violentos constituem uma força negativa.
Suas opiniões sobre os limites territoriais do Estado de Israel e a questão correlativa da legitimidade das colônias nos territórios ocupados têm mais a ver com as promessas feitas por Deus aos patriarcas que com as realidades contemporâneas do conflito com os árabes. Em grande parte, é o peso eleitoral dos partidos religiosos ultra-ortodoxos que dificulta a formação de um governo estável de centro-esquerda, sem o qual uma verdadeira negociação com os palestinos não poderá ter êxito.
Paz mundial
O fundamentalismo americano é tão ou mais grave que os outros, porque pode afetar a paz do mundo inteiro, e não apenas a de uma região. A direita religiosa mais obscurantista parece ter chegado à Casa Branca. Depois do odioso atentado de 11 de setembro, os valores seculares que sempre caracterizaram a democracia americana foram substituídos por um discurso bíblico digno dos puritanos que chegaram à América no Mayflower.
Em vez de responder à loucura sagrada dos terroristas com a linguagem secular do Iluminismo americano, à luz do qual o atentado devia ter sido repudiado como um crime contra o gênero humano, George W. Bush preferiu recorrer a uma linguagem igualmente sagrada, caracterizando-o, de certo modo, como um crime contra Deus. Daí expressões como "eixo do mal" ou "justiça infinita", inventadas pelos "aiatolás" do Pentágono.
O nacionalismo tem sido historicamente uma das principais matrizes da intolerância. Com o seu patriotismo helvético, Rousseau não hesitou em dizer que odiar o estrangeiro era quase uma obrigação cívica. Por sua própria natureza, o discurso do nacionalismo é dualista - nós e eles, brasileiro e estrangeiro. O primeiro pólo da dicotomia é sempre exaltado, e o segundo é investido negativamente.
Esse dualismo simplificador alimenta todos os estereótipos. Erasmo já havia lamentado a tendência a ver os povos segundo clichês nacionais, atribuindo determinadas características de personalidade a certos povos, o que dificultava o reconhecimento de todas as nações como partes da grande nação do gênero humano. Um dos maiores problemas do nacionalismo é que ele cria totalidades homogêneas, sem clivagens internas, esquecendo-se de que cada Estado-nação é composto de indivíduos, de classes sociais, de estratos profissionais, pessoas que poderiam aproximar-se, além das fronteiras nacionais, mas estão proibidas de fazê-lo em virtude do dualismo "nós-vocês".
O nacionalismo esteve em surdina durante o período da Guerra Fria, quando o mundo estava, por assim dizer, dividido em dois internacionalismos rivais. Hoje em dia, duas tendências se confrontam. Por um lado, o processo de globalização está enfraquecendo o Estado nacional, privando assim o nacionalismo de parte do seu suporte material. Mas, por outro lado, o nacionalismo ressurge, tanto na potência hegemônica, que mais do que nunca acredita no seu "manifest destiny" de nação eleita, quanto na Europa, que se revolta contra o unilateralismo americano, e em países como o Brasil, que se sente vulnerável a pressões econômicas externas.
O futuro dirá qual das duas tendências vai prevalecer, mas é certo que durante muito tempo o nacionalismo continuará vivo como fonte de intolerância. A intolerância racial foi uma das catástrofes do século 20. Uma de suas manifestações mais abomináveis foi o anti-semitismo, que gerou o caso Dreyfus, no início do século, e levaria ao maior crime da história, o extermínio de 6 milhões de judeus pela Alemanha nazista. Houve também um racismo antinegro, ostensivo nos EUA, disfarçado no Brasil. Nos dois casos, a intolerância operou através da estigmatização, da atribuição ao outro de estereótipos de opróbrio.
Na "Questão Judaica" (1946, ed. Ática), Sartre mostra como o anti-semita constrói o judeu, dotando um homem sem nenhum atributo especial com inúmeras especificidades negativas, que vão desde a forma do nariz até a paixão imoderada pelo entesouramento. Do mesmo modo o racista de Alabama constrói o negro, atribuindo-lhe características diferenciadoras mais ou menos imaginárias.
