ANTRAZ ATROZ
Estava no jardim (devastado) pôr carbúnculos fosforescentes, que laparoscopicamente, se enfiaram pela garganta da terra, matando as raízes, poemas, prosa, orações, idéias,segredos. Temas dos cadernos meus, E mais alguma coisa, ou menos. Quando o carteiro bateu. o meu nome leu, avisando carta com antraz. Abri-la, não fui capaz.
Um vírus de furúnculo, movia o numero do remetente. Fui passar a ferro; frito. A carta tão insolente. Rasguei uma pontinha, para ver a bicharada mortinha. Dentro uma orelha de burro de parelha. Trazia estampado, gravado a ferro, um numero atroz. Soltei bocaberta, lancinante berro!.