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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Administrar na era da internet

Por Wagner Siqueira

Duas horas antes do encerramento do expediente no Rio de Janeiro, um conhecido profissional recebeu uma irrecusável encomenda de trabalho: verter para o inglês e enviar via e-mail para Tóquio um texto de sua especialidade. O cliente pagaria todas as taxas de "urgência urgentíssima". Só havia um problema: o cliente exigia a entrega em 24 horas, para informar a entrada numa licitação de privatização no Brasil. Começar a traduzir às 19 horas um texto de 191 páginas e o dar pronto às 21 horas do dia seguinte era simplesmente impossível.

Sentada à frente dele, a amiga que me narrou o fato pensou: "Bem, não vai poder aceitar. Pelo menos a nossa 'happy hour' não está perdida, embora seja uma pena recusar uma encomenda destas".

Enganava-se a pobre. O tradutor dividiu o texto em três partes de 60 laudas, comunicou-se via Internet com dois outros em Melbourne, Austrália, e por e-mail lhe passou suas partes da tarefa. A terceira, ele a faria depois da 'happy hour' e no decorrer do dia seguinte. Jogando com os fusos horários e com a tecnologia da informação, ao retomar à sua empresa, às nove da noite seguinte, lá achou o cliente o texto desejado, e sem perder seus bons momentos o tradutor embolsou sua parte na versão...

Este caso ilustra bem a importância e o impacto da tecnologia da informação sobre as atividades econômicas em geral. As organizações que ainda não se deram conta deste fato estão ficando para trás.

A maioria delas estruturou as suas áreas de sistemas na perspectiva da perenidade dos "mainframes", e ainda se vale de profissionais formados na gerência de banco de dados e no processamento centralizado das informações. Hoje tudo mudou. O novo tempo exige postos de trabalho descentralizados e autônomos, comunicação "on line" e a gestão de redes e infovias. É preciso agora integrar sistemas que por longo tempo vêm coexistindo isoladamente.

É muito difícil promover essa mudança, ou seja, integrar com racionalidade e eficácia as modernas tecnologias hoje disponíveis com a carga de herança de sistemas que as organizações desenvolveram e mantiveram por anos e anos.

Os profissionais de informática formados, ou deformados, pelas práticas e precedentes do passado, não possuem muitas vezes as competências técnicas e gerenciais necessárias à compreensão deste novo tempo e à aplicação de ações que ajudem as organizações a evoluir dos velhos processos informatizados para os novos.

Concentram-se eles, e onde esvaem todos os seus esforços, em considerações corporativas que restringem ou balizam os investimentos à luz de critérios restritos às suas áreas de conhecimento e não ligados às amplas dimensões de desenvolvimento do negócio. A realidade da maioria de nossas organizações, hoje em dia, é ainda a de circunscrever a informática a um uso estreito em procedimentos administrativos e a pouco mais; em geral, não é ela usada senão para elaboração da folha de pagamento, cadastro de pessoal, acompanhamento contábil-financeiro, controle de estoques, e por aí.

Muitos empresários se vêem ante algumas perguntas fundamentais, para as quais nem sempre obtém respostas adequadas. Eis algumas destas questões:

1) Por que não comprar soluções ao invés de desenvolvê-las? Ou por que não as desenvolver ao invés de comprar? 

2) Como pode a informática servir às necessidades críticas da organização, ao invés de se circunscrever a um uso estreito em procedimentos administrativos, como os acima aludidos?

O problema consiste em que ainda hoje a maioria dos profissionais de sistemas não sabe sequer formular tais questões, menos ainda as sabe responder. Não se está aqui a generalizar uma pecha de ignorância no campo da informática, mas sim a sua existência quanto à sua aplicação no campo gerencial.

Talvez estejam mais preocupados em discutir a qualidade de novos pacotes, que tratam desses mesmos problemas, do que identificar a exata contribuição das tecnologias de informação à definição do negócio empresarial.

Em nenhuma outra área as mudanças ocorrem com tamanha velocidade. É tarefa do executivo testar permanentemente a validade de seus conceitos sobre gestão organizacional ante o impacto das tecnologias de informação: desatualizar-se é perecer. Durante as últimas décadas, os usuários têm obtido, a preços cada vez mais baixos, crescente ampliação e aprimoramento nos equipamentos e sistemas. Isto significa redução de custos para quem de tal fato se vale e, portanto, maior competitividade em relação aos que ficam no imobilismo ou no aparelhamento e utilização inadequados de seus sistemas informacionais.

A competição entre os fabricantes de microcomputadores e os novos avanços tecnológicos, somados às contínuas novidades em "softwares", aceleram ainda mais essa tendência.

Nas comunicações o fenômeno é similar, se não for ainda mais impactante, com a fibra ótica, digitalização e as redes interligadas, que geram resultados ainda mais favoráveis na relação custo-benefício.