Qual a situação atual do racismo? Em grande parte, seu lugar foi ocupado pela intolerância étnica. O ódio de etnias substituiu o ódio racial. Sérvios, bósnios, croatas sofreram e praticaram a intolerância numa guerra imunda, em que os únicos inocentes foram os homens, mulheres e crianças massacrados pelos guerreiros da purificação étnica. Mas ainda há focos de racismo clássico. É possível que, por trás de muitas críticas, em si legítimas, ao governo Sharon, se escondam motivações anti-semitas latentes.
O racismo antinegro certamente se tornou menos evidente nos Estados Unidos, embora o "politicamente correto" esteja criando formas inversas de intolerância. No Brasil, as melhoras foram marginais. O problema, entre nós, é o estado de pobreza em que vive a maioria da população negra. Enquanto persistir essa situação, os negros serão vítimas de uma intolerância dupla, sobredeterminada, a que os atinge enquanto negros e enquanto pobres.
A xenofobia existe desde a Antiguidade, mas ela assumiu formas mais graves desde que aumentaram os fluxos migratórios de países do Terceiro Mundo para a Europa e os Estados Unidos. Todos os países europeus têm seus turcos, seus vietnamitas, seus paquistaneses, seus senegaleses, seus jamaicanos. Todos esses países, bem ou mal, transformaram-se em países de imigração. A intolerância contra esses "estrangeiros" é enorme e se traduz muitas vezes em perigosos incidentes interculturais. O sexismo, enfim, é também uma fonte fértil de intolerância, como o é também a discriminação contra os homossexuais.
Lista incompleta
Esta lista ainda está evidentemente incompleta, mas a falta de espaço me obriga a passar ao tema seguinte. O que fazer para combater a intolerância, esse monstro de mil rostos e de mil tentáculos? A resposta parece óbvia e até ligeiramente acaciana: pelo menos num primeiro momento é preciso recorrer ao antídoto desse veneno, a tolerância. Esse termo não é isento de ambiguidade. É preciso conhecer os limites da tolerância.
Podemos ser tolerantes com os intolerantes? É um dos riscos da democracia. Podemos ser tolerantes com o intolerável? Seria a aceitação passiva do inaceitável, como se a guerra no Oriente Médio, a miséria dos países do Terceiro Mundo e a violência urbana nas grandes cidades brasileiras fossem fatalidades que não nos dizem respeito. É óbvio que um programa racional de difusão da tolerância tem que responder negativamente a essas duas perguntas, no entendimento, entretanto, de que os limites empíricos da tolerância só podem ser definidos, em cada caso concreto, pelas instâncias democráticas apropriadas.
Causas
Formular um programa para a tolerância pressupõe conhecer as causas da intolerância. Quais são elas?
Uma delas se enraíza na própria natureza humana. Essa natureza existe, por mais que um longo condicionamento marxista tenha nos habituado a reduzi-la ao "conjunto das relações sociais". Somos descendentes remotos de um australopiteco que há alguns milhões de anos fazia parte de uma horda, em algum lugar da África, e marcava com urina os limites do seu território, para que ele não fosse invadido pela horda rival.
Essa herança ainda sobrevive em todos nós e aparece sem nenhuma censura nas sociedades ditas primitivas, que reservam para sua própria comunidade o atributo de "homens", enquanto as demais são constituídas por "não-homens".
A essa causa filogenética, hereditária, acrescenta-se uma causa ontogenética. Tendemos a nos identificar com o grupo a que pertencemos, porque o investimos com uma forte libido narcísica. Amamos o grupo como amávamos a nós mesmos na fase do narcisismo primário, na fase em que éramos nosso único objeto de amor. O grupo é a soma de todas as perfeições que o ego narcísico encontrava em si mesmo.
Em compensação, odiamos com uma violenta cólera narcisista tudo o que está do lado de fora. Idealizamos nossos valores, nossos ideais, nossas realizações - e depreciamos os do grupo rival. Sobrevalorizamos nosso grupo - e somos intolerantes com a alteridade.
