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GREENPEACE ELOGIA CRIAÇÃO DE ÁREAS DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA MAS COBRA IMPLEMENTAÇÃO Mais de 2 milhões de hectares de terras griladas serão transformados em um parque, duas reservas extrativistas e Florestas Nacionais |
O Greenpeace parabenizou o Governo Federal pelo anúncio, feito ontem (07/08), de converter 2,4 milhões de hectares de terras griladas em oito áreas de proteção ambiental na Amazônia (1). O anúncio foi feito pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, em uma cerimônia que contou com a participação do Greenpeace e representantes de outras Organizações Não-Governamentais que atuam na região. As ONGs apresentaram à CPI da Grilagem, em abril, uma proposta de converter terras com títulos ilegais em áreas de proteção nas regiões inadequadas para a reforma agrária (2). Para anunciar a transferência das áreas tomadas por grileiros para o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama, o ministro Raul Jungmann escolheu Borba, uma pequena cidade à margem do Rio Madeira, onde foram desapropriados 657.000 hectares. Segundo o Governo, a área foi invadida pela empresa Mabral, controlada por dois empresários malaios. O ministro hasteou a bandeira do Brasil e disse que o patrimônio ambiental brasileiro estava recuperando a posse daquela terra, “que seria destruída por madeireiros”. De acordo com Jungmann, o governo já recuperou 23 milhões de hectares de terras griladas na Amazônia. Os mais de 2,4 milhão de hectares destinadas ontem a unidades de conservação na Amazônia vão virar um Parque Nacional, duas reservas extrativistas e quatro Florestas Nacionais (Flonas) (3). A área desapropriada em Borba ainda não tem destino definido. “As ONGs apóiam a decisão do Ministro da Reforma Agrária
de destinar áreas griladas para a criação de novas áreas de proteção,
mas demandam a implementação destas medidas por outros setores do Governo
Federal”, disse Paulo Adário, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace.
“Tanto a implementação quanto a futura criação de novas áreas de proteção
devem envolver a participação das comunidades locais que vivem na região. Mais informações: Nota do Editor: Lista das novas áreas de proteção na Amazônia que foram anunciadas nesta terça-feira pelo Governo: Parque: Reservas Extrativistas: Flona: Uso a ser definido: TOTAL: 2.414.147 hectares A proposta de transformação de áreas griladas na Amazônias unidades de conservação foi submetida pela ONGs ao Congresso e ao Governo Brasileiro em abril de 2001, durante Audiência Pública sobre grilagem de terras realizada em Brasília. A proposta foi assinada pelas seguintes ONGs: Fórum Permanente de Debates da Amazônia (FORAM), Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Fundação Vitória Amazônia, Greenpeace, Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Amazônico, Oficina Escola da Lutheria da Amazônia e Sociedade de Pesquisa e Conservação da Amazônia. Florestas Nacionais (Flonas) são áreas públicas destinadas ao uso sustentável – incluindo a extração de madeira. Reservas extrativistas são terras públicas de propriedade coletiva dos povos da floresta, como seringueiros que exploram os recursos florestais de forma sustentável. Parques Nacionais são áreas públicas de proteção integral. www.jornaldosmunicipios.jor.br Pesquisadores e estudantes, copiem esta página. |
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