Somem-se a isto as facilidades derivadas da desregulamentação do setor, e ainda, do dinamismo das comunicações via Internet, e o quadro ficará ainda mais claro.

Em um mundo global e competitivo, a informática toma-se cada vez mais decisiva para o desenvolvimento de processos operacionais e gerenciais. Isto conduz à imprescindibilidade de que o debate sobre as tecnologias de informação permeiem todos níveis de preocupação e ação das organizações.

Assim, os responsáveis pela área de informática devem se encontrar com regularidade para trocar experiências sobre as suas atividades e para conversar sobre novas tecnologias, produtos e idéias. Isto é, aliás, um meio de prover uma sorte de reciclagem permanente. Colaboradores e gerentes das unidades operacionais ou de apoio precisam participar de seminários internos para compartilharem informações sobre o novo estado da arte e avaliar da convivência de sua aplicação na organização.

É indispensável que a maioria dos empregados saiba com um mínimo de precisão e convicção os dados essenciais sobre os equipamentos que utilizam no dia a dia de seu trabalho; o ideal é que os empregados sejam capazes de confortavelmente discutir sobre informática e como a utilizar na realização de suas tarefas, independentemente das áreas em que atuem.

Bem mais importante do que aquilo que o dirigente sabe ou conhece sobre tecnologias de informação é o conceito que ele e seus colegas tenham sobre elas e sobre os seus respectivos papéis e utilização adequada no ambiente organizacional. Em outras palavras, o executivo precisa aprender a incorporar os conceitos de informática à sua teoria de gerência, bem como a colocá-los em prática de modo adequado e não apenas em busca de uma modernidade pela modernidade, investimento destituído de eficácia.

Tal necessidade é geral, aplica-se a todo o escalão diretivo de uma organização: o fato de haver, por exemplo, algo como um "diretor de informática", ou algo assim, implica apenas em que este é o responsável direto pelo setor, no qual todos, entretanto, devem estar enfronhados.

Muitas vezes as organizações fracassam porque as concepções nas quais se apóiam tomaram-se absoletas. Deixar de apreender como teoria e prática as repercussões das inovações em tecnologia da informação, e não as aplicar ao cotidiano das organizações é submeter-se a um "harakiri" organizacional. Isto é agravado pelo fato de que, como decorrência da velocidade em que ocorram aquelas transformações tecnológicas, os processos decisórios para os investimentos nesta área tem-se acelerado e tornado cada vez mais complexos e urgentes. Antes, o executivo podia se valer apenas do conhecimento de seus gerentes de sistemas para tomar decisões referentes à aquisição de equipamentos e ao desenvolvimento de aplicativos.

Hoje, de forma incomensuravelmente mais ampla e profunda, a informática desempenha papel principal no desenvolvimento de novos produtos, na sustentação das vendas e serviços, na construção de uma inteligência de mercado.

A habilidade para tratar informações oriundas de múltiplos sistemas e torná-las amplamente acessíveis aos gerentes, supervisores e empregados cada vez é mais relevante à sobrevivência no mercado.

É preciso que os executivos reexaminem o que necessitam saber a respeito desse poderoso recurso para administrá-lo eficazmente. Que responsabilidades de investimentos devem ou podem ser delegadas, e a quem? Quanto às opções de investimento em tecnologia da informação, o que se deve buscar? Que papéis devem representar no processo decisório as gerências de linha e a própria gerência de sistemas?

As respostas a questões como estas têm um impacto singular no destino empresarial. Entretanto, apenas recentemente os especialistas começaram a falar da sua real contribuição para o cotidiano das empresas.

É ainda muito limitada a utilização dessas tecnologias de informação, quando muito se referem à automação como um importante instrumento de aprimoramentos do processo de trabalho. As gerências buscam as tecnologias de informação apenas para se beneficiarem da estruturação e agilização das tarefas rotineiras.

Nossas organizações vêm utilizando computadores aproximadamente há uns quarenta anos. Em termos de preços e de funcionalidade essas tecnologias têm se tornado incrivelmente mais disponíveis. Estão, pois, cada vez mais acessíveis a praticamente todos os tipos de organização, existindo uma grande variedade de tipos, para todas as finalidades e para todos os níveis de recursos disponíveis. É chegada, pois, a época de os utilizar de modo adequado aos recursos, às necessidades e aos objetivos de cada organização.

Como se sabe, as tecnologias de informações não apenas se diversificaram, flexibilizaram e baratearam, mas incorporam um desempenho incrivelmente maior do que no passado.

Todavia, tais tecnologias não são "fazedoras de milagres", principalmente se forem utilizadas de forma isolada ou incompetentemente. Inovações no uso de computadores e da comunicação em rede devem ser combinadas com inovações do modo pelo qual a informação é estruturada e utilizada, o que quer dizer que os profissionais de sistemas precisam desenvolver uma intensa e incessante integração com todas as demais funções organizacionais.