Essas tendências são meras propensões, e não condicionamentos. Elas podem traduzir-se, contudo, em comportamentos objetivamente intolerantes se forem reforçadas por fatores externos.
Entre estes, há fatores sociais, que incluem, do ponto de vista das classes baixas, a miséria, o desemprego, a ignorância, a perda de identidade resultante da migração das áreas rurais para a cidade; do ponto de vista das classes médias, a insegurança econômica, o medo de pauperização, do "classement"; e, do ponto de vista da sociedade como um todo, o bombardeio ideológico da indústria cultural e a erosão dos valores tradicionais em consequência do processo de globalização. Assim, além das causas gerais de intolerância há causas diferenciadas por classes sociais.
O fascismo soube mobilizar tanto os fantasmas proletários quanto os da pequena burguesia. Vêm em seguida fatores políticos. O Estado pode ser ele próprio intolerante, como foi o caso do Estado francês na época das guerras de religião, do Estado alemão durante o nazismo, ou do Estado soviético no período stalinista. E, mesmo democrático, pode não estar preparado para lidar com a questão das diferenças. Esse inventário pode ser-nos útil, porque indica as áreas em que um programa para a criação de uma cultura da tolerância deveria concentrar-se.
Assim como as tendências congênitas à intolerância podem ser reforçadas por fatores sociais e políticos, elas podem também ser neutralizadas por medidas corretivas nessas mesmas duas áreas. Começando com as de caráter social, deve-se dar ênfase especial tanto à educação quanto ao desenvolvimento econômico e social. Boa parte dos currículos teria que ser remanejada para incentivar uma capacidade de relacionar-se com o outro.
Os alunos aprenderiam a aceitar e compreender as diferenças - de cor, de gênero, de orientação sexual, de condição social. Num plano mais acadêmico, é fundamental o trabalho que o LEI se propõe realizar. Com seu programa de reunir documentação sobre o tema da intolerância no Brasil, de organizar pesquisas nessa área, de realizar seminários sobre temas como a Inquisição e o racismo, o laboratório recém-inaugurado dará uma contribuição decisiva para a consolidação de uma cultura da tolerância no Brasil.
Além da educação, seria decisivo, na área social, implantar um vasto programa de crescimento econômico e desenvolvimento humano. É a prioridade máxima do atual governo. Assim como a educação proporciona as condições subjetivas para a erradicação da intolerância, um programa generoso de inclusão social proporciona as condições objetivas. Um crescimento equilibrado, que gerasse empregos, aliviando o sofrimento material do povo, e tranquilizasse as classes médias quanto a seu status socioeconômico: tal é a via mais segura para evitar o advento de ideologias e movimentos intolerantes.
Um programa desse tipo deveria ter amplo caráter participativo, permitindo às camadas diretamente interessadas autodeterminar as medidas de seu interesse imediato, para com isso anular os efeitos de anomia inerentes ao desenraizamento das populações rurais. O acesso de todos à cultura, e com isso não falo apenas da cultura popular, poderia refrear em parte os efeitos negativos da cultura globalizada.
Entre as medidas políticas, a mais importante é encontrar uma fórmula para organizar a coexistência das diferenças. Desde Gramsci, o pensamento político tem lidado com um modelo em dois níveis, o Estado e a sociedade civil. O Estado é a esfera pública, em que todos os cidadãos são iguais, na medida em que estão integrados numa cultura política comum. A sociedade civil, por outro lado, é o espaço privado, em que convivem todas as diferenças.
A democracia moderna não exige a supressão das especificidades de língua, de religião, de cultura. Ela exige apenas que essas especificidades sejam mantidas na esfera privada e que, como cidadãos, todos os indivíduos obedeçam aos princípios gerais estabelecidos na Constituição.
Foi assim que os Estados modernos resolveram a questão da tolerância religiosa. As religiões foram deslocadas para a esfera privada, onde receberam garantias de livre funcionamento. A tolerância contemporânea não diz mais respeito apenas à religião, como no tempo em que Locke (1632-1704) escreveu sua "Epístola sobre a Tolerância". Hoje ela tem que abranger também a cultura, a etnia, a língua. Mas não há motivo para que a solução encontrada para a religião não possa se aplicar às demais diferenças.
