|
|
OS BRUMMER
A
presença germãnica no Sul foi reforçada, em 1851, pela chegada dos Brummer-
cerca de 1800 soldados mercenários alemães, contratados pelo Governo
Imperial Brasileiro para lutar na Campanha contra Juan Manoel Rosas,
o ditador da Argentina. Os Brummer tinham contrato de quatro anos, ao fim dos quais receberiam dinheiro e passagem para voltar ou para fincar terra no Brasil. "Eles cumpriram o prazo contratual de quatro anos, vagando penosamente entre Jaquarão e São Gabriel, com ligeiras passagens por Porto Alegre e Rio Pardo, onde os remanescentes foram desmobilizados", explica a pesquisadora Hilda Agnes Flores. Os Brummer lhes foi dado por causa da moeda de cobre (chanchão) de seu solto. Em alemão, Brummer é murmurador, resmungador, o que eles de certo faziam por causa do soldo. Daí, a ligação entre eles e o nome da moeda. Muitos desertaram com a conivência das
autoridades. Alguns fizeram carreira política e o mais conhecido deles foi o Jornalista, professor advogado e mais tarde deputado Calos von Koseritz, que se destacou na defesa dos direitos políticos dos imigrantes. Segundo ele, os Brummer foram o "fermento"da colonização alemã. Entre os Brummer: Maier, Reisswitz, Kahlden, Jansen, Gärthner, Anker, Mützel, Lenz, Jäger, Brendler, Feldmann, Brinkmann e muitos outros. Destacaram-se: Wilhelm von Ter Brugen e Frederico Hänsel, que foram membros da Assembléia Provincial. Frederico Michaensen, professor em Nova Petrópolis. Karl von Kouseritz, jornalista, deputado provincial, e conhecido pelo Koseritz Volkskalender, leitura de grande acitção na colônia. Estava também Herman Rudolf Wendroth, que desertou logo no início e embrenhou-se pelo interior, registrando em magníficas aquarelas a vida da província naqueles tempos. Fonte: Álbum Oficial do Sesquicentenário
da Imigração Alemã de São Leopoldo, localizado pela professora Norma
Zerwes, no Museu Visconde de São Leopoldo, na cidade de São Leopoldo-RS.
|
HOME |