Eles não podem continuar a ser especialistas restritos aos limites de sua área específica, mas sim generalistas capazes de integrar a sua área ao universo da organização, indo muito além dos espaços estreitos de sua formação técnica específica. O que se deseja não é "um técnico de computador", mas sim "um profissional capaz de aplicar o computador ao trabalho organizacional".

Assim, este especialista precisa compreender, por exemplo, (para se antecipar ou contorná-las), até as reações dos dirigentes de linha contra quaisquer eventuais aumentos de custos, decorrentes da importação de tecnologias de informação - a tendência daqueles gerentes é ver os aumentos de custos em si, querem baixar a relação custo/benefício de suas áreas, sem perceberem as reduções mais adiante, e os ganhos no todo da organização.

Por conviver no seu cotidiano com o lógico da operação de dados, eles precisam igualmente vencer uma verdadeira incapacidade treinada para vislumbrar e enfocar claramente as reais necessidades das organizações.

No entanto, isto é indispensável. Organizações têm como matéria-prima essencial o Homem, com todos os seus imponderáveis subjetivismos, que as influenciam. A lógica matemática pouco abarca estes fatores, que não podem, no entanto, ser descurados, pelo impacto sobre as necessidades das organizações e sobre as suas potencialidades operacionais.

A implantação e o desenvolvimento de sistemas informatizados nas organizações estão se tomando cada vez mais imbricados com os riscos de gestão do próprio negócio, situação que obriga o dirigente a assumir a responsabilidade de saber distinguir entre um e outro, integrando-os sinergicamente. O executivo não mais pode simplesmente delegar as decisões de investimento aos gerentes de sistemas, mas sim orientar as ações da empresa nesse sentido.

A informática hoje se relaciona e se integra a todas as dimensões da vida organizacional. Ela desempenha papel relevante em quase tudo o que se pratica nas organizações, em cada aspecto do atendimento ao cliente, à configuração dos estoques e dos sistemas produtivos, e até à indivualização do atendimento personalizado aos clientes.

Aprender a fazer tudo isto é o imperativo que se coloca ante os executivos, supervisores e gerentes de linha, num esforço que é incessante e que, de fato, não tem jamais um prazo final: temos que estar sempre preparados para potencializar os investimentos de hoje, para podermos enfrentar os requeridos pela próxima geração, o das tecnologias de amanhã. Em geral, uma nova tecnologia sempre está alguns passos à frente de nossa habilidade em utilizá-la, e, portanto, exige dos executivos competência para administrar situações que repercutem nos seus usuários no âmbito da organização.

Se, há apenas uma década, livre das paralisias mentais da reserva de mercado, as empresas brasileiras tivessem tido uma melhor compreensão da dinâmica tecnológica, penso que hoje teríamos um retorno bem maior e melhor dos investimentos realizados. Creio, pela minha experiência, que os sistemas que melhor funcionam são aqueles que se alinham não somente com o negócio mas também com a maneira pela qual os usuários pensam e trabalham.

Qualquer proposta de investimento em tecnologia de informação deve ocasionar a redução das relações organizacionais, melhoria dos processos de trabalho e da estruturação corporativa, e não adicionar maior complexidade operacional ou simplesmente fazer melhor o que já é feito.

Que capacitação a tecnologia de informação proporcionará à organização? Como simplificará o processo decisório e as rotinas de trabalho? Eis as questões-chaves que devem ser respondidas antecipadamente.

Por todas essas razões, serão cada vez menores os investimentos em computação propriamente dita e mais - muito mais - em comunicação ou em tecnologias de informação: é hora de as perceber e avaliar pelo que elas são exatamente: um recurso decisivo que afeta a estrutura e o funcionamento das organizações, as formas como atuam e atendem aos seus clientes, e como se comunicam interna e externamente.

A informática se torna, sem dúvida, um dos principais recursos disponíveis para os executivos modelarem e operarem as organizações, fazendo com que não mais se restrinjam aos fatores tradicionais, como pessoas, dinheiro, imóveis, equipamentos, matérias-primas, e outros, que hoje têm como parceiros imprescindíveis os recursos propiciados pelas tecnologias da informação.

Este, o das tecnologias da informação, é um recurso que passa a ter cada vez maior peso no cotidiano das organizações.Estamos mudando a nossa ênfase dos sistemas de processamento, que hoje nos possibilitam relatórios semanais ou quinzenais e até diários, para o uso de tecnologias que nos ajudam a transportar em tempo real informações aos nossos associados, usuários ou clientes em todo o planeta.