O modelo em dois níveis viabiliza essa política. Todas as religiões, culturas e etnias podem coexistir, em sua singularidade, na esfera privada, desde que obedeçam a um certo número de limites estabelecidos na esfera pública. Não estou advogando, aqui, uma política multicultural semelhante à adotada no Canadá. Num Estado democrático, a tolerância com as diferenças não passa necessariamente por uma política de reconhecimento de direitos culturais coletivos.
A proteção das diferenças pode ser assegurada por princípios constitucionais derivados da doutrina universalista dos direitos humanos, não precisando recorrer a princípios particularistas visando à defesa de identidades específicas. Esse mesmo modelo em dois níveis poderia servir de base para organizar a tolerância no âmbito internacional, através de uma democracia mundial, que também teria uma esfera pública, com princípios e normas de aplicação universal, e uma esfera privada, onde se desdobrariam as particularidades nacionais, culturais, étnicas, linguísticas, religiosas.
Cessar-fogo
Mas a tolerância não pode ser a última palavra. A implantação de uma cultura da tolerância é um cessar-fogo na guerra das diferenças, mas ainda não é a paz. As diferenças não devem ser apenas toleradas, porque do contrário elas se reduziriam a um sistema de guetos estanques, que se comunicariam apenas no espaço público. A tolerância foi uma das mais úteis conquistas da espécie, mas deve ser vista como passagem para um estágio mais civilizado e menos mecânico de convívio das diferenças. Penso que as diferenças deveriam conversar entre si, rompendo sempre que possível a camisa-de-força da cultura e da religião.
Deveriam buscar o diálogo, a hibridação, o sincretismo, de que o Brasil deu tão belos exemplos quando transformou em Iansã uma santa da Ásia Menor e, conforme nos ensina Marlyse Meyer, deu o nome de Pomba Gira a uma espanhola da Idade Média, Maria Padilha, amante de d. Pedro, o Cruel, de Castilha.
Mas, se a concretização de uma cultura da tolerância já é um empreendimento quase utópico, ir mais além não seria um sonho irrealizável? Sim, mas é preciso sonhar. É preciso sonhar com um mundo em que as diferenças se unam, proliferem, gerem novas diferenças. É preciso inventar o Eros das diferenças. É preciso passar de uma ética da tolerância, em que as diferenças coexistem, para uma ética do reconhecimento mútuo e da interpenetração.
De novo, a educação teria nisso um papel fundamental. Nesse admirável mundo novo, as escolas dariam atenção especial ao aprendizado de línguas estrangeiras e ao estudo de outras culturas e outras religiões. Os exemplos de heroísmo militar, que levam às guerras, seriam discretamente postos em segundo plano. Em vez de exaltar feitos marciais, próprios e alheios, seriam acentuadas contribuições de outros países na área da ciência, da literatura, da música.
A idéia seria não somente formar uma cidadania nacional sensível a todas as diferenças internas, mas também lançar as bases de uma cidadania cosmopolita.
Façam uma experiência mental e imaginem o que teria acontecido se os jovens sérvios que assassinaram milhares de pessoas na recente guerra interétnica houvessem estudado a história das etnias vizinhas, além das próprias, dando ênfase sobretudo aos episódios pacíficos. Talvez não tivessem desenvolvido uma identidade nacional especialmente forte, mas como, segundo nossa hipótese, os outros povos também não a teriam, a paz teria reinado na antiga Iugoslávia.
O ideal, talvez, não seja construir identidades, mas desconstruí-las, porque hoje as identidades se tornaram assassinas.
É preciso - quem sabe? - sonhar também com um tema sobre o qual Anita Novinski escreveu muito, o marranismo. Edgar Morin fala num novo marranismo, depurado da característica de cripto-judaísmo que a palavra tinha na origem, um neomarranismo definido por uma identidade múltipla, como o próprio Morin, francês por sua cultura, ibérico por sua condição de sefaradita, grego por ter nascido em Salônica, turco porque, quando sua família se instalou ali, ela ainda estava sob o domínio do Sultão, e italiano porque sua família tinha vindo de Livorno e estava sob a proteção consular da Itália.
