Cubismo Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963) criaram, no início do século XX, em Paris, esse novo estilo artístico que rompeu com a idéia de arte devia retratar com fidelidade a natureza. Esse movimento abandonou as noções tradicionais de perspectiva. Os objetos são representados em um único plano, como se o objeto fosse visto, simultaneamente, sob diversos ângulos. Esse estilo de pintura recebeu o nome de Cubismo Analítico. Desse modo, os artistas encontram novas maneiras de retratar o que viam e, influenciados por Cézanne, passaram a valorizar as formas geométricas e a retratar os objetos como se eles estivessem partidos. Já no começo do século XX, os cubistas reagem contra o predomínio da luz e da cor, como pregavam os impressionistas. Procuram devolver à pintura suas bases clássicas de composição e forma. Inspiram-se em Cézanne. Paul Cézanne integrante do grupo dos impressionistas passa a ter profundas divergências com as teses impressionistas. Em Cézanne a luz não é móvel e risonha, ela é menos cintilante, porém mais real. Não se limita a traduzir as aparências de um momento. Cézanne a encontra no interior dos objetos, capturando a intimidade da natureza. Mesmo que ainda utilizasse a união dos tons difusos como Monet, ele não se libertava da soberania da forma. Cézanne sente a necessidade de expressar a sensação de estrutura dos objetos, converter as realidades da natureza em cones, esferas e cilindros. A escolha da cor é precisa. Ela define de vez e com precisão as linhas, ao contrário dos contornos vagos dos impressionistas. Assim, as linhas precisas e os múltiplos planos refletem a visão do artista. No cubismo analítico há a predominância de poucas cores (preto, cinza e tons de marrom e ocre). Em algumas obras cubistas, Picasso preocupou-se tanto em apresentar simultaneamente as múltiplas faces de um objeto tornando quase impossível reconhecê-lo. A fim de evitar a fragmentação excessiva, os cubistas criaram o Cubismo Sintético, que busca recuperar a imagem real do objeto, tornando as cores mais fortes e as formas mais decorativas. A colagem de pedaços de jornal, madeiras, vidros, etc. é um recurso introduzido na pintura pelo Cubismo Sintético. |