Da mesma forma, tais recursos hoje têm características diferentes até quanto à sua localização e à imobilização de capital: já dispensamos "ter" tais e tais equipamentos a nosso lado e sempre a nosso dispor único (deles imobilizando preciosos recursos), para deles dispor à distância, mediante terminais de vários tipos, que interagem com o nosso trabalho assim com o de nossos parceiros.

As interconexões da informática com a natureza do próprio negócio determinam que a direção dessa função passe a ser assumida por um dirigente de visão geral, e não mais por um gerente tradicional de sistemas, como ainda acontece na maioria dos casos no Brasil.

Conseqüentemente, a organização moderna, que pretenda sobreviver e crescer, deve ter as suas decisões em aplicação em tecnologias de informações conduzidas por profissionais de visão empresarial de gestão, capazes de formular alternativas e tomar decisões fundamentadas com base nos imperativos da crescente competitividade imposta pela globalização e pela permanência da mundaça.

*Wagner Siqueira
Presidente do Conselho Regional de Administração - RJ

Veja na continuação :


AS NOVAS REGRAS DA ECONOMIA DIGITAL

As empresas da economia digital descobriram novas formas de pensar estrategicamente a presença neste novo meio, empreenderam novas formas de agir neste novo negócio e aprendem em andamento.

Novas formas de pensar o negócio

O feed-back do mercado é que manda As empresas do "Estado Digital" facilmente criam ou abraçam novos conceitos, como o de "lançar primeiro e aprender de seguida". Depois de ser criada, a I/PRO (Internet Profiles, www.ipro.com) lançou logo o produto que tinha na ideia, mesmo antes de ter sido plenamente testado internamente, e apoiou-se no «feedback» do mercado até ele ficar correto, e depois continuou a modificá-lo em pleno vôo - deste modo o próprio mercado (de utilizadores) participou na plena criação do novo produto.

Pensar local e agir global
Como a Internet é um mar de milhares de «nichos» verticais, as empresas da economia digital pensam "pequeno" - o seu nicho - para a partir daí criarem grandes oportunidades à escala global, grandes mercados de tudo e de nada. É o "pensar global, atuar local" dos anos 80 ao inverso - agora é "pensar local e agir global", o novo mote para o final dos 90. Para os amantes do nicho há mesmo o Niche Directory (www.tricky.com/lfm/niches.html), com uma série de máquinas de procura focalizadas em assuntos muito específicos, a seu gosto.

Comunidades de interesses interativas
As empresas do "Estado Digital" pensam o seu negócio em termos de comunidades em torno de interesses e plenamente interactivas, e vêm a agregação destas audiências e as discussões e empatia que criam como o motor deste mercado.

Plataformas de ligação
É esperado um crescimento dos negócios digitais que sejam pensados como plataformas para outros se juntarem e ligarem, na execução de transações, no fornecimento de serviços, ou na disponibilização de conteúdos. Por exemplo, a Talent Network (www.talentnet.com) criou uma plataforma global para oferta e procura de talentos em diversas áreas.

Os utilizadores sempre na liderança
As empresas do mundo digital sabem que a Internet, como meio de comunicação, não se guia pela lógica da radiofusão para as massas ou mesmo para nichos. No mundo da Net, os próprios utilizadores podem difundir e são eles que puxam a informação que querem. Por isso, as empresas da economia digital pensam na relação com os clientes todo o
tempo, e criam produtos e serviços que possam dar poder ao utilizador. 

Sistema sanguíneo e não apêndice do negócio tradicional
As empresas do "Estado Digital" têm uma visão especial sobre a Internet. Sabem que ela é o sistema circulatório dos seus negócios, e não apenas um apêndice das transações da economia tradicional.

Novas formas de agir

Novas marcas já estão a nascer
As empresas da economia digital estão a criar novas marcas.
Amazon.com (www.amazon.com) no velho negócio das livrarias, criou uma marca digital que está com enorme sucesso. SportsLine ( www.sportsline.com), por exemplo, no forte negócio da informação desportiva, criou uma marca nova para a informação, entretenimento e «merchandising» desportivos. O mesmo sucedeu com a SportsZone (
www.espnet.sportszone.com) criada pela ESPNET.

Personalização de massas
As empresas do mundo digital abordam as "massas" (da população) de um novo modo, personalizadamente - «customizadamente» como dizem os americanos -, cada pessoa de cada vez. Elas encaram a Net como sendo clientocêntrica, como um mercado de mercados pessoais - o mercado de cada um.

O utilizador que crie e trabalhe
Estas empresas levam a devolução do poder ao consumidor ao extremo. Fazem-nos executar trabalho e mesmo criar produtos.

O contexto é que é rei
Apesar de todas as empresas da Net serem fornecedoras de conteúdos, elas sabem que é o contexto, e não o conteúdo, que manda.

Consegue ver o cara aí em cima ? E os golfinhos aí abaixo ?


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