Não deveríamos todos refazer a experiência da identidade múltipla, como os cristãos-novos brasileiros, se quiséssemos transcender a concepção tradicional de tolerância?
Procurei num livro respeitado pelas três religiões monoteístas, a Bíblia, uma frase que nos levasse a um conceito da relação entre as diferenças baseado na identificação com o outro e na reciprocidade. Creio que a encontrei. Está no Deuteronômio: ''Tu não perverterás o direito do estrangeiro... porque já foste escravo na terra do Egito''.
Sergio Paulo Rouanet é ensaísta e professor visitante na pós-graduação em sociologia da Universidade de Brasília. É autor de, entre outros, "As Razões do Iluminismo" e "Mal-Estar na Modernidade" (Cia. das Letras). Escreve regularmente na seção "Brasil 503 d.C.".
Nota Editorial Asafreedom: Gostaria muito de não haver necessidade deste Jornal. Que nossa imprensa fosse realmente livre. Que estas coisas aqui contidas, nunca fossem esquecidas, para evitar ainda mais atrocidades... Que os extremistas, arrumem o que fazer da vida, ao invés de se comportarem feito neanderthais, perseguindo o inocente por suas crenças diferentes.
Os Kalash: A Tribo Perdida de Alexandre o Grande
Para quem ainda não conhece, algumas breves informações sobre os Kalash!!!
Data: : 11/06/2004
Fonte: Especial para a Folha de S. Paulo
Colaboração: Nero - International
Pagan Federation - Coordenadoria da America do Sul
Fonte: CRETERNITY
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por Aithon
Quando o grande heroi e general, Alexandre, que foi tão grandioso
quanto o deus
Apollo e Zeus, deixou suas tropas aqui, ele requisitou os que aqui ficassem
nesta
terra sem mudar suas crenças e tradições, suas leis e
cultura
até que ele retornasse de suas batalhas no Oriente. Esta é uma
estoria que é contada
não em uma vila na Grecia, mas la para os lados montanheses do grande
Kush
Hindu. Nesta area remota da região noroeste do Pakistão, viva
uma
tribo peculiar, Os Kalash. Os Kalash proclamam com orgulho que eles são
os
descendentes diretos de Alexandre, O Grande!
Mais em: http://www.creternity.com/article.phtml?articleID=7&page=1&catID=3
Afegãs vão à Olimpíada na GRÉCIA
após fim do regime talibã.
Data: : 11/06/2004
Fonte: Especial para a Folha de S. Paulo
Colaboração: Nero - International
Pagan Federation - Coordenadoria da America do Sul
Fonte: BIG
NEWS NETWORK
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Duas Garotas Afegãs Pedem por Historia nas Olimpiadas em Atenas
Sabado, 22 de Maio, 2004 08:56 AM ET
Por Angie Ramos
KABUL (Reuters) - No fim oposto da capital Afegã, duas garotas adolecentes
preparam-se para o maior dia de suas vidas, um que as porá nos
livros de historia. (...)
Vencendo ou perdendo, estas duas irão fazer historia em Atenas como
as primeiras mulheres a
representar seu pais nas Olimpiadas.
Isto é uma evolução notável para um pais aonde
recentemente em 2001,
era negado as garotas, educação, e as mulheres eram forçadas
a vestir o pesado veu
de burqa. (...)
"Nós não podiamos ir a escola, nós não podiamos
brincar, não podiamos fazer nada. Nós
apenas ficavamos em casa todo o tempo." (...)
Durante os treinamentos, o telefone movel colorido brilhante de Muqimyar
tocava constantemente,
para o incomodo de seu treinador Afegão. (...)
"Eles querem demonstar para o mundo que o Afeganistão esta em
uma nova
situação: há paz, há progresso e há esperança,
especialmente
para as garotas, disse Traavik.
Mais em:
http://feeds.bignewsnetwork.com/redir.php?jid=38db4923ecfe51f3
ACLU Repreende Tentativas Invasivas de Congressistas
para Permitir Grupos Religiosos Isentos de Impostos a Engajar
em Atividades Politicas Partidarias
Data: : (Postado em) 18/06/2004
Fonte: American Civil Liberties Union ACLU
Pesquisa e Tradução: Octavio Augusto Okimoto Alves de Carvalho
14 de Junho, 2004
PARA LIBERAÇÃO IMEDIATA
Contato: Media@dcaclu.org
WASHINGTON - A American Civil Liberties Union hoje repreendeu fortemente uma tentativa invasiva de alguns Membros do Congresso de permitir que organizações religiosas isentas de imposto engagem em atividades politicas partidarias, dizendo que a medida anticonstitucional iria discriminar contra organizações seculares sem fins lucrativos.
"Só por conceder novos privilégios aos grupos religiosos, a medida atual no Congresso levanta serias bandeiras vermelhas constitucionais," diz Terri Ann Shcroeder, um Analista Legislativo da ACLU
O Assunto é o H.R. 4520, o "Ato Criacional de Trabalhos Americanos de 2004" e duas destas seções, sec. 692, a "Colheita Segura Para Igrejas," e sec. 4956, "Imposto sobre Atividades não permissives pelas Igrejas." A ACLU disse que estas seções iriam levar a uma preferencia e beneficios as organizações religiosas sem fins lucrativos 501(c)(3) que iriam ser negados a todas as outras organizações sem fins lucrativos 501(c)(3). Se adotada tal medida, tais provisões iria permitir instituiçõs religiosas um status de insenção de impostos, a habilidade de engajar em atividades de campanhas politicas partidarias.
O projeto de lei está agendado para ser remarcado hoje a noite.
Sob a atual lei federal, 501(c)(3), organizações s"ao aquelas que são "organizadas e operadas exclusivamente por religiosos, com fins de caridade, propósitos ... ciêntificos," e para qual "nenhuma parte substancial das atividades das partes deva estar fazendo propaganda, ou de outra forma, tentando, influenciar a legislação e que não participe ou intervenha em qualquer campanha politica ou apoie (ou faça oposição a) qualquer candidato a cargo publico."
As pretensas "provisõs de colheita segura" iria constituir uma grosseira discriminação contra as organizações não-religiosas 501 (c)(3), que são proibidas pela lei de se engajar em atividades de campanhas politicas. Mais ainda, a ACLU avisou que a propósta viola a Clausulaa Pétrea da Primeira Emenda, sob a qual o governo não pdoe favorecer grupos religiosos sobre grupos não-religiosos.
A Corte Suprema dos Estados Unidos previamente julgou em Texas Monthly, Inc v Bullock que as leis que criaram diferentes niveis de proteção baseada somente sobre se é ou não um grupo religioso são anticonstitucionais. Como as "provisões de segura colheita" iriam dar um tratamento especial as organizações religiosas e conceder a elas um maior montante de proteção, as duas seções do H.R. 4520 são claramente anticonstitucionais.
Espera-se que o Congressista John Lewis (D-GA-5) ofereça uma emenda a fim de derrubar as duas provisões controversas da medida dos trabalhos. A ACLU apoia a emenda de Lewis.
"Os Congressistas tem rejeitado medidas como estas em varios anos passados quando preocupações similares foram erguidas," Schroeder acrescentou. "A Clausula de Estabelecimento claramente diz que o governo n"ao pode favorecer grupos religiosos sobre os seculares."
Links Recomendados
midia judaica
American Civil Liberties Union
(sonhamos com o dia que teremos uma organização similar em territorio
nacional!)
Dados Uteis
Use a Lei
Qualquer atividade ou atitude racista no Rio de Janeiro pode ser registrada
no
Centro de Referência de Racismo e Anti-Semitismo
Cel. Nazareth Cerqueira, na Secretaria de Segurança do Estado do Rio
de Janeiro, pelo telefone 3399-1300.
"Perguntar bem, responder corretamente
são as marcas do homem sábio!
Homens devem falar dos feitos dos homens.
O que acontece, não deve ser oculto"
Hávamál - As Palavras do Altíssimo - Verso 28
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